Sua memória, sempre certeira, não deixa escapar nem os mínimos detalhes. Ela reconstitui fatos ocorridos a 70 ou 80 anos atrás com a mesma naturalidade e desenvoltura de quem recorda um evento ou uma conversa ocorrida ontem ou na semana passada. D. Adélia é testemunha ocular de um período que atravessou praticamente toda a história de São Gotardo, dos primeiros anos de emancipação, dos tempos dos Coronéis, passando pela 2ª guerra mundial, Getúlio Vargas, Ditadura militar... até os dias de hoje. Assistiu às principais transformações, não apenas da cidade que adotou como sua segunda terra natal, mas do mundo inteiro, do rádio, passando pela Tv aos Smart phones de hoje. Recém casada com um jovem empresário de São Gotardo, Clarimundo Alves Soares, D. Adélia veio de Dores do Indaiá com o desafio de se adaptar à nova terra e constituir família. Aqui ela criou seus nove filhos. Ao todo são 19 netos e 15 bisnetos; o 1º tataraneto já está a caminho.
Quando D. Adélia aportou nas terras do Confusão a cidade contava não mais que 1.500 habitantes( cerca de 18 mil residiam na zona rural), e 250 casas. Instalada a pouco, a energia elétrica ainda era uma novidade. Ao longo das oito décadas seguintes, a partir de 1937, D. Adélia participou ativamente da vida social da cidade. Ela continua morando ali, na praça Sagrados Corações, na área central da cidade. Acompanhada pelo filho Márcio, ela nos recebeu em sua casa, onde gravamos a entrevista que se segue.
Era o ano de 1937 quando D. Adélia chegou a São Gotardo. Naquela época, uma cidade de poucas ruas, quase um vilarejo. A Igreja matriz, lembra ela, ainda estava em sua fase inicial de construção. Recém casada, a jovem que mal completava os 20 anos de idade, aportava pela primeira vez na cidade que abraçou como sua terra definitiva. Mas foi em sua cidade natal, Dores do Indaiá, que conheceu seu futuro esposo.
Eu casei com um moço daqui , por isso vim para São Gotardo. Eu conheci ele em uma festa de Dores do Indaiá. Eu me formei lá. A nossa escola Normal(o curso de pedagogia da época) era cópia fiel por dentro e por fora do Instituto de Educação de Belo Horizonte.
Então foi em Dores que a senhora conheceu Clarimundo, seu futuro esposo...
Sim, nos bailes e nas festa de carnaval. Dores era muito alegre, muito cheia de festa. Os rapazes iam todos pra lá porque, com as escolas, tinha moça demais e pouco rapaz; então a gente mandava convite, e enchia o salão de festa da Escola Normal e o clube. As nossas festas eram maravilhosas.
Quais foram suas primeiras impressões quando chegou por aqui. Como era a cidade?
São Gotardo era quase um arraial; era pequenina. Depois é que ela foi crescendo. Tinha pouca água, luz fraquinha, poucos habitantes; a roupa era lavada ali no córrego(Confusão). Eu gostei daqui. A nossa igreja era daquelas antigas, lá na praça São Sebastião. Quando eu cheguei aqui a Igreja Matriz ainda estava em construção.
A senhora se considera uma mulher religiosa?
Fui presidente do Apostolado da Oração. Sempre frequentei e ajudei nas tarefas da igreja, e sempre tive uma amizade muito grande com os padres, principalmente com o Dom José Lima. Ele foi muito importante aqui pra São Gotardo: reformou a Santa Casa, essas casas de misericórdia, nosso ginásio, nossa igreja, tudo na cidade foi ele.
Sr. Clarimundo, seu marido sempre revelou um tino, uma veia empresarial.
Ele era dessas pessoas pra frente. Fundou o primeiro e único cinema da cidade( a primeira sala de exibição foi instalada em galpão no fundo de sua casa. Posteriormente foi inaugurada uma grande sala ali na praça São Sebastião). Meu marido abriu vários pontos de comércio, como bar, mercearia, Posto de gasolina. Ele era vice presidente do clube social da cidade. Ele adorava São Gotardo. Ele fez tudo de bom e eu gostava disso nele, e também eu gostava do progresso, gostava que a cidade fosse pra frente .
