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    José Eugênio Rocha

    José Eugênio Rocha

    Todos os municípios brasileiros deverão contar com local apropriado para depósito e/ou tratamento do lixo coletado nas cidades. Os lixões a céu aberto, por exemplo, têm prazo para serem desativados. Daí a necessidade de se implantar os chamados Aterros Sanitários. Em São Gotardo está em curso o processo de viabilização de um local apropriado para este fim.

    Está em curso desde 2014 um longo, difícil e complexo processo de instalação de um Aterro Sanitário, que atenda às determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), normatizada na Lei nº 12.305/10, que procura organizar a forma com que o país lida com o lixo e exigir dos setores públicos e privados transparência no gerenciamento de seus resíduos. Uma das preocupações é evitar o descarte de resíduos como plásticos e metais no meio ambiente, dando destinação correta através do reaproveitamento pelas indústrias de reciclagem. Além do propósito de reaproveitar os chamados materiais recicláveis, por esta lei, todos os municípios brasileiros deverão contar com local apropriado para depósito e/ou tratamento do lixo coletado nas cidades. Os lixões a céu aberto, por exemplo, têm prazo para serem desativados. Daí a necessidade de se implantar os chamados Aterros Sanitários. E em São Gotardo está em curso o processo de viabilização de um local apropriado para este fim. O Jornal Daqui entrevistou a Secretária Municipal do Meio Ambiente, Leidiane Gonçalves Rabelo, para falar sobre o assunto. Desnecessário lembrar que se trata de uma medida estratégica com impactos diretos na qualidade de vida de todos os moradores de São Gotardo. Daí, a relevância desta reportagem.

    aterro01Leidiane Gonçalves Rabelo - Secretária Municipal do Meio Ambiente

    Como é de conhecimento de todos o local hoje utilizado para descartar as toneladas de lixo produzidas pela população diariamente, além de estar em desacordo com as normas estabelecidas pela nova Politica nacional de Resíduos Sólidos, já não comporta a quantidade de lixo produzida. Sabemos que o poder público municipal já deu início ao processo de implantação de um Aterro Sanitário , e que a atenda às novas exigências. Em que pé se encontra este processo hoje?

    Um dos grandes sonhos da atual administração e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente é a implantação de nosso Aterro Sanitário e instalação de uma usina de triagem e compostagem. Este projeto começou em meados de 2014, através de uma parceria com a Universidade Federal de Viçosa, aqui de Rio Paranaíba. Em uma primeira etapa foi elaborado um projeto inicial elencando todos os aspectos técnicos envolvidos, definindo assim, de como o município pretendia executar sua política nacional de Resíduos Sólidos. A partir da definição das linhas gerais demos entrada do pedido de autorização do orgão competente, no caso, a SUPRAM - Secretaria Estadual do Meio Ambiente. O nosso processo é de número 21.341/2014. A primeira passo foi a aquisição de um terreno específico para este fim. A liberação da licença ambiental para implantação de nosso Aterro Sanitário é complexo e demorado. A cerca de pouco mais um ano já foi feita uma primeira fiscalização do Terreno.

    Aliás, este é um ponto crucial, a escolha do terreno para implantação do Aterro...

    Pra você ter uma ideia, foram meses e meses procurando um terreno que se adequasse às condições técnicas. É preciso levar em conta o tipo de solo, a distância de lençóis freáticos e nascentes de água, etc. A escolha do terreno foi um processo longo e difícil, pois tivemos que contornar uma série de restrições impostas pela geografia e exploração agrícola na região, além do tipo de solo. Procuramos atender à todas as normas e exigências, com especial cuidado para se evitar possíveis danos ambientais.

    Respeitado este conjunto de normas e preocupações, chegou-se a um consenso sobre o local adequado, correto?

    Sim. lembrando, que tivemos de levar em conta também a distância entre o aterro sanitário e a cidade, onde se produz as toneladas diárias de lixo. É preciso considerar a viabilidade de transporte; é necessário uma logística diferenciada do resíduo que vai ser destinado para triagem e para reciclagem. Daí precisamos prever os custos com transporte, tanto de ida como da volta dos caminhões. Calculamos em torno de quatro viagens diárias.

    O processo começou quando mesmo?

    Demos início em 2014. Precisamos ressaltar o inestimável apoio que o Ministério Público tem nos dado ao longo de todo esse tempo, que, sempre que necessário, intercedendo junto aos orgãos de controle, pedindo solução mais ágil na liberação do processo.

    Em 2016, então o terreno escolhido passou pela primeira fiscalização dos técnicos da SUPRAM?

    Sim. Os técnicos concluíram que a área atendia às exigências da Lei. A partir desta primeira visita, tivemos que providenciar mais uma série de medidas complementares que foram exigidas pelos técnicos. Hoje o nosso projeto inclui todos os requisitos, como área de triagem, um Pátio de compostagem... Convém ressaltar que todo o processo de aterro conta com uma estrutura de drenagem do solo; lagoas de decantação, mantas de solo de proteção, etc. Cumpridas todas estas exigências, nos será possível devolver uma água tratada, evitando assim qualquer possibilidade de contaminação. Durante todo esse tempo nos reunimos por diversas vezes com os técnicos da SUPRAM, acompanhados por especialistas acadêmicos da UFV, para se chegar à elaboração do projeto final.

    No início de 2018, finalmente, recebemos o parecer favorável dos técnicos, com a confirmação de que o nosso projeto de implantação do aterro sanitário atendia à todas as normas da legislação e códigos ambientais. Após exaustivos esforços recebemos a Licença Prévia.

    O projeto contempla uma usina de coleta e separação seletiva dos materiais recicláveis?

