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    José Eugênio Rocha

    José Eugênio Rocha

    O Terminal rodoviário de São Gotardo é hoje palco de dilemas que vão muito além de suas atribuições como local de embarque e desembarque. Instalou-se ali um desafio gigantesco.

    O retrato mais fiel deste conflito e evidente incompatibilidade de interesses e direitos está nos banheiros, que deveria oferecer condições adequadas à sua finalidade, mas não é o que ocorre. Quem passa por ali se depara com um cartaz de aviso: “favor usar o banheiro do bar pois este está entupido”(foto) Vasos e lavatórios foram depredados. Seria uma conclusão simplista apenas atribuir toda a responsabilidade aos moradores de rua que resolveram se instalar no pátio externo da rodoviária. O problema é bem mais complexo do que se imagina.

    Para se ter uma ideia da dimensão dessa complexidade basta citar que o Centro de acolhimento(Albergue) instalado justamente ali na rodoviária permanece quase vazio. Ele foi implantado com o objetivo de apoiar por um período transitório os migrantes em situação vulnerável que veem para São Gotardo a procura de trabalho; e também moradores de rua e andarilhos. Se enganaram aqueles olhares críticos ao Centro, que viram nele um atrativo para essa população ambulante. Pois bem, ao lado do Centro de acolhimento, que oferece cama, banheiro e refeição, mais de uma dezena de moradores de rua preferem ficar embaixo de uma marquise, ao relento. E por quais razões este contrassenso? As causas são de conhecimento dos técnicos e profissionais que acompanham a situação. Como ressalta em entrevista ao Jornal Daqui, a secretária municipal de Desenvolvimento social, Daniele de Alencar, aponta duas causas principais: a aversão á regras de funcionamento do Centro, como não fumar no dormitório, e uma outra razão está associada ao 'assistencialismo' por parte da população. E o comodismo advindo daí acaba por alimentar um ciclo vicioso de dependência de donativos e esmolas. Uma solução se depara ainda com os direitos garantidos por Lei de ir e vir. Um cidadão, nas condições de morador de rua, não pode ser coagido ou obrigado a se deslocar de um espaço público. Um direito legítimo, diga-se.

    De outro lado, como citamos há pouco, também é direito dos passageiros e funcionários que transitam pela Rodoviária ter garantias como segurança e banheiros limpos e funcionando. Já ficou demonstrado que direitos de um e de outro são inconciliáveis. E também não restam dúvidas que os banheiros da rodoviária, por exemplo, devem atender exclusivamente a passageiros e funcionários. Aos moradores de rua é oferecido duas opções: o Centro de acolhimento e banheiros para higiene pessoal em local adequado, no CREAS - Centro de Referência e apoio.

    A Secretaria municipal de desenvolvimento social é o órgão público responsável por uma série de iniciativas que visam o apoio, proteção de direitos e acesso a oportunidades por parte de populações vulneráveis. Na entrevista abaixo a secretária da pasta, Daniele de Alencar, responde á perguntas relacionadas ao tema acima. Veja:

     

     

    Entrevista

    Daniele Magnavita de Alencar - Secretária municipal de desenvolvimento Social

    rodoviaria01“Não dê esmola, dê direitos”: Caminhos da emancipação humana.

    Como lidar e enfrentar a situação social dos moradores de rua?

    A secretaria conta com uma equipe de abordagem social vinculada ao CREAS – Centro de referência. Esta equipe realiza as abordagens a estas pessoas que estão em situação de rua, além de acompanhamentos e oficinas coletivas. O objetivo é sempre alcançar a promoção social da pessoa abordada, estudando cada caso, pois a situação da população de rua é bastante heterogênea. O primeiro passo é conhecer os motivos que levaram à situação em que se encontra. A partir daí buscar essa promoção através deste estudo, utilizando as ferramentas que temos hoje disponíveis em nossa secretaria. Uma delas é o Centro de acolhimento. Trata-se de um apoio temporário, dando acesso à higiene, ao banho, lavagem de roupa, refeição... e ao dormitório. Este acompanhamento e apoio inclui ainda a inserção no mercado de trabalho, através de uma parceria com empresas agrícolas, inclusive com Carteira de trabalho assinada. Esta equipe do CREAS disponibiliza também o acesso à confecção de documentos pessoais e encaminha, quando for o caso, a clínicas de tratamento de dependentes de álcool e drogas. Procuramos fortalecer os vínculos familiares, entrando em contato com parentes do morador de rua, quando possível. Oferecemos também um auxílio-passagem para o retorno para a cidade de origem. Quando se trata de famílias em situação vulnerável, damos apoio com um auxílio aluguel, onde a prefeitura arca com alguns meses, até conseguirem um emprego e se estabilizarem.

    Claro que todas estas formas de apoio são ferramentas de promoção e inserção social, e apenas são utilizadas quando há interesse da pes-soa. Não podemos obriga-la aceitar este apoio.