Como ele era um empresário de influência na cidade, os dois partidos políticos da época convidaram ele pra ser prefeito, mas ele nunca quis se candidatar. Um dia ele me perguntou: Você quer ser a primeira dama? E u disse a ele que não fazia questão, que estava nas mãos dele decidir.
A senhora gostava de política?
Sim . Eu acompanhava tudo. O prefeito Bento Ferreira, por exemplo, era meu compadre e amigo da família. Ele era farmacêutico, e quando assumiu a prefeitura deixou a farmácia que era a sua fonte de renda. Teve uma vez que ele passou por um momentos de dificuldade por isso, e o Clarimundo bancou as des-pesas dele e da família por um ano. Foi um grande prefeito e ajudou muito no progresso de São Gotardo; construiu a igreja, abriu muitas ruas...
Qual o papel da mulher na sociedade?
A mulher tem os dois direitos dela, não é? Para as que são formadas, têm diploma, elas também têm a mesma capacidade do homem. Podem ser professoras, diretoras de escola. E o outro direito delas é responsabilidade de cuidar da casa. Mas, por exemplo, ela não pode descuidar da casa, em favor da profissão que tem fora, não é? Primeiro o lar, os filhos, o marido.
Lá em Dores do Indaiá, as mulheres davam aulas por necessidade financeira. Lá, as famílias mais tradicionais e com melhor poder aquisitivo não aceitavam que filhas e esposas trabalhasse fora, como professora. Quando eu cheguei a São Gotardo, como era formada, me convidaram para dar aula ou assumir o cargo de diretora de escola, mas meu marido não aceitou.
Mas a senhora queria trabalhar fora...
Ora, mas demais da conta. Era o meu sonho.
Aqui em São Gotardo era comum as mulheres trabalharem nas escolas, mesmo não necessitando de salário, não é isso?
Isso mesmo. Quando cheguei aqui vi que as mulheres eram muito mais independentes que lá em Dores do Indaiá. As moças de família rica, todas elas trabalharam fora de casa. Vi que era diferente. Quando minhas duas filhas( primogênitas) se formaram, meu marido dizia que era melhor elas ficarem em casa, não lecionar. Mas eu fiz questão de garantir que com elas seria diferente. Que elas iriam poder trabalhar fora. Eu dizia: elas vão fazer novas amizades... não é pelo dinheiro, é pra sair de casa; não é mesmo? O que eu não pude fazer fora, eu fiz em casa. Fiz questão de garantir que todos os meus filhos tivessem o diploma universitário, que fossem independentes na vida.
Como era ser a esposa de um dono de cinema?
A primeira vez que abriu o cinema( a cerca de 50 anos atrás), nós fomos ver o filme e tínhamos o nosso lugar marcadinho. O cinema exibia filmes do primeiro ao último dia do mês; era diariamente. Primeiro foi aqui no fundo de casa, depois que abriu lá( na praça São Sebastião). Ao lado do cinema, no prédio da esquina( da rua Bento Ferreira dos Santos com a praça) era um bar em baixo e o clube social em cima. Era um bar muito bom, bem frequentado, era o ponto de reunião da cidade. Toda vida o Clarimundo foi desses empresários pra frente, queria ver a cidade melhorando, crescendo. Pra você ver, uma cidade igual a São Gotardo com cinema diariamente, não era fácil. Enquanto outras cidades demoraram a construir cinema, São Gotardo já tinha o nosso.
Uma das maiores bancos do Brasil, a Caixa Econômica Federal perpetua em São Gotardo o que existe de mais atrasado no universo, a denominada fila indiana. De todas as repartições de atendimento, incluindo bancos e orgãos públicos, as Agências Lotéricas de São Gotardo são, longe, as campeãs no quesito "Fila de espera, na rua, sem assento, sob sol escaldante".
Pautados nos fundamentos e princípios cooperativistas, o SicoobCredisg, com matriz de suas operações de crédito em São Gotardo, dispõe de condições favoráveis e essenciais para lidar com as mudanças e instabilidades do cenário econômico. Graças a esta mobilidade, autonomia de gestão e liberdade na tomada de decisões, se distingue como a única instituição financeira verdadeiramente de São Gotardo, o que não é pouca coisa. Esta singularidade se confirma, ao atestar seu compromisso com o desenvolvimento e com os interesses, tanto de seus associados, como de toda a comunidade são-gotardense.
