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    José Eugênio Rocha

    José Eugênio Rocha

    Através do programa Pró mananciais a Copasa realizou recentemente o plantio de nove mil mudas na margem esquerda(sentido cidade) da lagoa do Balneário.

    O programa Pró Mananciais desenvolve ações de proteção e preservação ambiental, com o objetivo de recuperar os recursos naturais das bacias hidrográficas sujeitas à exploração com finalidade de abastecimento público.

     

    Prefeitos de várias cidades da região participaram de um encontro promovido por lideranças políticas da cidade, ocorrido no dia 25 último. O convidado principal e centro das atenções, o deputado federal Newton Cardoso Júnior, veio receber cumprimentos e agradecimentos pela liberação dos recursos para as obras de recuperação e pavimentação da BR 354, no trecho entre o trevo de Rio Paranaíba e Ibiá, que se encontrava em péssimo estado. O dinheiro, cerca de R$30 milhões, veio dos cofres federais, e foi viabilizado por intermédio do deputado.

    O encontro, promovido por parlamentares de São Gotardo, serviu também para fortalecer vínculos políticos e o poder de representatividade em Brasília. Um dos organizadores do evento, o vereador José Dedi, ressaltou: "Esta relação fortalece muito essa representatividade no governo Estadual, Federal, e o Deputado é nossa voz lá em cima, para defender os interesses do município e conseguir mais recursos." e conclui: "O motivo desse encontro com as lideranças aqui é uma forma de fazer um agradecimento ao deputado Newlton Cardoso Junior, pois foi ele que realmente trabalhou, e muito, pela recuperação da 354.

    Em seu discurso o deputado disse que foram necessários mais de dois anos para viabilizar a liberação dos recursos: "Essa grande obra que estamos conseguindo trazer para região, depois de muita luta, depois de dois anos de muito esforço, onde vimos as dificuldades de várias famílias que sofreram nessa rodovia, vendo agora um novo ambiente, um novo asfalto, para que realmente possamos mudar de vez a vida da população de toda região do Alto Paranaíba, especialmente em função do agronegócio, do escoamento da nossa safra da produção regional."

    deputado01Ao centro, o deputado Federal Newton Cardoso Júnior, durante encontro realizado na Câmara municipal de São gotardo.

    Quinta, 14 Novembro 2019 13:54

    Copasa cancela aumento da Taxa de Esgoto

    Uma comitiva de vereadores de São Gotardo, representando o município, participou de uma audiência pública com a diretoria da Copasa. Realizado na capital mineira, no dia 29 de outubro, este encontro foi mediado pela ARSAE - Agência Reguladora dos serviços de saneamento no estado de Minas. Como principal pauta de discussão foi colocada à mesa pelos vereadores o pedido de cancelamento do aumento da Taxa de Esgoto, anunciado para vigorar a partir deste mês de novembro.

    Os parlamentares argumentaram que as obras não foram concluídas, e que o aumento só poderia ocorrer quando a Estação de Tratamento de Esgoto estivesse em plena operação, processando 100% do esgoto da cidade. Os diretores da Co-pasa reconheceram e concordaram com os argumentos expostos, e cancelaram o aumento. Em entrevista ao Jornal Daqui o presidente da Câmara, Gilberto Cândido, falou sobre o encontro. Veja:

    O senhor, acompanhado de um grupo de vereadores, alimentava esperanças de que o aumento poderia ser cancelado?

    Nós estivemos em Belo Horizonte na ARSAE, que é agencia reguladora que media esses conflitos entre municípios e autarquias que prestam serviço, como no caso da Copasa. Havíamos solicitado através de nosso prefeito Seiji essa audiência, para que a gente pudesse levar a insatisfação da população de São Gotardo com essa cobrança que seria feito agora, a partir de novembro. No nosso entendimento, o serviço não é prestado conforme deveria. Colocamos essa questão, para que a ARSAE mediasse esse conflito. Estivemos lá como representantes do município, e fomos bem recebidos. Ficou definido que, até que haja uma nova repactuação do cronograma das obras que foram contratadas com a Copasa, esse aumento da taxa fica suspenso.

    Esta repactuação é então uma oportunidade de redefinir as cláusulas do contrato assinado entre Copasa e Prefeitura no ano de 2008, correto?