    E em específico aos moradores de rua acampados na Rodoviária?

    Esta equipe de que falamos, realiza abordagens semanalmente desses moradores. Algumas das pessoas que estão ali já foram recolhidas ao Centro de acolhimento, porém elas não permanecem por diversas razões, como não respeitar ou não aceitar minimamente as regras de convivência, ou não se interessaram em nenhuma das formas de apoio que oferecemos. Estes são casos mais complexos ainda de serem trabalhados. Mas as equipes veem fazendo sempre essas abordagens, e esclarecendo que ele dispõe do centro de referência, e caso deseje mudar de vida ele vai encontrar o apoio necessário. No CREAS nós disponibilizamos um banheiro onde possa tomar seu banho e fazer sua higiene pessoal, além de refeição.

    Hoje tem um número elevado de pessoas morando na rodoviária. Talvez devido ao período de entressafra, o que atrai um grande número de pessoas que aqui chegam a procura de trabalho. A secretaria e toda nossa equipe tem focado nessas ações como forma de enfrentamento do problema.

    De um lado, a secretaria direciona ações específicas de promoção social, mas de outro, persiste um certo assistencialismo por parte da população, o que só ajuda a manter um ciclo vicioso de dependência levando a certo comodismo dos moradores de rua. É um impasse, não?

    A gente vem, desde o ano passado realizando algumas campanhas de conscientização de que é preciso dar Direitos, e não esmola. O trabalho da secretaria é eminentemente técnico. Nossa equipe é formada por profissionais especializados no assunto. Eles avaliam, analisam e apresentam soluções práticas para mudanças de realidade dessas pessoas. Já o assistencialismo muitas vezes oferece apenas soluções paliativas e não técnicas ou de acompanhamento, incentivando uma relação de dependência, o que não resolve o problema. O trabalho da secretaria se choca com essa realidade, tornando o nosso trabalho mais difícil. De fato, existem pessoas que fornecem uma ajuda emergencial, o que é muito importante e muito bem-vinda. Agora, se essa ajuda se torna permanente, e sem um acompanhamento, acaba criando uma relação de dependência que mais atrapalha que ajuda. O morador de rua pensa da seguinte maneira, por que eu vou mudar de vida se eu ganho uma marmita e cobertores quando preciso? Então essa filantropia às avessas acaba por incentivar um sentimento de comodismo no morador de rua. O trabalho filantrópico é muito importante em situações de urgência, como a que ocorreu no período das chuvas que deixou dezenas de desabrigados. A comunidade foi solidária nesse momento difícil.

     

     

    Minas são muitas, e essa diversidade de saberes e fazeres vai muito além da capital mineira. Como forma de destacar e valorizar toda essa multiplicidade, a Rede Minas de Televisão está produzindo uma série de programas onde as cidades do interior ganham a merecida relevância. Entre elas, São Gotardo, que recebeu recentemente uma equipe da emissora com este propósito: registrar em imagens e som aspectos peculiares do município, ressaltando modos de vida, tradições e expressões socioculturais. Nossa reportagem conversou com a diretora Aline Frasão, jornalista e analista de TV da Rede Minas de Televisão. Ela veio acompanhada pela Sara, diretora de fotografia e Gilmar, motorista e assistente de produção. Veja a entrevista:

    tv01Na foto acima, a diretora de TV Aline Frasão(centro) ao lado de Sissa, diretora de Cultura de São Gotardo.

    Como nasceu a ideia de se realizar este projeto?

    Desde 2021, quando a Pandemia deu uma arrefecida, demos início a um projeto da Secretaria Estadual de Cultura e Turismo, chamado 'Gerais mais Minas', com o objetivo de explorar o interior de Minas, pois quase não temos a oportunidade de viajar, ficando restrito à capital mineira e no máximo, à região metropolitana. Este projeto já é mais voltado para as cidades do interior. São Gotardo é uma das cidades escolhidas para gravar um dos programas da série. Ao todo são 13 cidades nesta temporada de gravações. O de São Gotardo, que será exibido para todo o Estado, é intitulado “Minas da Gente”. É um programa de três blocos com duração de 30 minutos. Nele, vamos mostrar um pouco da cultura, das tradições, da oralidade e dos saberes e fazeres transmitidos de geração para geração; manifestações muito comuns aqui no interior do Estado.

    Daí, surgiu a Bolacha de rapadura

    Nunca tínhamos visto falar da Bolacha de rapadura. A rapadura é muito comum, mas uma bolacha feita a partir dela é um produto original e bem típico aqui de São Gotardo. Tivemos a oportunidade de acompanhar todo o processo de fabricação. A receita é da confeiteira Egislene, mais conhecida por 'Branca'. Ela nos recebeu na cozinha de sua casa, onde pudemos acompanhar passo a passo todo o processo de preparo da receita, a mistura dos ingredientes, até levar ao forno para assar. A receita, como ela lembrou, aprendeu com a mãe. Na verdade, ficamos sabendo que se trata de uma tradição nas famílias de São Gotardo.