No decorrer da Assembleia Geral realizada no dia 29 de março, foi apresentado o balanço das operações do exercício de 2018 e a leitura dos pareceres do conselho fiscal e da auditoria independente. Como veremos a seguir, além de prestar contas de suas operações financeiras aos seus associados, ficou evidente que as chamadas sobras (o lucro obtido nestas operações) são repartidas entre os associados do SICOOBCREDISG. Ou seja, os recursos ficam aqui. E não é só isso, a Credisg se distingue também como sendo uma instituição financeira que investe pesadamente em projetos e ações sociais, beneficiando trabalhadores, empresários, estudantes, entidades assistenciais do município, cursos de formação e parcerias das mais diversas.
É por estas e outras que se tem veiculado e reforçado em suas campanhas publicitárias esta marca singular, com orgulho e convicção: "SICOOBCREDISG, uma instituição financeira verdadeiramente de São Gotardo”.
Como determina o estatuto e os regimentos internos da instituição, o Conselho de Administração e a Diretoria executiva apresentaram aos cooperados o desempenho da cooperativa, assim como as demonstrações contábeis do ano de 2018. Foram prestados todos os esclarecimentos e deliberados assuntos que estatuariamente são de prerrogativas da assembleia. O presidente do Conselho de Administração, Sr. Noé Rafael Galvão, presidiu a reunião e os diretores, fizeram a exposição do balanço geral, bem como dos serviços que são prestados pela cooperativa.
O diretor de negócios, João Eder Sales, após a abertura, fez a apresentação dos números e gráficos das demonstrações financeiras e contábeis da Cooperativa. Ficou evidenciado o enorme diferencial entre uma cooperativa de crédito e os bancos tradicionais. Em primeiro lugar a transparência, em segundo, a participação direta dos associados nas decisões. Além de não pagar taxa de manutenção de conta, entre outros benefícios, o SICOOBCREDISG disponibiliza uma ampla linha de crédito com taxas mais baixas que as normalmente oferecidas pelo mercado.
O volume de depósitos era R$124,9 milhões em 2016, deu um salto para R$143,1 milhões em 2017, retornando em 2018 ao patamar anterior com um volume de R$129,6 milhões de reais. Esta estabilidade é um poderoso referencial, traduzindo em números o grau de confiança dispensado à cooperativa de crédito de São Gotardo.
Ao final da Assembleia o Diretor de negócios João Eder conduziu, juntamente com os funcionários do SICOOB CREDISG, uma homenagem a Sra. Itália e aos demais conselheiros que estarão deixando o cargo. Foram ressaltados os agradecimentos aos senhores Jose Freud Mesquita Londe, Tamio Sekita, Lazaro Barbosa e a Sra. Itália de Mello Castro, pelos relevantes serviços prestados, por todos eles, a instituição.
Além de ser isento da tarifa de manutenção de conta, os associados dispõem de uma ampla linha de crédito com os juros bem abaixo da média do mercado. Entre as linhas oferecidas está o crédito pessoal, com taxa a partir de 1,17% ao mês, conta garantida, para pessoa jurídica, variando de 2 a 4% ao mês, antecipação de recebíveis, com taxas entre 1,8% a 2% ao mês, cheque especial, cujas taxas cobradas estão entre 2% e 6% ao mês e o crédito rotativo, a 1,5% ao mês. A cooperativa também disponibiliza as tradicionais linhas de crédito rural, com taxas variando entre 2,5% a 8,75% ao ano.
Através do programa SICOOB-EDUCAÇÃO, com recursos do Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social, (FATES), o SICOOBCREDISG, destinou R$390 mil reais, distribuídos em 130 bolsas de estudo aos associados e/ou seus dependentes e funcionários. Cada um dos 130 contemplados, através de sistema de pontuação, vai receber R$3.000,00. O subsídio poderá ser utilizado por estudantes de curso técnicos-profissionalizantes, equivalentes ao 2º grau, graduação e pós-graduação, em cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação, em instituições públicas ou particulares.