    A nossa ideia é que através da Educação ambiental a gente dê inicio à Coleta Seletiva, mas num primeiro momento é nosso propósito separar apenas o material orgânico para o processamento de compostagem. O material reciclável será separado do material orgânico na usina de triagem e posteriormente encaminhado para destinação correta em empresas especializadas. O composto orgânico que vamos produzir será utilizado em nossas praças, jardins, e escolas.

    Houve questionamentos de que a área escolhida estava muito próxima da cidade?

    Primeiro é preciso lembrar que além dos cuidados já mencionados, serão feitos relatórios trimestrais sobre possíveis impactos no solo e na água. Além do que, um ponto mais distante seria inviável devido aos altos custos com o transporte do material recolhido na cidade. Estamos falando de um aterro controlado periodicamente.

    Qual a distância entre o Aterro e a cidade?

    7 km.

    O que falta para o aterro entrar em operação?

    Depois de todas as condições e exigências atendidas tivemos que lidar com mais um problema: Para que o aterro entre em operação nós precisamos ainda da autorização do Comando Aéreo Nacional. A Lei diz que num raio de 20 Km do aeroporto todo empreendimento - no caso, o aterro - precisa dessa autorização. E como o aterro está localizado a menos de 20Km do aeroporto de São Gotardo, estamos aguardando esta autorização para colocar em operação o Aterro.

    É preciso então uma autorização do Ministério da Aeronáutica para o funcionamento do Aterro Sanitário?

    Estamos tendo de lidar com mais este processo extremamente complexo. São de acesso quase restritos os inúmeros departamentos e repartições no Comando da Aeronáutica. A partir de abril do ano passado já enviamos uma série de documentos atestando os níveis de se-gurança do aterro, e estamos aguardando. A preocupação da Aeronáutica é com a presença de aves, como urubus, o que poderia colocar em risco o tráfego de aeronaves. Mas quando todos os procedimentos são seguidos, não há este risco. Nas cidades de Patos de Minas e Uberlândia os aterros estão a menos de 20 Km, e já foram aprovados, por exemplo. Nossa expectativa é que o nosso projeto também seja aprovado. Já enviamos, inclusive, a licença prévia emitida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente, comprovando que cumprimos todas as normas estabelecidas. Nossa expectativa é que este documento final seja emitido em breve pelo Comando Aéreo, nos autorizando a instalação do Aterro.

     

    Traçar um mapa estatístico por modalidade, do índice de violência no município é de relevância inegável, principalmente para o própria Polícia Militar. Os dados, porém, devem ser avaliados econsiderados por todas as instituições públicas, em especial, àquelas responsáveis pelo implemento de políticas públicas nas áreas Socio/educativas, com vistas a atacar as causas, e assim, diminuir os índices, dentre eles, alguns preocupantes, como o número de menores envolvidos em ações de furto, roubo e Tráfico de drogas.

    Como bem ressaltou o entrevistado nesta reportagem, o Comandante Capitão Sá, a Polícia Militar trabalha com transparência e cumpre seu papel de manter a população informada sobre os fatos relativos à segurança. Bem se diga, o destacamento da PM de São Gotardo é modelo, tanto pela competência como pelo profissionalismo com que vem atuando no combate ao crime e à manutenção da Lei e da Ordem. Capitão Sá gentilmente atendeu à nosso pedido, e nos prontificou todos os nú-meros disponíveis acerca dos índices de crimes registrados no ano de 2018.

    "Em relação ao número de homicídios" relata ele logo no início da entrevista: "registramos 15, no total. Em 2017 foram 8( pode-se inferir que 2018 foi atípico. Nos últimos anos a taxa de homicídios em SG oscilou entre 8 e 12, no máximo). Houve, portanto, um acréscimo em relação ao ano anterior. São inúmeros os fatores que podem estar relacionados à este aumento. Lembrando que trata-se de um crime praticamente impossível de se evitar.

    Em 2019 foram registrados dois homicídios entre janeiro e fevereiro. Os dois autores foram presos . Capitão Sá considera razo-ável este índice registrado( veja no quadro abaixo o comparativo com o índice nacional e de alguns estados.

    Continuando. "Diferente de outras cidades nas quais já atuei", continua Capitão Sá, "os homicídios aqui no município não estão relacionados a guerra ou disputa por pontos de tráfico ou por ação de facções criminosas. A maioria deles está relacionada a brigas e discussões banais entre autor e vítima, envolvendo muitas vezes o uso de bebida alcoólica. Geralmente são por motivos fúteis. Outra característica dos crimes aqui cometidos é que são utilizadas, na grande maioria dos assassinatos, armas brancas(facas, etc.) . É uma realidade peculiar. É impossível a policia evitar estes tipos de homicídios, pois ocorrem, muitas vezes, no interior de casas, em locais desertos ou em bares. Capitão Sá cita como exemplo um homicídio recente, ocorrido em Guar-da dos Ferreiros, onde o autor estava completamente embriagado, sem sequer ter noção do que havia feito.

    "A maioria dos homicídios registrados aqui no município apresentam situações parecidas: oco-rrem no calor de emoções; geralmente por motivos fúteis, e em geral são utilizadas armas brancas". Reforça ele.