    Nesta reportagem, visitamos também um engenho onde se produz a rapadura, de propriedade do senhor Antônio Jacinto. E foi muito emocionante também acompanhar de perto o processo artesanal de fabricação da Rapadura. Ainda se utiliza o Carro de boi para transportar a cana até o engenho.

    Outro local que visitamos foi um alambique de produção da cachaça.

    A riqueza de um povo não se mede apenas pela régua da economia. Um conterrâneo jogador de futebol ou um artista de renome, por exemplo, tem o poder de enaltecer os valores de uma cidade, estado ou país, fortalecendo sua própria identidade.

    Também a culinária tem a capacidade de revelar a alma e identidade de um povo, tornando-o único, a ponto de uma simples receita ou modo peculiar de preparar um prato típico, alçar o posto de produto tipo exportação, como é o caso do Queijo Minas, do Champagne francês ou do acarajé da Bahia, que, aliás, ocupam espaço privilegiado na própria economia de seus respectivos locais de origem. Os exemplos são muitos.

    A receita do sucesso tem como principais ingredientes a originalidade e a exclusividade; temperos tão raros que nunca ocorrem da noite para o dia. É preciso tempo e muita paciência para alçar tal relevância e distinção.

    Falando em riqueza ima-terial, está em curso um longo processo que pode alçar a tradicional Bolacha de rapadura de São Gotardo à categoria de Patrimônio municipal. Pelo que se tem notícia até o momento trata-se uma quitanda com fortes raízes fincadas aqui. Para provar que a receita é uma exclusividade do município, está sendo feito um levantamento em outras regiões do Brasil. Caso se confirme, a Bolacha de rapadura pode se tornar o primeiro produto culinário a alçar o posto de patrimônio municipal, o que elevaria o município ao status de procedência única. Podendo inclusive, ser comercializada nacionalmente com selo e marca de origem.

     

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    O segredo da Receita, claro, é a rapadura

    Como ensina a confeiteira Egislene Barbosa, além dos ingredientes já conhecidos como farinha de trigo e ovos, o segredo está no melado de rapadura, extraído quando levada ao fogo com um pouco de água. Com o passar dos anos, evidente que a famosa receita já tenha sido compartilhada mundo afora. Contudo, é inegável que, por aqui, ela, a Bolacha de rapadura, já faz parte da cultura local, como patrimônio que é.

     

    Bolacha de rapadura é destaque em programa de TV

    Recentemente o Jornal Daqui acompanhou a produção de um documentário da Rede Minas de televisão, onde um dos destaques do programa, a ser exibido em breve, tem como plano de fundo a cozinha de uma confeiteira tradicional da cidade. No centro das atenções ela, a Bolacha de rapadura. A equipe de TV filmou cada uma das etapas, do preparo à mistura dos ingredientes, até ir ao forno. A receita, além de simples, já é de domínio popular e tem presença garantida na maioria das cozinhas do município, como em nenhum outro lugar.

     

     

     

    Terça, 17 Maio 2022 20:44

    Arte Show® inaugura sua nova Sede

    Arte Show® Comunicação Visual, empresa de responsabilidade, qualidade e prestatividade. Inaugurou sua nova Sede no último dia 02 de maio à Avenida Rio Branco, 506 - Centro de São Gotardo, coincidentemente na mesma Avenida onde foi Fundada em 13 de novembro de 2012.

    Conta com um maquinário e equipamentos de última geração para impressão digital e recorte eletrônico, prezando acima de tudo a qualidade na sua demanda. Produzindo todos os tipos de adesivos, banners, faixas em lona, placas indicativas; diversidade em Fachadas em ACM, acrílico, lona e até mesmo letreiros em aço, sendo opcional com ou sem iluminação. Produzindo também serviços de papelaria como Cartões de Visita, Etiquetas, Folhetos, Carnês, Impressões fotográficas e outros.

    Á frente da empresa está Marcus Vinicius Batista Barbosa, seu fundador há quase 10 anos. Um jovem de 31 anos, apaixonado pela Comunicação Visual e empreendedorismo, dizendo ser muito gratificante ver todas as conquistas que giram a seu redor, incluindo seus colaboradores dos quais são uma equipe muito qualificada, e sua família, que muito o apoiam. Ao seu lado na empresa conta com a Gestão Financeira de sua esposa Luciene, e que estão grávidos do primeiro filho.

    Confesso que realmente a Arte Show® ficou um Show, vale muito a pena conhecer, tomar um cafezinho, e claro, adquirir os seus produtos de qualidade. A equipe é muito prestativa e recomendo de olhos fechados.