Nas cooperativas e no SicoobCredisg, o lucro, chamado de sobras, fica no próprio município onde está instalada a cooperativa, bem diferente dos bancos ou até de outras cooperativas que abrem agências em município fora de sua sede. Nestas instituições os recursos e os lucros obtidos são transferidos para outras regiões, pois é lá que estão seus proprietários. Isso faz toda a diferença se levarmos em conta que os milhões de reais distribuídos entre os associados ajudam a movimentar a economia local, gerando emprego e renda no município, ou seja, a riqueza é retida na comunidade. Vale ressaltar, que além dos recursos distribuídos, os associados do SicoobCredisg economizaram em média R$5.662,00 no ano de 2018, pois tiveram acesso de linhas de crédito com taxas bem abaixo das que são praticadas pelo mercado.
As sobras geradas pelos negócios com os associados foram distribuídas de forma linear, através de pagamento de juros ao capital, a taxa de 100% da variação da SELIC. Os associados que mantiveram média de saldo positivo em conta corrente, ficaram com 60% das sobras, os que fizeram aplicações financeiras, 20% e os que realizaram operações de crédito, 20%. Portanto a cooperativa distribuiu suas sobras de forma justa com os seus associados, remunerando o capital de todos e devolvendo aos que mais movimentaram o restante das sobras obtidas.
Entende-se por movimentação: saldo médio em conta corrente, aplicações financeiras e juros pagos sobre operações de crédito; ou seja, quem movimenta mais, recebe mais. Com esta regra simples cada cooperado participa diretamente do retorno obtido com as operações financeiras ao longo do ano.
Ainda que pratique taxas extremamente baixas o Sicoob Credisg ocupa posições de destaque nos cenários do cooperativismo de crédito de Minas Gerais, ficando entre as 10 cooperativas que mais geram sobras.
Conforme foi apresentado pela diretora administrativo, Sra. Itália, ao longo de 2018, o SicoobCredisg exerceu papel de relevância em mais de uma dezena de projetos de capacitação técnica, educacionais e sociais, beneficiando inúmeras pessoas e entidades assistenciais, como o PROMAM, Lar do Idoso, Abrigo Lar Renascer, na área do esporte, Academia Scorpions, Escolas de Futebol, Inter-SG, RANGER, e ajuda humanitária, Caminhada Passos que Salvam, Anjos da Guarda. A partir do Dia C, vem promovendo eventos culturais que incluíram iniciativas como coleta de lixo eletrônico, doações de sangue, contribuições para o hospital do câncer, feijoada do bem, e mais.
No setor empresarial, com o apoio de SEBRAE e em parceria com a CDL/ACISG, investiu recursos em diversos treinamentos e workshops, com temas de como ser MEI na prática, Industria 4.0, seminário de empreendedorismo e cooperativismo em parceira com o CESG. Apoiou e patrocinou a realização de eventos como a FENACAMPO, encontro de cafeicultores, curso de gestão na atividade leiteira e cafeeira e outros.
Como determina legislação, o estatuto e o regimento eleitoral da Cooperativa, foram eleitos, por aclamação entre seus associados, os novos membros do Conselho de Administração. São eles: Antônio Barbosa de Menezes, Fábio Massao Sakuma, Hugo Massakazu Shimada, Itália de Mello Castro, Noé Rafael Galvão, Valfrido Garcia Bueno e Vander Ricardo Massochini. Depois de ocupar o cargo de Diretora Administrativo da cooperativa, desde a sua fundação, a Sra. Itália deixará a Diretoria e passará a atuar como conselheira da instituição.
A ação visa eliminar todos os focos e possíveis criadouros do mosquito da dengue, bem como reforçar a necessidade de um permanente cuidado por parte da população com a limpeza de lotes e quintais da cidade e dos distritos. Como a proliferação do mosquito da dengue é rápida, além das iniciativas da prefeitura, é importante que a população entenda seu papel na interrupção do ciclo de vida do Aedes aegypti, através da eliminação dos criadouros e de seus possíveis ovos.
A equipe de limpeza passa recolhendo garrafas, isopor, brinquedos, latas, pneus, plásticos, lonas, bacias, bidês, vasos sanitários, caixas de descarga, fo-gões, sofás. De acordo com uma das funcionárias é ainda preocupante e assustador a quantidade de lixo acumulada em quintais de boa parte das casas da cidade.