    Nós estamos felizes por termos cumprido o nosso dever, o nosso compromisso de representar e defender os interesses do nosso povo, e agora, a negociação está aberta. Acho que o município agora tem o que ele sempre procurou ao longo desses 12 anos: uma oportunidade da gente colocar ali condições mais favoráveis a nossa população. Agradeço a todos os vereadores que participaram desta iniciativa, de ir lá para encontrar esse novo momento, e assim possibilitar a revisão desse contrato que vem prejudicando e muito a população. Agora a negociação foi reaberta e o município tem a oportunidade de colocar novas condições nos termos deste contrato.

    Somente parte da população estaria sendo atendia pelo tratamento de esgoto, o que seria injusto, não? O que se espera é que os dois Córregos que recebem esgoto( o Confusão e o Córrego do Arroz) sejam 100% despoluídos e todo o esgoto produzido pela população receba tratamento...

    É verdade. Segundo dados da Copasa essa cobrança recairia apenas sobre 60% dos usuários de abastecimento de água e esgoto, e foi isso que questionamos lá. A Estação de tratamento não estaria funcionando para atender os 100% de esgoto que acidade produz, então, como que você vai cobrar de parte da população e conforme você mesmo relatou com o córrego continuando poluído cheio de impurezas. Se apenas uma parte da cidade não vai pagar e a outra parte vai pagar, os córregos vão continuar poluídos. Então, foi isso que ponderamos na reunião. Eu acredito que agora o município voltou a ter como negociar condições mais favoráveis para que possamos ver realizado esse sonho de despoluir os dois Córregos que margeiam a cidade.

     

    Graças ao esforço e iniciativa de voluntários, campanhas e ações afirmativas são promovidas com objetivo de atenuar a situação de abandono dos chamados cães de rua, os cães sem dono. São centenas deles perambulando pela cidade. Para atender às suas necessidades básicas como alimento e cuidados veterinários a ASPA - uma associação de proteção animal - vem desenvolvendo um trabalho digno de reconhecimento e respeito.

    Acompanhamos duas iniciativas promovidas, neste mês de setembro, pela associação: um bingo e uma campanha para arrecadar ração. Para falar a respeito, conversamos com a representante da ASPA, Ana Flávia Rodrigues(foto abaixo ).

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    Foram positivos os resultados destas duas campanhas?

    Sim. A gente fez um bingo beneficente, lá no 'Lets Burger House', para arrecadar fundos pra Aspa. A despesa é alta e nós estamos devendo muito nas clinicas veterinárias. Muitos animais que são regatados doentes, e necessitam ser medicados, além de testes, vacinas. Temos ainda que custear nossas campanhas de castração, que a gente faz todo mês. O evento do bingo foi no dia 1 de setembro. Com o dinheiro arrecadado pagamos parte das despesas.

    A despesa é alta, não?

    Sim. Não temos ajuda dos órgãos públicos, toda a doação é feita pela sociedade, e a gente faz esses eventos, às vezes vendemos camisetas, fazemos bazar, juntamos latinha também pra vender, temos nossas caixinhas nos comercio, tudo pra poder arrecadar. A sociedade é que nos ajuda mesmo. Temos muitas despesas para cobrir, e como você sabe, tudo pra animal é mais caro, tanto vacina, remédios, os testes, cirurgias...

    Outra campanha promovida por vocês tem como objetivo arrecadar ração. Como foi?

    É um evento em parceria com uma empresa local. É um campanha pra gente arrecadar ração. Graças a esta iniciativa conseguimos arrecadar 440 KG de ração.

    E agora, no final do mês de setembro, vocês realizaram mais uma campanha de castração. É o principal pro-jeto da associação, correto?

    Sim, é o nosso projeto principal. Todos os meses promovemos esta campanha de castração a baixo custo. São castrados, em média, de 30 a 35 animais. São animais que estão abandonados na rua.

     

    Associada ao fenômeno cultural conhecido como sincretismo religioso, entidades dos cultos africanos eram identificados aos santos do catolicismo. Assim, a Igreja, as autoridades e os senhores de engenho em geral aceitavam ou prestigiava.