    A Polícia Militar registrou a apreensão de 102 menores, em 2018, envolvidos em delitos

     Número de menores apreendidos  
     tipo de delito  em 2018  em 2017
     Tráfico de drogas 49  29
     Furto  35  -
     Roubo  17  -
     Homicídio  0  -

    Das 72 ocorrências registradas em 2018 no delito de Tráfico de Drogas, 49 menores de idade estavam envolvidos. Capitão Sá reforça a gravidade penal para o traficante ao aliciar menores nesse tipo de crime. Eles são responsabilizados criminalmente por este aliciamento. "Traficante acha que vai sair ileso ao empregar menores; além do tráfico de drogas ele vai responder também por corrupção de menores". No caso dos menores, eles são encaminhados para centros de reabilitação, como ocorreu semana passada com uma menor que foi apreendida e encaminhada para um destes centros.

    Depois de apreendidos passa a ser responsabilidade do juizado de menores dar o devido encaminhamento aos jovens e adolescentes detidos durante as operações de combate ao tráfico e outros crimes. É preocupante, no entanto a persistência no número de reincidencias. Por omissão do Estado, que não oferece vagas e ambientes apropriados para reabilitação e reeducação destes menores infratores, não resta ao juizado de menores mandar soltá-los. Criando assim um perverso círculo vicioso de reincidência. O Estado, além de ineficiente, é irresponsável ao não oferecer condições mínimas que oportunizem a reincersão destes jovens e adolescentes na sociedade.

    Balanço dos principais delitos registrados em 2018

     tipo de delito  em 2018  em 2017
    Consumo de drogas 52  62
    Tráfico de drogas  72  51
    Roubos  436 80
    Homicídios 15  -

    Pela experiência do novo capitão em outros centros urbanos como Patrocínio e Unaí, Capitão Sá afirma que os índices registrados estão dentro do padrão, cosiderado normal. Quanto ao aumento das ocorrências envolvendo o Tráfico de Drogas, ele atribui à eficiência do serviço de inteligência da Polícia Militar, e do policiamento ostensivo nas ruas e locais de maior incidência.

    Apesar de ter assumido só no início deste ano o comando militar, Capitão Sá ressalta que um dos principais fatores que contribuíram para a queda de mais de 50% no número de roubos em relação a 2017 foi a implantação do sistema de câmeras "Olho Vivo". É um sistema extremamente eficiente. "Evidente que não desconsideramos a presença e atuação ostensiva de nossos policiais, e do capitão Marco Aurélio. Mas é inegável, pela experiência que tenho em outras cidades, que São Gotardo dispõem de sistema modelo de monitoramento através de câmeras. Não só para inibir a ação dos marginais, mas também para orientar as ações policiais após o cometimento do crime." "Vários dos roubos ocorridos este ano foram solucionados e presos os autores graças ao apoio do sistema de monitoramento. É uma ferramenta imprescindível". " Evidente que o êxito das operações depende da ação efetiva de nossa tropa". e Conclui Capitão Sá "No balanço final certificamos que hoje, São Gotardo dispõe de uma eficiente estrutura de prevenção e combate ao crime, tanto em relação ao efetivo de policiais, equipamentos e veículos, como também do sistema de monitoramento Olho Vivo".

     

    23 mortes/100 mil habitantes. Este e o índice de Homicídios no Município de São Gotardo, em 2018

    O Brasil registrou a marca histórica de 62.517 mortes violentas intencionais em 2016 e, pela primeira vez na história, superou o patamar de 30 homicídios a cada 100 mil habitantes. Os dados são do Ministério da Saúde e fazem parte do Atlas da Violência 2018. Segundo o estudo, o indicador corresponde a 30 vezes a taxa de assassinatos da Europa. O total de mortes violentas no Brasil é maior do que o da guerra na Síria.

    Há estados mais, e menos violentos. Minas Gerais, por exemplo, registrou a proporção de 22 mortes/100 mil hab. O estado de São Paulo é o com menor índice do Brasil, com uma taxa de 10,6 a cada 100 mil habitantes. Seguindo este mesmo padrão de proporcionalidade basta aplicar a regra de três para sabermos qual é o índice mortes violentas no município de São Gotardo no ano de 2018. Utilizando este mesmo padrão poderemos comparar e situar, a nível nacional, o índice local. Fazendo as contas(considerando uma expectativa de população de 36 mil habitantes no município) , chega-se a seguinte patamar: São Gotardo apresentou no ano de 2018 um índice de 23 mortes/100 mil hab. Praticamente o mesmo verificado no Estado de Minas Gerais e muito acima do estado de São Paulo. Podemos dizer que - lamentavelmente - estamos dentro da média.

    Um menor(14 anos de idade) é apreendido pela 3ª vez pela Polícia Militar, pelo mesmo crime: Tráfico de Drogas

    policia01

    No dia 27 de fevereiro, na semana passada, por volta das 18:00 horas, a PM recebeu uma denúncia anônima informando que o adolescente de alcunha "Menor", já conhecido no meio policial pela prática do fato análogo ao tráfico de drogas, estava realizando o comércio de entorpecentes no Bairro Boa Esperança. Ao ser realizada busca pessoal foi encontrada com o adolescente de 14 anos a quantia de R$230,00 em cédulas de pequeno valor, característica típica de tráfico de drogas. Durante diligências foi encontrada ainda em uma mochila a quantia de R$103,00 .

    Os militares desconfiaram da presença de um aparelho de som automotivo que estava no quarto do menor. Os policiais resolveram desmontá-lo, e encontraram no interior dele 10 (dez) buchas de maconha, embaladas em plástico transparente, prontas para serem comercializadas, 01 (um) tablete prensado de maconha, e invólocros.

    Outras ocorrências registradas nas últimas semanas:

    - Em 01/03 Duas pessoas são presas por tráfico de drogas.

    - Também em 01/03 a Polícia Militar Rodoviária prende foragido da Justiça na MG-235 em São Gotardo.