O último boletim da vigilância epidemiológica de São Gotardo, de janeiro a 17 de abril, foi registrado um total de 104* notificações de dengue. Um número menor que em outros municípios da região, mas ainda assim, preocupante.
(*) Dados atualizados em 17 de abril de 2019.
Foi só a partir de 2015, com a aprovação de uma Lei municipal específica, que o transporte público no mu-nicípio de São Gotardo passa a ser normatizado e regulamentado - ainda que circunscrito ao plano legal. Até então esse tipo de serviço funcionava ilegalmente, sem qualquer controle. Quem decidia o preço das passagens, se haveria circulação ou não de coletivo entre os bairros da cidade, horários de saída e chegada, segurança e condições técnicas dos veículos... tudo isso, era estabelecido pelos próprios donos de ônibus ou de empresas que atuavam no setor.
Convêm lembrar que, por se tratar de uma prestação de serviço público, o Sistema de Transporte Coletivo deveria ser regulado e comandado em acordo, não com os interesses das em-presas, mas dos usuários e de toda a população.
Dada a sua extensão e complexidade, não foi tarefa simples ou fácil concluir o processo de regulação e implantação do sistema de transporte coletivo municipal, e que passa a vigorar plenamente a partir deste mês de março de 2019. Pra se ter idéia das dimensões do desafio, basta citar que foram necessários cerca de 5 anos para sua conclusão final. Os trâmites, desde a elaboração do projeto de lei e aprovação do decreto legislativo pela Câmara Municipal, foram mais de 2 anos de discussão e debates acalorados. A partir daí, foram necessários mais 3 anos para que chegasse a termo o edital de licitação: um calhamaço de regras, termos técnicos, e um sem número de critérios e exigências legais.
Como ficou estabelecido em Lei, uma só empresa assumiria todo o serviço do transporte público de passageiros, incluindo aí, tanto a circulação de Coletivo entre os bairros da cidade como o transporte de passageiros entre a cidade e os quatro distritos e povoados do município, a saber: Guarda dos Ferreiros, Capelinha do Abaeté, Vila Funchal e Cerca Velha( e três Capóes).
No dia 12 de dezembro último foi realizado o pro-cesso licitatório em concorrência pública. Venceu a empresa que, além de atender e se comprometer a cumprir todas as cláusulas de qualidade, eficiência e es-trutura operacional constantes no contrato, ofertou o menor preço das passagens. Só a partir da assinatura do contrato é que se colocou em prática o processo de adequação e reorganização dos Pontos de parada de ônibus - o desfecho final. Também aí, a escolha dos locais demandou longos estudos, que levaram em conta os trajetos pré definidos por onde circulariam os ônibus, as condições adequadas de saída e parada, os pontos de melhor acessibilidade, critérios de consonância com as demandas e o próprio fluxo de veículos, etc. Esta fase final, qual seja, a fixação dos pontos de parada, representou, simbolicamente, o sinal verde para o tão aguardado início das operações de transporte coletivo do município.
Por tudo isso, pela soma de esforços da Administração municipal, do Poder Legislativo, do grupo de técnicos e funcionários do setor de obras, que se debruçou por dias e noites para a consolidação de todo o processo; pelos empresários que assumiram a tarefa de colocar em movimento toda esta máquina denominada Transporte público municipal, São Gotardo dá um vigoroso passo rumo ao futuro. Quem ganha é toda a população: o idoso que agora pode visitar sua filha no outro lado da cidade; o trabalhador que percorre longas distâncias para garantir o sustento da família, a dona de casa que pode ir ao centro fazer suas compras e retornar com tranquilidade, e todos que necessitem se locomover entre bairros e área central da cidade - assim como nos percursos cidade/distrito... pela segurança e conforto dos usuários, e tantas outras conquistas que a implantação do sistema passa a oferecer.
Ao longo das primeiras semanas de funcionamento, ajustes serão feitos. Medidas de adequação visando aprimorar o serviço ofertado à população serão tomadas. O importante é que agora, pode espalhar a noticia que São Gotardo conta com um sis-tema de transporte público á altura.
Compartilhada pelos políticos/homens públicos e seus eleitores, prevaleceu ao longa da história de São Gotardo, uma insana mentalidade, um atentado aos princípios mais elementares da lógica e do bom senso: o permanente menosprezo pela construção de Redes Pluviais nas ruas e bairros da cidade. Imperava até o início desta década o discurso comum: Rede pluvial(obra que ninguém via) não dá voto; é melhor ir logo asfaltando, aí, tudo fica mais bonito de se ver.