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    Construído em tempo recorde, com recursos da ordem de R$8 milhões de reais, a nova casa do Poder Judiciário é um marco divisor na história do município. As obras de reforma e ampliação do antigo prédio oferecem a partir de agora amplo salão do júri, capacidade para abrigar duas varas, salas para secretarias, arquivo, Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, Ministério Público, advogados e defensores, estacionamento para carros, sistema de segurança e sistema central de ar-condicionado.

    O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Gilson Soares Lemes, conduziu a cerimônia de inauguração, realizada nesta terça feira, 3 de maio. Ele veio da capital acompanhado por vários desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, entre eles, Pedro Bernardes de Oliveira, que é natural de São Gotardo.

    A comitiva foi recebida pelo diretor do foro de São Gotardo, juiz Miller Freire Carvalho. Também marcaram presença no evento a prefeita municipal Denise Oliveira, o presidente da Câmara Lander Inácio, o juiz titular da 2a Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de São Gotardo, Wagner Mendonça Bosque, vereadores, representantes do Ministério Público, prefeitos de cidades vizinhas, Polícia Militar, Advogados, e convidados.

    Após o descerramento da placa, autoridades registraram em discursos a importância do novo Forum para a Justiça de São Gotardo. O diretor do foro de São Gotardo, juiz Miller Freire Carvalho, lembrou que o antigo prédio, inaugurado na década de 1970, já não atendia de forma adequada os trabalhos judiciais, e que a elevação da comarca para segunda entrância, com a instalação da segunda vara, em 2019 reforçou ainda mais a necessidade da reforma e ampliação do espaço. “... por conta do acervo elevado e do grande volume de processos urgentes. Apesar de o acervo ter reduzido ao longo dos últimos três anos, há ainda um volume de aproximadamente 10 mil processos nas duas varas”, afirmou Dr. Miller.

    O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Gilson Soares Lemes, ressaltou em seu discurso o crescimento da unidade judiciária em São Gotardo nos últimos anos, o que deixou o antigo fórum ultrapassado e insuficiente para atender à crescente demanda da comunidade. “Novas soluções tecnológicas surgiram, a consciência da necessidade de construções sustentáveis e acessíveis a cada cidadão se disseminou. O Judiciário não poderia, jamais, ficar alheio a esse movimento”, disse ele.

    O desembargador do TJMG Pedro Bernardes de Oliveira, que é natural de São Gotardo, destacou a importância do novo prédio para o andamento e eficiência dos trabalhos e serviços prestados à população da comarca. Lembrou ele: "Eu era muito jovem e, juntamente com colegas de escola, estive presente na inauguração do antigo prédio, mais precisamente no ano de 1974. Foi um momento que ficou na memória, e hoje tenho a honra de participar novamente de mais uma inauguração".

     

    Ao contrário dos bancos, os lucros obtidos com as operações financeiras ficam aqui mesmo, no próprio município. Isso faz toda a diferença se levarmos em conta que os milhões de reais distribuídos entre os associados ajudam a movimentar nossa economia, gerando mais empregos e renda para o próprio município.

    As sobras (lucros) geradas pelos negócios com os associados foram distribuídas de forma linear no pagamento de juros ao capital e proporcional a movimentação de cada associado no que se refere a sobras. Entende-se por movimentação: saldo médio em conta corrente, aplicações financeiras e juros pagos; ou seja, quem movimenta mais, ganha mais. Com esta regra simples cada cooperado participa diretamente do retorno obtido com as operações financeiras ao longo do ano.

    Mas não se surpreenda, esta é apenas uma das razões que fazem do Sicoob credisg o melhor lugar para você realizar suas operações financeiras, seja na obtenção de crédito ou para investir seu dinheiro. Quer saber mais?

    Na Credisg o cooperado também economiza, pagando menos juros e menos tarifas.

    Confira abaixo o quadro comparativo com as taxas médias cobradas pelo sistema bancário (SFN) e a Cooperativa de crédito SICOOBCREDISG:

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    A soma dos recursos que foram economizados em operações financeiras na Cooperativa, com tarifas e juros mais baixos, representou um ganho de R$ 60 milhões para os associados, no ano de 2021. Este volume extraordinário de dinheiro ficou aqui em São Gotardo, não foi embora, como nos bancos. Isto se chama GANHO SOCIAL.

    SICOOBCREDISG, uma parceria sólida com São Gotardo

    Falando em ganho social, não é só o cooperado que se beneficia com o acesso às inúmeras vantagens oferecidas pela Cooperativa. Seja o produtor, o comerciante, o empresário ou o pequeno empreendedor, todos ganham com esta nova maneira de cuidar de seu negócio.