    - Ao longo do mês de Fevereiro a PM prende 8 pessoas e apreende 3 menores. Várias porções de drogas e matérias ilícitos também foram apreendidos. Dos oito presos, quatro pessoas foram em virtude de mandados judiciais. Uma adolescente foi internada em virtude também de mandando judicial. Outros três bandidos foram presos por envolvimento em um roubo ocorrido em um bar no bairro São Geraldo. E completando a extensa lista, foi efetuada a prisão de um homem e a apreensão de outros dois menores, por envolvimento com o tráfico de drogas na cidade.

    - A PM segue combatendo o tráfico de drogas na cidade e continua contando com a colaboração da população, através das denúncias. Podem ser usados o próprio 190 ou o 181 (disque-denúncia). O sigilo será mantido.

    fonte: Assessoria De Comunicação Organizacional Da 216ª Cia Pm/15° Bpm/10ª Rpm

     

    Já são 15 o número de casos confirmados, isso, só nos últimos 30 dias

    A população deve se precaver e ajudar a evitar que haja um surto epidêmico, como o ocorrido em 2016, em que mais de 4 mil pessoas foram hospitalizadas, vítimas do mosquisto aedes aegypt.

    A melhor maneira de combater o mosquito e evitar uma nova epidemia é seguir as orientações, onde a PREVENÇÃO é nossa pricipal arma.

    dengue01

     

    A integração entre São Gotardo e Guarda dos Ferreiros está agora mais fortalecida, graças à recente instalação de uma rede de Fibra Ótica, interligando Distrito e cidade. Dada sua inigualável eficiência e capacidade como via transmissão de dados, esta nova rede de Fibra de Ótica vai tornar possível, além de um aumento exponencial no volume de dados transmitidos via Internet, como também garantir o acesso a uma poderosa rede de servidores, interconectando o Distrito de Guarda dos Ferreiros com mais eficiência e rapidez, não apenas à cidade de São Gotardo, mas ao resto do mundo.

    De acordo com gerência operacional da empresa responsável pela empreitada, a Goldnet, a instalação desta nova rede de conexão só foi possível graças a um acordo firmado com a CEMIG. Como revelam as fotos, os cabos de Fibra Ótica percorrem toda a rede de energia ao longo dos 10 KM que separam cidade e Distrito. A empresa Goldnet já vem atuando há alguns anos no distrito de Guardo dos Ferreiros. Os novos investimentos passam a oferecer mais qualidade aos produtos oferecidos aos seus moradores.

     

    A Cia 216º do Batalhão da PM, sediada em São Gotardo, cuida da segurança de várias cidades da região, como Matutina e Rio Paranaíba. A partir da semana passada toda estrutura operacional deste destacamento está sob a responsabilidade de um novo comandante. Recém chegado da cidade de Patrocínio, Capitão Sá assume o posto deixado pelo seu antecessor, o capitão Marco Aurélio. Em entrevista ao Jornal Daqui, o novo chefe da Polícia Militar, falou de suas origens e das expectativas no novo cargo.

    Capitão Sá é natural de Araguari. Depois de formado pela academia militar, assumiu posto na cidade de Patrocínio onde atuou por 10 anos. Em seguida, prestou serviços na cidade de Unaí, por 1 ano. Ao longo desse periodo foi sendo promovido, até alcançar recentemente a patente de Capitão. "sempre atuei, ou nos serviços de inteligência ou no comando de companhia operacional. Assumir a companhia de São Gotardo é um desafio muito grande, pois o Capitão Aurélio fez um trabalho muito bom. então, o nosso desafio e objetivo é dar continuidade a esse trabalho de parceria entre a comunidade e a Polícia Militar. Nosso esforço é sempre no sentido de aumentar a sensação de segurança e diminuir a quantidade de crimes", afirma ele.

    Capitão Sá elogiou a estrutura operacional, a capacidade profissional do efetivo, e o sistema Olho Vivo, o que classificou como um dos melhores da região.

    O novo comandante tem pela frente inúmeros desafios, pois como já ficou demonstrado neste início de ano, o município de São Gotardo tem várias frentes de combate ao crime, como o tráfico de drogas, assaltos e homicídios. Boa sorte ao novo capitão.

    Em encontro realizado na sede da prefeitura a diretoria da Copasa informou que as obras de conclusão da ETE - Estação de tratamento de esgoto - devem ser iniciadas em breve. A notícia foi repassada oficialmente ao prefeito Seiji Sekita. Presentes também na reunião os vereadores Anivaldo Barbosa e Denise Alves, além de secretários municipais.

    Entre as obras anunciadas, a construção de uma rede de esgoto ao longo de toda a avenida Tabelião João Lopes(clube campestre) e da rua Cel Frederico Coelho, atravessando toda a área central da cidade. No plano de obras, também a construção de interceptores ao lado do Córrego do Arroz, canalizando todo o esgoto que até então vem sendo jogado no referido córrego.

    copasa01Para falar sobre o assunto, o Jornal Daqui gravou entrevista com João Martins de Resende(foto), Superintende da regional de Divinópolis. São Gotardo, sendo pertencente ao distrito de Araxá, faz parte da Superintendência do centro oeste mineiro, juntamente com os distritos de Frutal, Bom Despacho e Divinópolis.

    Veja os pontos abordados na entrevista:

    - "Nos estivemos hoje apresentando ao prefeito a contratada que está responsável pela execução da segunda etapa de obras, que é exatamente a conclusão da ETE. Nesta segunda etapa, a construção do interceptor no Córrego do arroz e a interligação das redes coletoras, hoje não interligadas também do interceptor do córrego confusão. Com isso a gente espera que até no máximo no final desde ano todo esgoto coletado na cidade de São Gotardo estará sendo transportado e tratado já na estação."