O amargo preço desta insensatez vem sendo quitado em prestações anuais, não por coincidência, exatamente no período chuvoso. Nestas temporadas de muita água escorrendo pelas ruas, entre morros e ladeiras abaixo, pagamos pelos nossos pecados. O manto da ignorância não nos dá o direito de xingar o prefeito atual pela voracidade das enxurradas, e pelas centenas de buracos que ficam em seus rastros. Não, o culpado está na velha cultura de se deixar levar pelo populismo fácil, pela mentalidade de políticos que abrem mão de suas responsabilidades em troca do voto de quem se engana e é enganado.
Nossa reportagem saiu às ruas para fotografar os estragos da atual temporada de chuvas. Buracos, crateras, vias danificadas se espalham por praticamente todos os bairros da cidade. Eles são resultados diretos, visíveis a olho nu, da ausência de Redes Pluviais na cidade. Além dos inconvenientes que causam a moradores e motoristas, representam um alto custo para os cofres públicos. São os preços da dívida que ano a ano quitamos pelas decisões equivocadas do passado.
No bairro Liberdade, por exemplo, enquanto fotografávamos uma cratera no meio da rua, um morador veio nos mostrar um vídeo que registrava o rio de água suja que passava bem na sua porta, durante uma chuva. Cenas de pavor. Falando em pânico, uma moradora do bairro Águas claras, no distrito de Guardas dos Ferreiros, nos mostrou também um vídeo onde praticamente todas as ruas do bairro( sem rede pluvial) viravam rio, com água invadindo casas, (uma verdadeira lagoa urbana).
Fizemos uma rápida pesquisa para saber quais os bairros da cidade de São Gotardo não dispunham de Rede Pluvial. A resposta? Praticamente todos. Dos mais antigos, como o Alto da Bela Vista e N. S. de Fátima, até empreendimentos recentes, como o bairro Mansões do Lago e Geraldo Marques. Apenas os bairros Novo Mundo e Saturnino Pereira dispõem de rede pluvial em todas as ruas.
Ao longo das últimas décadas, dada a gravidade da situação, em algumas ruas constatamos as providenciais Bocas de lobo, principalmente nas partes baixas da cidade.
Ps. É preciso reconhecer que a partir da atual administração, não se aprovam mais projetos de loteamentos ou abertura de ruas sem projeto e instalação de redes pluviais.
Muito bem vindas as obras de arejamento e revitalização da Praça da igreja. Um dos pontos mais nobres da cidade se vê finalmente livre daqueles caixotes inúteis e de um banheiro em péssimas condições de uso.
As reformas e recuperação do piso - e consequente ampliação do espaço dedicado ao fluxo de pedestres -; o plantio de novas espécies ornamentais, além de reformas nos canteiros que estavam danificados, fazem parte de um amplo projeto de revitalização da Praça Sagrados Corações, Esta iniciativa da Administração Municipal, através de sua secretaria de obras, devolve à tradicional praça a importância que merece.
Há cerca de 3 meses, a bem da memória, o jornal Daqui ressaltou, em reportagem especial, a necessidade das obras, que agora se concretizam.
Hoje, o excesso de veículos e pedestres que transitam na área central da cidade vem criando transtornos como disputas por preferência, lentidão e congestionamentos - principalmente nos horários de pico. O semáforos instalado ajudou, mas não resolve todo problema.
Apontado como demanda prioritária está o completo reordenamento do sistema de uso das áreas de estacionamento, totalmente saturadas. Uma das propostas em estudo é a implantação da Faixa Azul, bem mais complexa; mas este é tema para uma outra reportagem. Hoje o assunto é outro: A criação de estacionamentos específicos para motocicletas.
A inexistência de normas que regulem a destinação de pontos específicos, ordenando o uso mais racional do disputadíssimo espaço de vagas, cria uma série de transtornos, tanto para os veículos de quatro rodas, como de duas. O resultado que advém daí são conflitos permanentes entre um e outro.