     

    SICOOB CREDISG-EDUCAÇÃO CONCEDE 200 AUXÍLIOS EDUCAÇÃO PARA ALUNOS DE SÃO GOTARDO

    Em 2021, Através do programa SICOOB CREDISG-EDUCAÇÃO foi destinado R$550 mil reais em 150 auxílios aos associados e/ou dependentes com recursos do Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social, (FATES). Já para 2022 está previsto investimento de R$800 mil reais em 200 auxílios que variam de R$4 a R$5 mil por beneficiário. O subsídio poderá ser utilizado por estudantes de curso de nível médio técnico profissionalizante equivalente ao 2º grau, ensino superior (3° grau), graduação, pós-graduação em cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação, em instituições públicas ou particulares. O regulamento está disponível no site da cooperativa.

    Além de tudo isso, o SICOOBCREDISG é a instituição financeira de São Gotardo que reverte parte de seus ganhos em projetos sociais para a comunidade.

    Ao longo de 2021, o Sicoob Credisg, exerceu papel de relevância em mais de uma dezena de projetos sociais, beneficiando inúmeras entidades e associações de interesse social. Isso porque, acreditamos nesta terra e em seu povo. Veja o volume de recursos direcionados em 2021:

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    Em 2022 a CREDISG VAI DISPONIBILIZAR R$ 2,5 MILHÕES PARA A COMUNIDADE ATRÁVES DE PROJETOS SOCIAIS. DESTE TOTAL, R$800 MIL REAIS VÃO PARA A EDUCAÇÃO, COM A DISTRIBUIÇÃO DE AUXÍLIO EDUCAÇÃO.

     

    A violência contra mulher é definido na Lei Maria da Penha, em seu artigo 5º, como qualquer ação baseada em gênero que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, ou dano moral ou patrimonial. A violência contra a mulher pode ocorrer no local onde reside, no âmbito familiar ou em uma relação íntima de afeto, quando o agressor conviva ou tenha convivido com a vítima, independente de morarem juntos ou não. É neste terceiro contexto que se insere a Violência Doméstica.

     

    Programa de prevenção

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    O enfrentamento a esse tipo de crime pela Polícia Militar não se restringe mais ao registro do Boletim de ocorrência, e se for o caso, a prisão do agressor. De alguns anos pra cá, a PM vem prestando também atendimento à vítima através de um programa específico, o PPVD – programa de prevenção à violência doméstica. O PPVD iniciou seus trabalhos em 2020.

    Após análise das ocorrências de maior gravidade e das reincidências, uma equipe de Prevenção à Violência Doméstica entra em contato com a vítima para apresentá-la ao programa e verificar se é de seu interesse ser acompanhada pela Polícia Militar. O trabalho da patrulha (PPVD) é de extrema importância especialmente pelo primeiro acolhimento e a prestação de orientação às vítimas de violência doméstica. O objetivo é cortar o ciclo da violência.

    O programa atua exclusivamente na atenção às famílias e prevenção à violência, através de acompanhamentos especializados e humanizados, para atender as mulheres em situação de violência doméstica, além da dissuasão do agressor.

    Em São Gotardo o Programa é coordenado pela policial Angélica Alves(foto). “Com os registros em nosso sistema, é feito um filtro para saber se houve reincidência do mesmo autor e também a complexidade e a gravidade do crime. Confirmadas essas condições é feito um contato com vítima e oferecida a ela este apoio através de nosso programa. Sendo aceito, nós damos início a uma série de nove visitas, tanto à vítima quanto para o agressor. Em um primeiro contato fazemos uma entrevista para se inteirar do histórico de violência e uma avaliação de risco” explica a policial Angélica.

    Estando a vítima de acordo em ser incluída no programa, o que ocorre na maioria das vezes, o caso passa a ser monitorado pela equipe da PM. O objetivo principal é apoiar e proteger. Quando há risco ou ameaça iminente, pode ser solicitada a Medida protetiva, quando o autor fica impedido de ser aproximar ou fazer contato com a vítima.

     

    São Gotardo registra altos índices de Violência Doméstica

    De acordo com recente pesquisa do Senado Federal, 18% das mulheres agredidas por homens convivem com o agressor. Para 75% das entrevistadas, o medo leva a mulher a não denunciar. O estudo demonstra, no entanto, que 100% das vítimas agredidas por namorados e 79% das agredidas por maridos terminaram a relação.

    A violência Doméstica está presente em todas as classes sociais, independente de raça ou cor, confirmando o machismo como expressão permanente e estrutural de nossa sociedade. O medo e a dependência financeira são apon-tados como causas principais da subnotificação, principalmente nas classes média e alta, onde se soma ainda o temor de perder o Status quo ou por vergonha perante seus pares. O machismo inibe a denúncia. Neste sentido, romper este ciclo de violência é tarefa exclusiva das mulheres.

    De acordo com os registros da Polícia Militar, sem incluir aqueles que não são denunciados, os números preocupam. Em 2020 foram registrados 421 casos de violência doméstica; em 2021, 395. Pelas razões acima citadas, a maioria das denúncias foram feitas por mulheres de baixa renda. Além do perfil socioeconômico, os boletins de ocorrência revelam que o agressor estava na maioria das vezes sob uso de bebida alcóolica. Outro dado importante é que as denúncias ocorrem quase sempre no domingo.