    -"Nós estamos também iniciando a operação da ETE já nos próximos dias. Em fevereiro nós já teremos o início de operação.Os esgotos que hoje já estão sendo coletados no Córrego Confusão, onde nós já temos o interceptor instalado, esse esgoto já estará sendo conduzido pra ETE e já estará sendo tratado nos próximos dias. Então, em pouco tempo, a população de São Gotardo, ansiosa eu sei por esse benefício. Hoje é um dia de alegria pra nós, por trazer essa noticia pra população de São Gotardo ."

    - "Nós vamos construir Redes de esgoto em algumas ruas da cidade. Aqui na parte central nós temos algumas situações assim. Então, nós vamos coletar exclusivamente o esgoto, eliminando problema do lançamento do esgoto em rede drenagem pluvial. Isso é um problema sério, nós sabemos, principalmente nos períodos chuvosos. Os moradores das áreas mais baixas da cidade sofrem muito com isso, então esse também é um problema que a gente espera também em pouco tempo estar sanando."

     

    Em nível de Brasil o CESG se posiciona hoje entre as 40 melhores, conforme critério de avaliação do MEC. A no-tícia foi publicada recentemente na revista Exame, de circulação nacional. Considerando apenas as faculdades de Minas Gerais foi alcançada também uma excelente posição, estando classificada entre as cinco melhores do Estado. Dentro deste contexto o CESG confirma uma evolução contínua, subindo mais alguns degraus em relação à avaliação anterior. Em 2016 estava entre as 100 melhores, e agora(ano base 2017), está entre as 40 mais bem avaliadas.

    De acordo com o reitor do CESG, João Eduardo Queiroz, vários fatores contribuíram para a elevação da nota. Ele cita, por exemplo, a criação do curso de Agronomia, a incorporação de um curso de doutorado em Ciências Penais, em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais. " Desde que foi fundado, em 2003, é objetivo permanente, traçar esforços visando melhorar os processos internos de gestão e nível educacional. Este trabalho vem recebendo o reconhecimento nas provas de avaliação ano a ano. Tão difícil quanto subir no ranking, é manter-se nele." pondera ele. Contribui ainda para a po-sição de destaque, o número limitado de cursos, o que facilita uma maior concentração de esforços por parte dos coordenadores e corpo do-cente, sem cair nas armadilhas da pulverização, como em alguns centros de ensino, que chegam a oferecer mais de uma dezena de cursos.

    Critérios de avaliação

    Além dos aspectos citados acima convém lembrar que a nota final do IGC(Índice Geral de Cursos) leva em contra cerca de 60 critérios de avaliação. Todos os setores têm responsabilidade como peso decisivo; uns mais, outros menos. O IGC avalia, por exemplo, a política de gestão administrativa, as políticas acadêmicas, incluindo a classificação dos professores. Neste item vale ressaltar que o CESG dedica especial atenção à formação acadêmica de seu corpo docente. Hoje, mais de 80% dos professores do CESG têm doutorado ou mestrado. Além de todos estes aspectos, o Ministério da Educação avalia também a sustentabilidade financeira da instituição. Neste quesito o CESG demonstrou uma evolução de investimentos de 320% nos últimos anos. Foram investidos recursos tanto na estrutura física como na instalação de laboratórios e novas tecnologias. Deve-se atentar também que o con-junto de critérios de avaliação inclui ainda os resultados do ENADE, que é o exame nacional de provas aplicadas aos alunos de cursos superiores. 

    Além das informações repassadas com o preenchimento de questionários de avaliação, técnicos do MEC fazem uma rigorosa inspeção através de visitas in loco.Neste quesito, aliás, o CESG tem obtido nota máxima.

    Quem ganha é o aluno

    São inúmeros os ganhos para os alunos que estudam em faculdades bem avaliada, a começar pelo aumento de oferta do FIES, um sistema de financiamento oferecido pelo Governo, bem como, facilitar o acesso de alunos às bolsas do PROUNI, em virtude dos resultados. Com o status alcançado pela excelente avaliação nos exames, o CESG torna-se referência como centro formador de profissionais, o que na outra ponta significa valorização de destaque para os alunos recém formados ao ingressarem no mercado de trabalho, aumentando sobremaneira as chances de se conseguir as melhores vagas de trabalho.

    O reitor João Eduardo aponta como causa natural para os resultados recentes uma exigente metodologia de trabalho: "Sempre buscamos como referencial as melhores faculdades do país. Ao mirar, como ponto de referência, nas faculdades mais bem conceituadas como USP e UFMG, o CESG direciona seus esforços em consonância com o que de melhor é oferecido pelas faculdades brasileiras. Nosso ponto de referência nunca se amparou em visão regionalista apenas, pois sabemos que se assim fosse jamais conseguiríamos alcançar estes resultados.

     

    Após o rompimento da Barragem em Mariana (2015) e Brumadinho o assunto sobre segurança de barragens voltou para os noticiários. Mas hoje, o foco é na barragem que o sangotardense tem contato diariamente, a Barragem do Balneário.

    Nós, como engenheiras civis geotécnicas (especialistas em solo), lidamos com diversas incertezas por esse motivo sempre alertamos nossos clientes da importância do conhecimento do solo para dimensionamento de qualquer e todo empreendimento. As técnicas e práticas empregadas nesse ramo se desenvolvem com o estudo de casos passados. Então o questionamento que fica é: O que São Gotardo aprendeu com esses rompimentos?