    Animada por danças, cantos e música, a procissão a Congada é realizada sempre no mês de setembro. Ao final do dia de comemoração os dançadores seguiram em procissão até a igreja de Nossa Senhora do Rosário, no bairro do Taquaril. No séquito, a presença de uma corte e seus vassalos, realizam a cerimônia de coroação do Rei Congo e da Rainha Ginga de Angola - uma personagem da história africana, a Rainha Njinga Nbandi, do século 17. Esses autos, contudo, não existiram em território africano. Registram os anais da história que reis e rainhas foram trazidos junto com seus súditos em navios negreiros. A congada foi uma maneira de manter acesa as heranças sociais presentes no país de origem.

     

    Com a presença do pre-feito, vereadores, funcionários e diretoria da secretaria municipal de saúde foi inaugurado no dia20 de setembro o novo Pronto Socorro de São Gotardo. A mudança de endereço faz parte de um programa de reestruturação dos serviços de atendimento na área da saúde pública.

    Como já foi noticiado pelo Jornal Daqui, o Hospital Municipal está passando por reformas, e deverá se dedicar exclusivamente à internação de pacientes em tratamento. Como se trata de serviços distintos optou-se por separar um e outro. Com a mudança, todos os casos de urgência e emergência passam a ser atendidos em local específico para este fim. O novo endereço foi escolhido levando-se em conta a maior facilidade de chegada e saída de ambulâncias, localizado próximo à avenida Erotides Batista, uma via de rápido acesso à saída da cidade.

    Conversamos com a enfermeira-chefe do novo Pronto Socorro, Débora Araújo, sobre o novo espaço de atendimento. Veja os tópicos elencados durante a entrevista:

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    Estrutura física

    Nós temos aqui 9 leitos, três leitos de observação feminina, três leitos de observação masculina, dois leitos de pediatria e uma leito de isolamento. Além disso temos uma sala de medição, com três cadeiras especiais, que também aumenta a nossa capacidade. Temos também uma sala de procedimentos, sala de emergência, sala de medicação. O objetivo aqui é atender Urgência Emer-gência, que são aqueles pacientes que apresentam casos de maior gravidade, inclusive com risco de vida. Para esses pacientes o objetivo é ser o mais resolutivo possível.

    Encaminhamento 

    O paciente necessitando mais do que 24 horas de avaliação e cuidado medico, ele entra no sistema SUS FÁCIL, e é encaminhado para o Hospital Municipal do hospital. Se for um paciente em estado muito grave ele já vai ser transferido para Patos de Minas ou para onde a regulação nos orientar. Sempre vai ser encaminhado via sistema SUS FÁCIL.

    Equipamentos 

    É tudo novo. Cabe ressaltar a aquisição de um Raio X totalmente digital, o que vai garantir mais rapidez e eficiência nos diagnósticos.

    Equipe de atendimento

    A equipe será a mesma equipe de enfermagem que atuava lá no Pronto atendimento do Hospital Municipal. tivemos o aporte de mais funcionários. Neste início de funcionamento nós vamos avaliando periodicamente a necessidade de aumentar a equipe.

    Atendimento no Hospital Municipal

    Vai ficar unicamente voltado pra internamento de pacientes. Nós teremos lá também o atendimento de gestantes. Qualquer gestante que tiver algum problema, teremos um médico lá 24 horas de prontidão para atendê-las, porque lá já tem o Bloco Cirúrgico. Então, qualquer intercorrência, relacionada à gestante, vai ser lá também.

    Das primeiras lições de infância, se recorda bem, ficaram mais que lembranças. Nascido em fazenda, lá pelas bandas da Vila Funchal, foi logo aprendendo a montar em burro bravo. Percorreu cada palmo daquela imensidão. Morro e mais morro, rio e mais rio. É nas entrelinhas que a história se desenlaça. Por isso, é preciso sublinhar aquelas primeiras aventuras num sertão distante pois, com elas, vieram lições que o acompanharam pela vida afora.