    Pesa ainda na dificuldade em romper o ciclo de violência a relação afetiva entre a vítima e o agressor. Pelos relatos, no início da relação há harmonia e demonstrações de afeto; com o passar do tempo, no entanto, ela vai se deteriorando até culminar em violência. “ a mulher agredida muitas vezes acredita que seu parceiro pode voltar a ser como no início da relação. Outra causa é a intimidação por parte do agressor que faz ameaças, inclusive de mata-la se ela fizer a denúncia; muitas vezes também, ela se sente culpada pelas agressões, ou ainda, tem vergonha de se expor perante amigos e vizinhos; tem ainda a dependência financeira com o agressor, que não tem pra onde ir; então ela se sente sem escolha”. Esclarece a policial Angélica Alves.

    Diante de tal complexidade, o programa de monitoramento e prevenção da Polícia Militar é virtuoso exatamente por acompanhar in loco o desenrolar da situação. Graças às visitas constantes no seio onde ocorreu a violência, a vítima se sente amparada e protegida, dando-lhe força e razões para romper com a relação abusiva.

    Ao longo do programa da PM, outros órgãos são acionados a participar do processo de acompanhamento, como o Ministério Público, a Polícia Civil, OAB, e departamentos de assistência da prefeitura. O programa conta ainda com o apoio de empresas privadas como a Life Clean e profissionais voluntários. A respeito do acompanhamento psicológico, a Polícia Militar necessita de profissionais que se voluntariem a apoiar esta causa. Contatos podem ser feitos diretamente pelo número 190.

     

    Nesta edição o Jornal daqui presta sua homenagem ao protagonismo de um visionário homem público.

    Ele comandou o município em um período de profundas mudanças ocorridas na década de 1970, em especial, a implantação do Padap, projeto no qual, ele teve papel decisivo. Já em idade avançada, ele é testemunha viva de um passado que resiste às forças do tempo.

    Hoje, vamos relembrar um pouco da trajetória do ex prefeito José Luiz Borges, publicando trechos de uma entrevista concedida ao Jornal Daqui.

    1973, o ano em que o senhor assumiu o cargo de prefeito é um marco divisor na história de São Gotardo. Até então, a economia do município era movida a arado de boi e a prefeitura, de tabela, não dispunha de recursos, não é isso?

    Eu assumi o cargo de prefeito sem saber nada de administração; A realidade que eu encontrei era uma cidade sem emprego e sem renda. Me lembro que no primeiro dia de governo tinha uma fila de 40 pessoas pedindo ajuda. Cheguei a me desorientar com a pobreza de São Gotardo. Pra você ter uma ideia, eu tinha dois funcionários que trabalhavam no departamento predial e o dinheiro que a prefeitura arrecadava com o IPTU mal dava para pagar o salário destes dois funcionários; era terrível. O imposto era muito barato, ou seja, a prefeitura simplesmente não tinha dinheiro em caixa. O que eu fiz foi aumentar e muito, o imposto.

    Mas a grande transformação veio mesmo foi com a implantação de um projeto audacioso: a exploração das terras do cerrado. Como surgiu a ideia?

    Fiz uma viagem a Patrocínio, e falei da nossa situação precária. Então ele me sugeriu explorar as terras do cerrado e me indicou o Dr. Gervásio em São Paulo ( Gervásio Tadashi Inoue – Presidente do Conselho Administrativo da Cooperativa Agrícola de Cotia). Embarquei para lá, e me encontrei com Dr. Gervásio que era o presidente da Cooperativa de Cotia. Para nossa sorte, eles demonstraram tanto interesse que Ministro da agricultura do Japão veio aqui, acompanhado de uma comitiva de técnicos e agentes do governo japonês. Eles fotografaram, colheram amostras de terra. E os técnicos não paravam de chegar, e eu, como prefeito fazia o papel de anfitrião.

    O passo seguinte deve ter sido o mais difícil. Como foi o processo de desapropriação da área para a implantação do PADAP?

    Foi, sem dúvida a luta mais difícil. Quando apresentamos o projeto ao Governo de Minas, só recebia a palavra 'não'. Ninguém no governo queria assumir o desafio de desapropriar o 'Totoca Luciano' um dos empresários mais fortes do Estado. Me diziam para abandonar aquela ideia, que era impossível.

    E aí?

    Eu nunca fui homem de desistir. Fiz as malas e fui para São Paulo, e lá expus o problema para o Dr. Gervásio. Ele então, me indicou outra alternativa: Propor ao Antonio Luciano arrendar ou comprar. Voltei a Belo Horizonte, apresentei a proposta e ele me disse que não negociava com pardal, que era como ele se referia aos japoneses. Ao saber disso, Dr, Gervásio ficou enfurecido e me disse: agora, esta desapropriação sai. Nesse dia, eu disse ao Dr. Gervásio que eu entraria na briga com uma condição, que toda estrutura de funcionamento, os escritórios fossem instalados em São Gotardo, e ele aceitou imediatamente. Como ele tinha muita amizade com o Ministro da fazenda Delfim Neto, ele conseguiu que o governo federal assumisse o compromisso de realizar a desapropriação, e assim foi feito.

