Associada ao fenômeno cultural conhecido como sincretismo religioso, entidades dos cultos africanos eram identificados aos santos do catolicismo. Assim, a Igreja, as autoridades e os senhores de engenho em geral aceitavam ou prestigiava.
Animada por danças, cantos e música, a procissão a Congada é realizada sempre no mês de setembro. Ao final do dia de comemoração os dançadores seguiram em procissão até a igreja de Nossa Senhora do Rosário, no bairro do Taquaril. No séquito, a presença de uma corte e seus vassalos, realizam a cerimônia de coroação do Rei Congo e da Rainha Ginga de Angola - uma personagem da história africana, a Rainha Njinga Nbandi, do século 17. Esses autos, contudo, não existiram em território africano. Registram os anais da história que reis e rainhas foram trazidos junto com seus súditos em navios negreiros. A congada foi uma maneira de manter acesa as heranças sociais presentes no país de origem.