    Filho primogênito, Breno Mello ingressou na vida estudantil pela escola municipal do distrito de Vila Funchal, onde aprendeu a ler e escrever. Ao completar 10 anos de idade se mudou para São Gotardo, mas por breve estadia. Aos 13 anos teve a rara oportunidade de estudar em um dos melhores colégios da região, o Dom Bosco, na cidade de Araxá, lá permanecendo até a conclusão do ensino médio. Era o início da década de 1960. Seu sonho: cursar a universidade. Em 1962 prestou vestibular na PUC-MINAS, concluindo o curso de Direito no ano de 1967. Ao longo destes cinco anos na Universidade experimentou um sem número de desafios. No ano de 1964, quando a convulsão do golpe militar investia contra direitos e liberdades individuais, Breno Mello por muito pouco não foi preso pela polícia, chegando inclusive a ser interrogado. Naquele ano Breno havia sido eleito presidente do Diretório Acadêmico da Puc, envolvendo-se, sem saber, com o movimento estudantil, uma das forças de resistência nos primeiros anos de chumbo. Suspeito de pregar ideias comunistas - o que não era verdade - teve de dar explicações aos agentes militares. Intercedeu em seu favor o reitor da universidade, Dom Serafim Fernandes. " Parece que era o delegado. Quando eu entrei na sala dele , ele sabia mais da minha vida do que eu. de tanto investigar. Eu falei assim: doutor como eu posso ser comunista? Meus pai é um fazendeiro humilde, analfabeto não tem nada de comunismo..."Ele relembra.

    Foi também nesta fase universitária que o jovem Breno defrontou pela primeira vez as limitações impostas por uma certa dificuldade de dicção. Este é um assunto que já lhe rendeu boas risadas. Breno deu a volta por cima e provou que sua furtiva gagueira nunca foi empecilho para exercer a profissão, e de tabela, alçar o posto de um dos maiores e mais respeitados advogados de São Gotardo. Veja a entrevista:

     

    O senhor enfrentou preconceitos ou desconfianças por causa da dicção?

    Várias vezes. Quando fiz o pré-vestibular, tinha aquela prova oral de português. Aí falei com o professor que tivesse calma comigo, porque eu sou gago e eu fico nervoso. Daí ele me disse que era apenas uma desculpa, que não era gago nada. Lembro disso como se fosse hoje: quando eu comecei a ler eu dei uma gaguejada. Ele me deu zero na prova.

    Depois de formado, quando retornei pra São Gotardo, um sujeito me disse logo depois que cheguei: Como é que você vai ser advogado, se você não sabe nem conversar? Por incrível que pareça eu defendi o cara que matou esse sujeito. Aquilo me feriu profundamente pelo fato de eu ser gago. Curiosamente eu senti que a minha profissão era aquela, e principalmente na área criminal. Sabe por quê? É na área criminal onde você vê as maiores injustiças. Eu tinha um professor que já dizia que só ia pra cadeia quem era pobre e/ou negro. Infelizmente é verdade.

    E naquele tempo, era difícil exercer a profissão em uma cidade pequena? Como foi o inicio de sua atuação ?

    Eu vou falar pra você, era um problema sério. Quando eu vim pra São Gotardo aqui só tinha três advogados, o Fausto Mesquita, o Osvaldo Pessoa e o Jaime Henrique. Eu tenho um grave problema: eu troco até hoje o G com o Q. Quando a palavra se escreve com G eu ponho Q, quando é com Q eu ponho G. Eu fiz uma petição certa vez, e onde era 'cheque' eu botei 'chegue', e isso foi motivo de crítica no meio jurídico: ah! ele não sabe nem escrever, diziam.

    Isso não o desanimou?

    Não. De maneira alguma. Eu superei. E acabei me tornando o advogado mais requisitado da cidade. Teve um tempo aqui em São Gotardo que, se morresse 40 pessoas, 38 inventários era meu escritório que fazia. O povo me procurava. Só na Justiça gratuita foram mais de 100 júris. Eu nunca recusei, porque quando você forma você faz um juramento. Toda vida eu procurei cumprir o meu juramento.

    A Justiça é elitista?

    Quem tem dinheiro contrata os melhores advogados. O nome pesa, e muito. Por exemplo, se tem um advogado que é sobrinho de desembargador, na minha opinião, tudo isso influencia. Entre o meu conhecimento e o dele, o meu pode até ser melhor, mais o dele prevalece.

    A Lei reflete valores e costumes. Muita coisa mudou nos últimos 50 anos?