    A partir do decreto de desapropriação, tudo mudou?

    Em primeiro lugar, eu passei a ser tratado com respeito pelo Governo de Minas, não era mais o 'prefeitinho'. A partir daí, São Gotardo passou a ter renda. Foi uma verdadeira revolução. Com a implantação do PADAP, eu consegui asfalto, posto do correio, o fórum, a agência da TELEMIG. Para você ter uma ideia, nossa cidade foi a 8ª do estado a implantar o moderno sistema de telefonia. O Campo de Aviação, a implantação do escritório da RURALMINAS, que construiu estradas em todo o município e nos auxiliava em várias obras da prefeitura. E o mais importante: a instalação do escritório da Cooperativa de Cotia e a vinda da colônia japonesa pra cá. A partir daí São Gotardo passou a gerar emprego e renda. Foi uma infinidade de obras que nós realizamos em meu governo.

    Afinal, o PADAP nasceu em 1973, ou 1974?

    O PADAP nasceu em 1973. Foi quando o projeto foi consolidado e também publicado o decreto de desapropriação. Portanto, o PADAP nasceu em 1973. Em 74, deu-se início a sua implantação.

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    Empresas de São Gotardo, nos mais diversos segmentos, sabem que é preciso investir em estrutura e capacitação profissional para atender ao exigente mercado de prestação de serviços do Padap.

    Entre essas empresas se destaca a Comaq, hoje líder no setor de construção de reservatório de água utilizada na irrigação de lavouras. Seu portfólio de atuação inclui ainda um vasto leque de serviços exclusivamente focados no setor agrícola.

    Há mais de 30 anos no mercado, sua história tem início lá traz, nos primórdios da implantação do Padap, ainda na década de 1980. Começou com uma retroescavadeira e um caminhão, prestando serviços para os agricultores. E ao longo do tempo, percebendo a demanda, foi ampliando seu parque de máquinas, adquirindo novos equipamentos, sempre focado no setor agrícola.

    Nesta primeira fase, a Comaq manteve suas atividades no aluguel de máquinas e prestação de serviços aos produtores. Esta empatia e proximidade com o setor foi aliando conhecimento e expe-riência ao longo do tempo, consolidando as bases de um salto tecnológico em sua estrutura operacional.

    Além da prestação de serviços, a Comaq passou também a elaborar e executar projetos de grandes obras. Este salto evolutivo se apre-sentou como proposta e solução às novas demandas do setor agrícola, em especial, na área de irrigação.

    Hoje, a Comaq é referência na construção dos chamados Piscinões, um reservatório com finalidade de armazenar água no período chuvoso para ser utilizada nos meses de inverno, quando há escassez. Ao dominar esta tecnologia de ponta, a empresa é referência em toda a região do Alto Paranaíba - incluindo dezenas de municípios, inclusive, Patos de Minas -, sendo responsável pela elaboração de projetos e construção de dezenas Piscinões, de médios e grande porte.

    Conduzindo a empresa desde sua fundação, o empresário Neirton Soares dá uma dimensão da complexidade que envolve a construção de um Piscinão:

    “Calculamos a quantidade de água que o produtor necessita para irrigar suas plantações, com base no consumo de um pivô ou outro sistema de irrigação. A partir desses dados coletados, nossos engenheiros definem o volume de água em milhões de litros e as dimensões físicas do piscinão para armazená-la. Verificamos também aspectos legais como Outorga e licenças para bombeamento de água de mananciais como rios e córregos. Tudo é medido e calculado por nossa equipe técnica. Ou seja, o produtor não precisa se preocupar com nada, a Comaq elabora o projeto e executa. Na hora de construir o reservatório de água, leva-se em conta inúmeras variáveis como o local, condições morfológicas e quantidade de terra a ser removida, e principalmente aspectos relacionados às condições de segurança do reservatório.

    Além disso, convém lem-brar que a empresa é também referência em levantamentos topográficos, georreferenciamento e medição de terras. Incluindo ainda aluguel de máquinas, abertura de adu-toras para irrigação, Terreiros de café, construção de bar-ragens e pequenas represas.

    comaq01O empresário Neirton Eurípedes Soares não esconde sua profunda relação afetiva com São Gotardo: Esta terra é preciosa em todos os sentidos. Tenho orgulho em participar de seu progresso e desenvolvimento social e econômico

    Há mais de um ano à frente da Administração municipal, a prefeita Denise Oliveira vem imprimindo sua marca em meio a intempéries. Primeiro a Pandemia, e depois, o temporal de chuvas atípicas do final do ano. Apesar das mudanças de percurso e expectativas iniciais, já disse a que veio. Neófita no meio político, Denise Oliveira não esconde suas pretensões e preferências. De caneta na mão, vai redesenhando seu quadro de prioridades, a começar pelo que ela chama de 'mobilização social'. Estas e outras iniciativas de seu governo são alguns dos temas da entrevista que se segue. Respondendo às perguntas da reportagem, ela falou também da greve no funcionalismo público, indústria de potássio, e a situação precarizada de ruas com as constantes operações tapa buracos e obras da Copasa. Veja a entrevista.

