Em entrevista ao Jornal Daqui o delegado, Dr. Bruno de Deus, fala sobre a conclusão das investigações em torno dos dois crimes ocorridos em fevereiro. Os respectivos Inquéritos serão encaminhados ao Ministério Público que deverá apresentar a denúncia com base nas provas coletadas.

Discussão em bar termina em morte de adolescente de 14 anos

Conforme narra o Boletim de Ocorrência, “Foi repassado por frequentadores do local que um outro adolescente de 13 anos, amigo da vítima teria pisado acidentalmente no pé do autor e que após o 'pisão', iniciou-se uma discussão e o autor apanhou uma arma de fogo com outro indivíduo que estava do lado externo ao bar. O autor já de posse da arma de fogo e no interior do bar apontou a arma para o adolescente de 13 anos com o qual teve o desentendimento, contudo a vítima que era amigo do adolescente de 13 anos se colocou entre eles, quando o autor disparou alvejando a vítima de 14 anos, que protegia o amigo, na região do tórax, tendo sido acionado o SAMU que deslocou ao bar já com os policiais militares no local e apesar do socorro foi constatado o óbito ali mesmo.”

Foi levantado pelas equipes a possível identidade dos autores que teriam fugido do local em uma motocicleta de cor branca.

Um dia depois do crime, uma ligação anônima identificou o local onde estariam escondidos. A Polícia Civil que já iniciava ações de investigação foi acionada, sendo montada operação conjunta para abordagem ao local, no bairro São Geraldo em São Gotardo. No interior da casa os autores foram encontrados e presos após tentativa de fuga pelos fundos da casa. Dentro do imóvel estava a motocicleta utilizada no crime e a arma de fogo (revólver calibre .32).

Mais materiais ligados ao crime e úteis a investigação foram recolhidos. Um dos autores era um adolescente o outro indivíduo já era maior de idade.

Os autores foram ouvidos pela Polícia Civil

O Delegado Dr. Bruno de Deus que conduziu a conclusão das investigações disse à reportagem que um dos autores alcançaria maioridade uma semana após o crime. Ele já havia sido apreendido por diversas vezes por crimes como furto e tráfico de drogas. “Este de menor entregou a arma para o de maior, que pegou e disparou nesse menino que tentou defender o amigo. E isso gerou até um princípio de uma guerra entre facções na cidade. Amigos da vítima foram querer vingar a morte dele. Eles foram na casa da mãe desse de menor procurando por ele, que foi quem incitou o de maior a atirar.” O responsável pelos disparos, assim como o menor de idade deverão responder pelo crime de Homicídio Doloso.

Morre jovem de 19 anos, vítima de Crime hediondo

Ele chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos causados pelos golpes de pau desferidos pelo autor, um morador de rua, que teve prisão decretada pela Justiça.

O crime causou comoção social e foi amplamente divulgado na Internet. Como a vítima veio a falecer. Dr. Bruno vai enquadrar o delito como Homicídio doloso duplamente qualificado, como informou à reportagem. A pena pode ultrapassar os 30 anos de prisão.

Como narra o Boletim de ocorrências, a Polícia Militar foi acionada por populares para atender uma ocorrência de agressão física no bairro Sol Nascente. De acordo com relatos de testemunhas, o autor do fato, um homem de 46 anos, indivíduo em situação de rua, encontrava-se na porta do supermercado localizado a Av. Erotides Batista, pedindo ajuda a frequentadores do local, quando se envolveu em discussão com a vítima, homem de 19 anos, que transitava pela referida Avenida. Instantes depois o autor se apossou de um pedaço de madeira e com o objeto desferiu um golpe na cabeça da vítima, fazendo com que a vítima caísse ao solo. Em seguida, o agressor aplicou mais duas pauladas na região da cabeça.

De acordo com o Delegado Bruno de Deus, não se sabe ao certo, pela ausência de testemunhas no momento, o motivo pelo qual começaram a discussão, contudo nunca há uma justificativa aceitável para o cometimento deste homicídio, lembra ele, e esclarece: “Foram 12 pauladas na cabeça da vítima, por meio cruel e sem chance de defesa. A vítima já estava desmaiada e o autor continuou a desferir golpes.” Durante o depoimento com o autor, Dr. Bruno não constatou nenhum tipo de transtorno mental, e o que o mesmo conversava normalmente.