    Mudou e muda todos os dias. No Brasil, a lei é feita do fato, do momento. Por exemplo a lei do crime hediondo surgiu por que? por causa da Gloria Perez( autora de novelas. sua filha foi assassinada pelo marido, o que causou enorme comoção na época). Quer dizer, é um fato do momento. Você não tem mais aquela segurança que tinha antigamente. Segundo: a violência corre solta. Você está vendo ai o Feminicídio. O estado de Minas Gerias foi o estado que mais teve assassinato de mulheres. Então você tem que comprar um código penal todo mês, porque muda a lei.

    O advogado pode escolher a quem defender?

    Pela constituição federal ninguém pode ser condenado sem ter direito à defesa. Pode ser o pior crime do mundo, que ele tem o direito a um advogado. Eu adoto o seguinte princípio: se me procuram eu falo, olha, eu vou pegar sua causa, e explico pra ele as chances possível. Então, o crime por exemplo. Eu já defendi um crime que era indefensável, e eu explicava pra ele, olha eu vou fazer o possível pra atenuar a sua pena, por que absolvição é impossível. O advogado tem de ser honesto. Eu explico todas as consequências que pode ocorrer.

    O senhor acredita que ocorre muitos casos em que uma pessoa é condenada injustamente?

    Essa é uma coisa difícil de responder. Quando eu estou defendendo uma pessoa, eu lanço minha tese de defesa, agora, quem decide é o júri. Não é o advogado, não é o promotor nem o juiz, são os sete jurados. Eles são juízes do fato e de fato, e tanto é verdade que a decisão deles só pode ser modificada se ela for manifestamente contraria a prova dos autos. Então você não sabe o que se passa na cabeça dos jurados.

    Comemorar 50 anos de profissão é um privilégio

    Eu sempre pautei a minha vida dentro dos princípios éticos, morais e cristãos. Eu agradeço do fundo do meu coração ao meu pai(Antônio de Mello), que só sabia assinar o nome mas que na matemática era fora de série. Minha mãe(D. Auta ), que era professora formada. Eles me incentivaram. Meu pai me sustentou durante todo meu curso, e a única coisa que eu tinha que fazer era estudar e mais nada, nunca exigiu que eu trabalhasse para eu manter meus estudos. Me casei, graças a Deus, com a Eneida, que também se formou em advocacia. Agradeço aos meus filhos, a Cristina, o Neto, a Rafaela, que não sei se pelo fato de eu ser advogado seguiram o mesmo caminho, e o Ricardo. Sou saogotardense, amo essa terra e agradeço ao povo de São Gotardo e a todas essas pessoas que confiaram em mim.

    Aos jovens advogados de hoje, que estão iniciando, que eles sejam advogados honestos, cultos, amigos, sinceros e que faça da justiça a sua bandeira, pois sem advogado não existe justiça.

     

    Quarta, 16 Outubro 2019 20:36

    Copasa anuncia aumento da Taxa de Esgoto

    Moradores da cidade foram surpreendidos com a notícia divulgada através de um folheto que a Taxa de esgoto vai dobrar de valor a partir do mês de novembro, passando dos atuais 47% para 97,5% sobre o valor da água. Assim, um consumidor que paga R$100 de tarifa de água no mês, com o reajuste, a conta final saltará para R$197,50.

    De acordo com a empresa responsável, a Copasa, este aumento foi autorizado em contrato, assinado no ano de 2008 com a prefeitura, e homologado através de uma Lei municipal aprovada pela Câmara naquele mesmo ano. Pelas cláusulas do convênio assinado, assim que a Estação de Tratamento de Esgoto começasse a operar o reajuste entraria automaticamente em vigor.

     

    O Contrato

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    A Taxa de esgoto cobrada pela Copasa está dentro da Lei. Ela foi autorizada em contrato assinado em 2008 pela Prefeitura Municipal de São Gotardo, e devidamente avalizada pelo Poder Legislativo – no caso, com uma Lei municipal aprovada pelo Poder Legislativo naquele mesmo ano. Sem dúvida alguma a assinatura deste contrato foi para a Copasa um excelente negócio. E péssimo para os moradores da cidade. A Copasa tem sido alvo de permanentes reclamações, tanto pela qualidade da água, quanto pela falta dela - em São Gotardo e em Guarda dos Ferreiros -, o que se explica em parte pela falta de novos investimentos, tanto em outras fontes de captação, como na ampliação da estrutura de tratamento, não acompanhando o crescimento da cidade nos últimos 20 anos.