    Vamos deixar bem claro que as dimensões, material usado na construção e mate-rial no reservatório das barragens de Brumadinho e Mariana são totalmente diferentes da barragem do Balneário. Nossa barragem é composta por um corpo de terra, canal (vertedouro) em concreto e reserva apenas água. Mas, o risco não pode e não deve ser descartado.

    A barragem do balneário, teve sua obra concluída em 1995 e suas estruturas am-pliadas entre os anos 2005 e 2008, hoje conta o descaso como mostra na imagem. Não foram encontrados projetos da estrutura e de sua execução nem licença no órgão que regulariza barragens, a ANA (Agência Naci-onal das Águas). A inexistência de projetos, detalhamentos, manutenção e informações nos assustam.

    Mas qual o risco para a po-pulação da cidade essa barragem pode ter? A longo prazo, com esse descaso, falta de manutenção e monitoramento, podem ocorrer perdas estruturais e possíveis transtornos.

    Vamos citar um exemplo, a parte da barragem em contato com a água deve permanecer livre de vegetação (de qualquer tipo), porque as raízes de arbustos criam um caminho para a água atingir o interior da estrutura. Ao atingir o interior, a água busca caminhos para sair, e nessa busca pode levar consigo material (solo), essa ação na linguagem de engenheiro, é chamada de "piping". O piping, a erosão interna, pode levar a estrutura ao colapso.

    Como cidadãos, o que podemos fazer para uma maior fiscalização e segurança? É necessário cobrar, não só quando acontece a tragédia, mas periodicamente. Ainda está em tempo das autoridades competentes se atentarem às estruturas que possuímos no nosso município e realizar as manutenções necessárias. Devemos apren-der com fatos externos e aplica-los em nosso município.

    barragem01Engenheiras civis geotécnicas Fernanda Yamaguchi Matarazo e Carolina Ribeiro Naves

    O primeiro mês do ano já se distingue como data oficial de um dos mais importantes torneios de futebol de base do Brasil. A 5ª edição da "COPA DO ALTO PARANAÍBA" ganha ares de palco por excelência e se consolida como calendário obrigatório dos principais clubes de futebol do país. São Gotardo como sede principal do torneio recebeu nesta segunda semana de janeiro mais de dois mil e trezentos atletas.

    Dado tamanho contingente a cidade foi literalmente invadida por uma multidão de jovens e crianças, aspirantes ao posto de estrela dos gramados nacionais e internacionais. Aqui aportaram em busca de um sonho, de um desafio. Na paisagem urbana vimos desfilar dezenas e dezenas de ônibus circulando entre um trajeto e outro, levando e trazendo gente, dos alojamentos para os gramados, dos gramados para a praça de alimentação; tomaram ruas, bares, lanchonetes, restaurantes e hotéis, tudo devidamente orquestrado por técnicos, coordenadores e organizadores do evento. Pelas praças e jardins da cidade destacava-se da bucólica rotina uma miríade de cores estampadas em trajes esportivos, simbolizando bandeiras de seus clubes e agremiações. Ao longo de uma semana foi assim: uma formidável invasão de habitantes da nova geração do planeta-bola. De fato, o alvo dos ilustres visitantes não foi a cidade, mas sim, os seus gramados. Para suprir a extensa tabela de jogos classificatórios foram utilizados todos os quatro campos da cidade com partidas realizadas nos três turnos, manhã, tarde e noite.

    Entrevista Wilson Maia - WM Eventos Esportivos

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    Foi possível verificar durante a abertura do evento um aumento significativo no número de atletas participantes. É maior copa já realizada até agora?

    Esta 5ª edição da Copa é a maior no que se refere à estrutura e ao número de equipes participantes: São 32 categorias, distribuídas da sub11 à sub18; 48 delegações participando, 9 estados, 2.700 atletas cadastrados. Então, das 5 edições realizadas, esta superou todas as anteriores, o que consolida como uma competição de nível técnico elevadíssimo, presença de vários observadores, e mostra a credibilidade da competição. Esta 5ª copa vem consolidar São Gotardo, sede da Copa Alto Paranaíba como uma copa de celeiros, de revelação. A competição envolve 8 campos de futebol, onde estão sendo realizadas 66 partidas por dia. São números expressivos. No refeitório central 2.100 pessoas tomam café, almoçam, jantam durante todos os dias da competição. Além das cozinhas próprias, e do refeitório em Matutina.

    É uma parceria vitoriosa entre a empresa organizadora e a comissão e comunidade de São Gotardo, não é isso?

    Só temos a agradecer ao prefeito da cidade, Seiji Sekita, que abriu as portas, desde a primeira edição. Agradecer ao grande parceiro que é o Vinicius, que abriu este caminho, que buscou a WM para esta parceria com o município; ao Amaral, secretário de esportes, com toda a sua equipe, envolvendo todas as comissões, de campo, de alojamento, de transporte, o pessoal aqui do Parque de Exposições, onde está instalado o refeitório. O município fez esta parceria com a WM.

    Nesta edição ocorreram algumas situações delicadas. Citamos de início a grave situação enfrentada pela equipe de Brumadinho, onde ocorreu a tragédia do rompimento da barragem. A equipe já havia chegado a São Gotardo um dia antes, correto?

    Eles chegaram no dia 24, um dia antes da tragédia. Primeiro, se tivessem deixado pra sair no dia 25 não teriam vindo para a competição. Tem garotos da equipe de Brumadinho que lá perderam parentes. Um deles perdeu o pai, inclusive. Logo depois da tragédia vieram aqui buscá-lo de volta. apesar de tudo, todos resolveram ficar e continuar na competição, o que foi importante pra eles. Foi uma maneira de lidar com aquela situação, se livrando de toda a tormenta e sofrimento. Todos os pais concordaram que eles ficassem aqui. São Gotardo confortou com essa competição esses jovens.