A situação conflitante gera uma série de consequências. Quando motocicletas, por exemplo, estacionam em espaços entre dois veículos, os mesmos, no momento da manobra de entrada e saída, colidem com as motos, derrubando-as, às vezes. ou então, limitando e dificultando o espaço para manobras.Outra inconveniência está na ocupação de espaço excessivo: uma moto chega a ocupar uma extensão, muitas vezes desnecessária, que caberia um carro.
Muitos municípios têm destinado vagas exclusivas para motos justamente para evitar essa proximidade física no momento de estacionar.
A primeira situação que se coloca é se o motociclista estaria obrigado a utilizar apenas as vagas exclusivas, ou se continuaria autorizado a estacionar nas demais vagas, por não existir proibição expressa. A questão é que outros veículos não podem estacionar na vaga exclusiva de motos, mas as motos não estariam proibidas de estacionar em outras vagas(?), desde que não haja proibição expressa por meio de sinalização, ou seja, além de sinalizar as vagas exclusivas haveria necessidade de proibir em outras.
Outro detalhe interessante é a posição como a moto deve ser estacionada. Atualmente o § 2º do Art. 48 do CTB prevê que o estacionamento de veículos de duas rodas é feito perpendicularmente à guia da calçada, porém não há nada que determine que seja a roda dianteira ou traseira aquela que estará junto à guia, possibilitando ao motociclista tanto estacionar de ré e sair de frente (como tradicionalmente é feito) quanto de forma contrária.
Criar áreas exclusivas para estacionamento de motos em determinados trechos de ruas da área central da cidade já é medida mais que necessária. Partindo de um estudo para avaliar a demandas: Em ruas onde houver estacionamento regulamentado para motocicletas, elas não podem ser estacionadas em vagas de carro, e vice-versa.
Esta regulamentação significa mais ordem e segurança tanto para carros como para motos. Um conjunto de normas, especificadas em Lei municipal a ser discutida e aprovada pela Câmara Municipal, deve cuidar de pormenores, como: destinação trechos de ruas para a finalidade específica; aplicação de multas e remoção dos veículos que invadirem áreas para uso específico, seja moto ou carro, etc.
Vale a reflexão: houve perdas ou ganhos com a instalação de um Parque de diversões ao lado da lagoa do Balneário? As opiniões se dividem. Umas contra, outras a favor. Os defensores, alegam mais oportunidade de diversão pra criançada; Outros questionam a escolha do local, devido aos riscos de poluição e a proximidade com a fonte de captação da água servida em nossas torneiras. A polêmica é inevitável.
Informações extraoficiais revelam que não houve cobrança de aluguel pelo uso de uma área pública por uma empresa privada, e com fins lucrativos . A prefeitura justifica que a lei impossibilita e/ou dificulta a cobrança em dinheiro, restringindo-se ao valor pago pelo Alvará de funcionamento; Como uma espécie de compensação o acordo para a seção do local incluiu a liberação gratuita os brinquedos para crianças de instituições assistenciais, além da doação de cestas básicas por parte dos donos do empreendimento 'Corinto Center Parque' . Essas mesmas fontes afirmam que foi assinado termo de compromisso para que o local fosse entregue sem danos materiais e ambientais.
Acordos à parte, permanecem as dúvidas sobre os critérios que regulam - se é que existem - a realização de eventos populares no local. O mais sensato seria elaborar um conjunto de normas que definam o que pode e o que não pode, buscando conciliar a bem vinda exploração do espaço como fonte de lazer, com os princípios de conservação e proteção ambiental daquele que é o principal cartão postal de São Gotardo, a Lagoa do Balneário e seu entorno.
1- Fontes da prefeitura informaram que estão à cata de documentos técnicos sobre a construção e regularização da barragem. Dizem que parte destes documentos se perderam em um incêndio dos arquivos. A expectativa é aguardar por providências que atestem as condições de segurança e providenciem estudos e medidas de prevenção contra acidentes. O JD vai continuar acompanhando e cobrando.
2 - Pela enésima vez lembramos às autoridades competentes( prefeitura ou Copasa?) do descaso com a segurança das pessoas que transitam pela orla da lagoa. A ausência de uma passarela para pedestres( foto acima) obriga os transeuntes a utilizar a estreita pista exclusiva para automóveis, colocando suas vidas em risco permanente. Trata-se de uma irresponsável displicência.