    Além do mais a prefeitura de São Gotardo deu praticamente de graça os 78 Km de rede de esgoto já instalada, construídos com... o dinheiro do povo. É graças principalmente à esta estrutura que a Copasa vem cobrando desde 2009 até então, a injusta Taxa. Sem falar no Balneário, um portentoso reservatório - que deveria garantir água pelo menos nos períodos de seca - foi cedido para uso exclusivo da Copasa.

     

    Esgoto ainda é jogado no Córrego Confusão

    copasa05Esgoto a céu aberto. E despejado no Córrego Confusão.

    Sobre a Avenida Tabelião João Lopes tem uma rede pluvial. Nela, além da água das chuvas corre esgoto. Conforme reportagem publicada neste Jornal o superintendente regional da Copasa havia prometido, ainda no início deste ano, construir uma rede de esgoto no trajeto: "Nós vamos construir Redes de esgoto em algumas ruas da cidade. Aqui na parte central nós temos algumas situações assim. Então, nós vamos coletar exclusivamente o esgoto, eliminando problema do lançamento do esgoto em rede drenagem pluvial. Isso é um problema sério, nós sabemos, principalmente nos períodos chuvosos." Ao que tudo indica o projeto foi abortado, optando-se por uma solução diferente da anunciada. Resta saber como vão separar a água das chuvas do esgoto.

    Nossas câmeras confirmaram também: o esgoto de bairros como o São Vicente continua sendo jogado no Córrego, correndo, inclusive, a céu aberto, como mostram as fotos ao lado. De acordo com o folheto distribuído pela Copasa "o esgoto que já era coletado pela empresa passará por um completo tratamento antes de ser devolvido ao Córrego Confusão" Só depois de 100% despoluído o Córrego é que a taxa poderia ser reajustada.

     

    Apenas parte da população vai arcar com o aumento

    copasa04Córrego do Arroz

     

    Enquanto uns pagam, outros não. Como já havia sido divulgado pela própria empresa, e confirmado agora pela nossa reportagem, apenas o esgoto jogado no Córrego Confusão vai ser tratado. Os consumidores instalados na outra parte da cidade, incluindo bairros como Sol Nascente, Geraldo Marques, Santa Terezinha, Liberdade, em que o esgoto é despejado no Córrego do Arroz, vão continuar pagando os atuais 47% sobre o valor da água, ficando assim, livres do aumento.

    Este procedimento desigual se deve ao fato de que não foram concluídas as obras de captação e escoamento do esgoto despejado no Córrego do Arroz. Causa surpresa que uma empresa do porte da Copasa não tenha sido capaz de concluir num prazo de 10 ANOS - o contrato passou a vigorar a partir de janeiro de 2009 - as obras. É ainda mais surpreendente se levarmos em conta que ao longo desse tempo a Copasa já tenha arrecadado um valor exorbitante com a taxa de esgoto cobrada até então.

     

     

     

     

     

    Ao longo dos últimos anos a Companhia de Saneamento responsável pela distribuição de água em São Gotardo, a Copasa, é alvo permanente de protestos e reclamações . A interrupção no fornecimento de água nos meses de agosto e setembro costuma durar um ou dois dias da semana, e atinge principalmente a parte alta da cidade. Como se verifica agora, as dezenas de reclamações manifestas pelas ruas da cidade e nas redes sociais revelam a dificuldade da empresa em levar água encanada a toda população. São recorrentes também as críticas em relação à qualidade da água. Neste ano de 2019 a empresa teve de tomar providências diante das reclamações neste sentido.

    As interrupções no fornecimento de água é justificada em parte, pela diminuição no volume de água captada nas fontes. A fonte de captação, no entanto, permanece a mesma nas últimas décadas. Ao contrário de outros municípios, São Gotardo dispõe de abundância de água na lagoa do balneário e que poderia ser utilizada, pelo menos em períodos mais críticos. São contraditórias as duas situações: moradores sem água enquanto São Gotardo tem um reservatório de enorme capacidade.