    Outra situação inesperada que também ocorreu logo no início da competição foi o embargo do Campo de Matutina...

    Sempre realizamos parte dos jogos nas cidades de Matutina e Rio Paranaíba. No decorrer das preparações chegou até nós a interdição do campo de Rio Paranaíba, do Sparta e não o de Matutina. Rapidamente as co-missões municipais, o Vinicius juntamente com o Chiquinho solucionaram o problema e o campo do Sparta foi liberado. A comissão de Rio Paranaíba não conseguiu resolver o problema lá. E Matutina até então não havia problema, e no dia 25 por volta das 14 h, um dia antes do início dos jogos, recebemos então a notícia de uma denúncia, preparada, maldosa. O campo foi então interditado pelo Corpo de Bombeiros. Tudo já estava preparado com as equipes se alojando na cidade, e toda estrutura pronta para o início dos jogos, em torno de 9 partidas por dia. tivemos que sair, gerando um transtorno muito grande. Primeiro para a cidade de Matutina que havia se preparado para o evento. O comércio se pre-parando, a população toda na expectativa de assistir aos jogos... Isso foi brecado, maldosamente foi brecado.

    Foi quando surgiu a necessidade de um outro local para os jogos.

    Graças a Deus, toda a equipe de São Gotardo se mobilizou, o Vinicius entrou em contato com o time de Carmo do Paranaíba, o Bela Vista, que muito gentilmente nos atendeu, solucionando o problema do campo. Carmo nos cedeu o campo e pudemos dar continuidade no ínicio dos jogos. As equipes que estavam alojadas em Matutina tiveram que fazer deslocamento viajando 80 km de ida e volta para jogar lá em Carmo do Paranaíba. Naquele momento ficamos muito preocupado, pois corríamos o risco de ver todo o evento comprometido, mas felizmente conseguimos contornar o problema. Foi uma denúncia maldosa com a clara intenção de prejudicar o evento. Não pensaram que estavam prejudicando muita gente. Imagine você a situação de equipes como a da capital de Porto Velho, que viajou mais de 3 mil quilômetros pra chegar até aqui, do Marabá.... Tem nove estados participando. Foram pessoas maldosas que fizeram isso.

    Apesar disso tudo, o saldo final da 5ª Copa foi muito positivo. sim?

    Verdade. O saldo final é extremamente positivo para todos que trabalharam e participaram deste glorioso evento.

     

     

     

     

    Gilberto de Oliveira Cândido Ingressou na política há quase 30 anos. Ao longo de todo esse tempo pode vivenciar, ora como testemunha ocular ora como protagonista, um sem número de situações e experiências, tendo, inclusive, ocupado a cadeira de chefe do executivo na década de 1990. Na entrevista a seguir o novo presidente da Câmara Municipal de São Gotardo fala entre outros assuntos do posicionamento do Poder Legislativo diante das recentes ofensivas do prefeito de Rio Paranaíba na região limítrofe entre os dois municípios, próximo ao trecho de São Gotardo. Veja a entrevista.

    O que a população espera de um homem público?

    Às vezes eu tenho uma visão um pouco diferente da maioria das pessoas. Eu acredito que quando uma pessoa se coloca a disposição da população para representá-la, isso tem de ser exercido de forma exclusiva. Acredito que é um trabalho que você se propôs a realizar para sua comunidade. É preciso total dedicação. O homem público tem de ter essa responsabilidade.

    A atual Legislatura inclui vários parlamentares que ingressam pela primeira vez na vida pública. O que aprender no início?

    A política é um ciclo. Estou em meu quinto mandato com vereador, e pela terceira vez assumindo o cargo de presidente. É uma safra muito boa de novos vereadores, pessoas comprometidas com o bem estar da população. Penso que é importante essa oxigenação no meio político, com o ingresso de gente nova, neste sentido a troca de experiências com os que estão a mais tempo é sempre benéfica. Acredito que essas duas coisas aliadas faz com que a Câmara permaneça voltada para os princípios para os quais ela foi criada, que é a defesa e representação dos interesses da comunidade.

    O senhor concorda com a percepção de que a Câmara passou na última década por um longo e às vezes difícil processo de mudanças, reorientando seu papel e sua função representativa?

    Acredito que houve uma mudança significativa. Penso que hoje, o vereador, o homem público já percebeu, vendo os resultados das eleições, as manifestações do povo, que as questões coletivas estão acima dos interesses pessoais. Os problemas que interferem diretamente na vida da comunidade em si são muito maiores que os interesses de grupos ou partidos políticos.

    O senhor acompanha já de longa data as polêmicas envolvendo as demarcações de fronteira entre São Gotardo e Rio Paranaíba. Mais recentemente a Câmara vem se posicionando de maneira efetiva na defesa dos interesses do município. Como o senhor analisa as recentes ações do prefeito de Rio Paranaíba, que demonstra especial interesse pela arrecadação de impostos de algumas empresas localizadas no entorno do trevo de São Gotardo?

    Para compreendermos melhor temos que voltar um pouco na história. Em 1974, quando o Padap foi instalado aqui na nossa região, constatamos que as pessoas que lutaram pela implantação deste programa eram todas daqui de São Gotardo. Podemos citar: José Luiz Borges, Dr. César, José Moreira, Juvenal... Foram as lideranças de São Gotardo que lutaram e fizeram todo esforço para que o Padap virasse realidade. Nós abrigamos e sempre recebemos de braços abertos tanto a classe produtora como os trabalhadores. Nunca negamos ou dificultamos a vinda dessas pessoas que escolheram nossa cidade para residir e criar suas famílias. Todos sabemos que a maioria das terras da Padap está localizada em outros municípios, mas quem faz ela produzir, reside aqui. Nos últimos anos recebemos e abrigamos uma grande população de imigrantes vinda das regiões norte e nordeste. Sendo que parte dela inclui a chamada população flutuante. São pessoas que escolheram nossa cidade para morar, e o município tem que arcar com as despesas nas áreas de saúde, educação, assistência social... E o nosso município não recebe recursos para isso, pois boa parte dos trabalhadores não tem residência fixa aqui. Nenhum prefeito até hoje faltou com o compromisso de zelar pelo bem estar de todos os nossos moradores, sejam fixos ou não. Consideramos impróprio e injusto as ofensivas do município vizinho na tentativa permanente de invadir nossas fronteiras, desconhecendo que é o município de São Gotardo que arca com o custo social deste programa desde que foi implantado. Portanto, nada mais justo que nós lutarmos por aquilo consideramos de direito. Nosso compromisso é lutar pelo bem estar das pessoas que aqui residem, incluindo aí os moradores do distrito de Guarda dos Ferreiros, que dependem das riquezas geradas na região. É questão de justiça. É por isso que levantamos a nossa voz, não para defender interesses financeiros ou comerciais, mas para defender os interesses das pessoas que estão aqui, e que precisam de recursos, na área da saúde, educação, etc.

    Ficou de certa maneira evidente que o interesse da prefeitura de Rio Paranaíba é apenas financeiro, diante do desinteresse com a série de problemas que os moradores de Guarda dos Ferreiros, residentes na parte do município vizinho enfrentam, não?

    Não resta dúvida que tem prejudicado o distrito como um todo, essa divisão entre dois municípios. Aos moradores não interessa essa divisão, pois o que realmente importa é que as demandas sejam atendidas.

    Até mesmo pela localização geográfica é evidente que o distrito mantém uma relação mais direta com São Gotardo, não? 

    Correto. Tem a questão de logística, de proximidade, de ligação é com São Gotardo. É sabido que Rio Paranaíba sempre deixou de cumprir com uma série de obrigações com os moradores; nunca demonstram real interesse em resolver os problemas das pessoas que lá residem. É lamentável o que estamos assistindo agora: uma ação do prefeito com o único objetivo de adquirir recursos financeiros apenas, ficando ainda mais evidente seu desinteresse em resolver os problemas que afligem os moradores. Daí a nossa revolta, e a luta constante para preservar ali, os nossos limites e preservar acima de tudo o bem estar das pessoas, assim como dos empresários que ali trabalham.

    Houve inclusive uma reunião com os empresários, promovida pela Câmara, e que hoje estão no centro de uma demanda. Suas empresas estão instaladas em ponto de conflito, no entorno do trevo de São Gotardo. O prefeito de Rio Paranaíba reivindica que as mesmas passem a recolher impostos para o município vizinho. No impasse verifica-se pelas atuais demarcações estão localizadas em Rio Paranaíba(incluindo o trevo de São Gotardo) . No entanto, todos os empresários além de residirem em São Gotardo são contrários à transferência. Como a Câmara está lidando com esta demanda?

    Quando fui prefeito, asfaltamos a via lateral do lado esquerdo da rodovia, ou seja, uma obra da prefeitura do município de São Gotardo. No desejo de atender a uma antiga reivindicação dos empresários, mais recentemente a prefeitura vem trabalhando para que via lateral à direita da rodovia também seja asfaltada.

    Na referida reunião o senhor defendeu que a linha de fronteira separando os dois municípios tenha como referência a BR 354, correto?

    Esta divisa na BR 354 já existe de fato, apesar de ainda não de direito. São Gotardo sempre cuidou daquela região, por ser a nossa porta de entrada, e pela própria localização geográfica.

    Nós não abrimos mão desse pleito e estamos reivindicando esta mudança junto à fundação João Pinheiro, para que a divisa seja a BR354. Todas aquelas empresas localizadas próximas ao trevo estão registradas em São Gotardo. Portanto nada mais justo . Vamos a partir de agora, defender até a última instância que a linha de divisa tenha como referência a BR354.

    O tabuleiro político começa a se movimentar. Quais suas expectativas com as próximas eleições municipais ?

    Estarei presente nas discussões. Eu participei direta ou indiretamente do processo político de São Gotardo nos últimos 30 anos, então é natural que nas próximas eleições, em 2020, desejo continuar participando e atuando. Claro, que sempre respeitando acima de tudo a soberania popular. Tenho a humildade de reconhecer que nosso município tem pessoas capacitadas para assumir o papel de representante da comunidade. Mas não vou negar que é meu sonho e que me sinto preparado para oferecer meu nome na próxima disputa eleitoral, e me submeto à vontade do povo, aos acontecimentos, às circunstâncias. Sinto que ainda tenho muito a contribuir, aprendi muito ao longo desses 30 anos. Eu coloco nas mãos de Deus, acima de tudo, e espero que a população decida o melhor para a nossa cidade.

    ganga01Na reunião promovida pela Câmara Municipal, dezenas de representantes de empresas instaladas próximas ao trevo de São Gotardo manifestaram o desejo de permanecerem como pertencentes a São Gotardo. Eles haviam sido notificados pela prefeitura de Rio Paranaíba para que mudassem suas inscrições sociais para o município vizinho. Seguindo orientação da assessoria jurídica da Câmara e da prefeitura, assinaram um documento de contra-notificação, para que continuem recolhendo seus impostas em São Gotardo.

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