    Tudo leva a crer que, de fato, a atual estrutura de captação e tratamento já está saturada há muito tempo, e já não atende às demandas da cidade. Nas duas décadas anteriores vários bairros foram implantados, exigindo com isso a necessidade de novos investimentos no setor. Convém alertar ainda que novos loteamentos estão em vias de ser aprovado, o que pode levar a um agravamento ainda maior do problema se nada for feito.

    copasa01As tubulações que captam a água para a Estação de Tratamento partem diretamente da represa do balneário, um reservatório com plena capacidade para oferecer água em tempos de escassez, como nos períodos mais críticos da seca. Apesar disso, tem sido recorrente a interrupção no fornecimento, como agora, nos meses de agosto e setembro. Contudo, a solução definitiva e mais adequada passa pela captação de novos mananciais, o que demandaria interesse e novos investimentos por parte da Copasa.

     

    copasa02Já obsoleta, a estrutura da Estação de Tratamento de água, localizada acima da Lagoa do Balneário, é a mesma de 20 anos atrás. Saturada e incapaz de atender à crescente demanda da população, há muito já deveria ter sido reformada e ampliada.

    Ana Flávia

    "Minha reclamação vai pela falta de água, aqui no Boa esperança. Eu trabalho na roça de segunda a sábado as vezes até no domingo. Ai chego em casa e não tem água nem pro banho nem pro alimento."

    Lara Cristina da Silva - Doméstica

    "Meu nome e Lara Cristina da Silva. Eu venho reclamar que há um mês a gente tem sofrido com a falta de água. Chega do trabalho, não tem água pra lavar roupa nem pra fazer nada, principalmente final de semana,mais aí a conta cada dia mais cara e a conta de água cada dia maior."

    Maria Luiza - Aposentada

    "Eu queria entender como que um talão vem nesse valor se não temos água? Estamos na situação em que vários dias da semana ficamos sem água, e tenho em casa criança e adolescentes que estudam e muitas vezes fica sem água até para lavar uniforme. Para arrumar casa e lavar roupa temos que usar de estratégia, ou dormimos muito tarde arrumando as coisas a noite ou levantamos pela madrugada para dar tempo de fazer tudo antes das 9 da manhã pois certamente depois desse horário não teremos água."

     

     

    São dezenas deles, perambulando pelas ruas, tanto na área central da cidade como nos bairros. Enquanto uma parte da população reclama e protesta contra a presença dos chamados Cães de rua, outra parcela defende medidas de proteção, coibindo maus tratos e mesmo fornecendo água e ração nas calçadas. Se por um lado, o problema divide opiniões, de outro, todos concordam que algo precisa ser feito. Em tese, é responsabilidade do poder público apontar e aplicar soluções efetivas, mas esta tarefa, no entanto, vem sendo cumprida por entidades filantrópicas. De fato, a prefeitura fez a doação de um terreno em 2015, e atualmente paga o aluguel de uma casa para tratar de cães em grave situação de risco. Gastos extras como o pagamento de médico veterinário, remédios e ração dependem da boa vontade de doadores.

    Os chamados Cães de rua, em sua grande maioria, foram abandonados pelos seus donos. Estes são de fato, os principais responsáveis. Como lembra a ativista dos direitos dos animais, Adriana Lopes(foto abaixo) é comum o descarte de animais quando estes representam um problema para o dono. É o caso, por exemplo, de uma cadela, que depois de prenhe, é abandonada com seus filhotes, ou quando o cachorro fica doente, ou representa um problema para o dono. Os filhotes abandonados crescem, se reproduzem, alimentando assim, um círculo vicioso. "Os voluntários e as associações não conseguem pôr fim a este ciclo se as pessoas não tiverem consciência que não é assim que deve fazer". Ela alerta.

    A clara identificação do abandono como causa principal, aponta uma das soluções: a própria sociedade deve conter e coibir tal prática, evitando a prenhês indesejada, por exemplo. Falando nisso, uma das principais ações de controle para evitar a proliferação de mais e mais animais nas ruas são as campanhas de castração, desenvolvida pelas entidades de proteção. É uma solução simples e eficiente, mas que esbarra na falta de verbas para cobrir os gastos com a operação, mesmo levando-se em conta o apoio dado por algumas clínicas veterinárias que realizam a cirurgia pela metade do preço. Além do mais, é preciso ressaltar que pouco resolvem campanhas como esta se donos continuarem abandonando seus cães nas ruas da cidade.

    Adriana Lopes de Paula é defensora da causa desde 2014, quando assumiu um posto na diretoria da Associação "Cães de raça vira-lata". Ela participou diretamente do esforço para conseguir a doação de lote pela prefeitura. No local, o plano é construir um abrigo para cuidar de cães em situação de risco. Ela conversou com nossa reportagem sobre aspectos importantes em torno do tema. Veja.

    caes04Adriana Lopes

     

    Outras iniciativas existem para lidar com o problema

    "As associações se esforçam para tratar os cachorros que já estão doentes. Infelizmente, as pessoas não gostam de dar um lar temporário até que o cachorro fique bom para poder ser castrado. Mas o processo é assim: a associação cuida, cura, castra e coloca para adoção. Mas nem sempre a associação tem dinheiro; os voluntários tiram dinheiro do próprio bolso, porque tem um custo, e o custo é alto. Por mais que as clinicas veterinárias ajudem as associações e voluntários - e ajudam muito mesmo, o custo fica alto. O trabalho de uma associação que cuida desses animais abandonados tem uma enorme importância social, então cabe a população conscientizar que tem que ajudar as associações, porque o poder público também não consegue dar todas as soluções."

    Alguns moradores fornecem ração e água na porta de suas casas. É meritório, mas não resolve o problema.

    "De uns tempos pra cá, as pessoas tem se comovido, quem dera se todos se comovessem e colocasse ali uma vasilha de agua e de ração na porta, pois assim esses cachorros não ficariam tão doentes, tão fracos. Claro que não ataca o problema raiz, de ter tanto cachorro abandonado na rua. Essas pessoas conseguem ajudar, e eu acredito que todo protetor, todo voluntario, toda associação é muito grato por isso."

    Os caminhos e soluções

    "Primeiro: ao comprar ou adotar um cão, castre o animal. A cadela deu o primeiro cio, pode castrar; o cachorro macho, se não me engano, já com seis meses ou um ano pode castrar. Porque lá pra frente você pode, às vezes, não ter condições de cuidar dele, então se você vai doar esse cachorro ele já está castrado, ele não tem possibilidade de ficar procriando. Primeiro, castrar. Adquiriu um cachorro, adotou um cachorro, castra. Segundo, tentar de alguma forma ajudar as associações, com 1 real que seja."

    Em relação aos custos com a castração as associações oferecem um caminho que inclusive, é mais barato

    " Tem uma associação que se chama ASPA e oferece uma forma de castrar mais barata. Por exemplo, a pessoa faz o cadastro, a castração de uma cadela, de um cachorro, gira em torno de R$90 a R$120 reais, bem mais barato que na clínica particular. Ao passo que você está ajudando, levando seu cachorro pra castrar, ao mesmo tempo elas pegam uma parte desse valor e castram os cães de rua. Ajuda demais. Ou se não tem nenhum cão em sua casa pra castrar, você pode doar qualquer valor, que ajuda, e muito."

    Doação de lote para construção de um abrigo 

    Em 2015 foi doado um terreno pela prefeitura pra construir o Abrigo-canil. Não foi construído ainda porque não tinha a escritura, mas já está sendo resolvido. Só que lá o intuito principal é a castração. Primeiro de tudo vai ser construído um centro pra castrar, e também espaços pra recuperação desse cães até serem disponibilizados para adoção. O objetivo é castrar cães particulares também.

    Abrigo provisório 

    Hoje a prefeitura paga o aluguel de uma casa para recuperar os cães em situações mais graves, por exemplo um cachorro acidentado. Quando alguém não socorre, fica por conta da associação, que faz todo processo de cirurgia, que é caríssimo, e aí deixa o cachorro lá recuperando. Ou um cachorro que tem uma doença muito grave, achado na rua, alguém da associação resgata e leva pra lá. Porém, este abrigo provisório não é depósito de animal, é para recuperação em casos extremos.

     

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