     

    A senhora assumiu o executivo em meio a uma pandemia, e ainda no primeiro ano de governo a cidade foi castigada com o excesso de chuvas. Momentos complicados, não?

    Houve a necessidade, diante destas situações, em primeiro lugar de acudir e acolher as pessoas. Tivemos que direcionar todos os nossos esforços para lidar, primeiro com a Pandemia, e depois com as consequências do temporal no final do ano passado. Nossa primeira prioridade é cuidar da vida.

    Foi, meio que uma prova de fogo para a senhora, não?

    Tanto a Pandemia como o temporal impactaram diretamente na vida das pessoas. Felizmente, depois da segunda onda com a Ômicron, as curvas de internação e contágio estão próximas de zero, mas os cuidados continuam. Devemos continuar atentos para que a Pandemia se mantenha sob controle, e nossa principal arma continua sendo a vacina.

    Com relação aos danos causados pelas chuvas, como a prefeitura está viabilizando os recursos para atender aos reparos necessários.

    Por ora temos um balanço do que está sendo feito. Iniciamos com a reconstrução das pontes. Apesar da urgência, precisamos seguir os trâmites legais. Já licitamos três das quatro pontes danificadas. A ponte aqui no perímetro urbano, próximo à Delegacia, será licitada em breve. Quanto à ponte da Usina, já está em fase final processo para ser licitada. A previsão é que até o final do ano todas as pontes estejam reconstruídas.

    Poderia citar o volume e a fonte de recursos necessários para a recuperação, como no caso da ponte aqui na cidade e outras na zona rural?

    Por ora, todos os recursos que contamos são dos cofres da prefeitura. Como decretamos situação emergencial, estamos aguardando o repasse de recursos do governo, o que ainda não aconteceu. Tivemos muitas demandas além da reconstrução das pontes, como recuperação das ruas, e alojamento dos desabrigados pelas chuvas.

    São recursos que poderiam estar sendo utilizados em outras obras.

    Tivemos que abrir mão de outros projetos para atender a esta situação de emergência.

    As constantes operações tapa-buracos ao longo dos anos, e em específico as obras de rede de esgoto da Copasa deixaram dezenas de ruas em situação precária. Existe por parte da Prefei-tura algum plano de recuperação destas ruas mais danificadas?

    Sim. Temos para este ano o objetivo de investir em redes pluviais. Trata-se de uma iniciativa crucial para evitar que trechos de ruas continuem sendo danificados pelas chuvas, e que haja manutenção constante do asfalto. Já iniciamos as obras de recuperação, e mais de vinte ruas serão recapeadas. Algumas estavam em situação crítica como a enrada de Guarda dos Ferreiros. Além disso, a operação tapa buracos está sendo realizada na cidade e nos distritos. Em relação às obras da Copasa, encaminhamos um requerimento solicitando o recapeamento das ruas onde a empresa está instalando redes de esgoto.

    De fato, há trechos específicos que todos os anos convivem com enormes crateras, exatamente pela falta de rede pluvial.

    Nossa equipe já identificou esses pontos que necessitam urgentemente de Rede pluvial. Vamos começar por eles, como no Boa Esperança e na avenida Rio Branco, que recebem um grande volume de água das chuvas e não dispõem de rede para esco-amento. Volto a lembrar que tanto a Pandemia como o forte temporal no final do ano passado limitaram nossa capacidade financeira e de investimentos em outras áreas.

    Em relação à saturação da Erotides batista e MG235, corredor de escoamento da indústria Verde, há projetos de parceria entre a empresa e o município? Existe algum contato da prefeitura com a empresa de extração de potássio, para viabilizar recursos para investir em melhorias destas vias de escoamento da produção?

    Esta parceria com a empresa é necessária, para garantir que São Gotardo tenha benefícios com esta extração. Já há este contato com a empresa Verde, e eles estão cientes que nós contamos com eles para resolver esta situação do trânsito e das vias utilizadas para o escoamento da produção. Da forma que está, realmente não pode continuar. O que nós queremos é unir forças na solução deste problema, principalmente em relação à avenida Erotides Batista, que seja uma via de fácil acessibilidade e que mantenha a qualidade asfáltica. É um trecho que não dispõe de estrutura para um grande fluxo de carga pesada.

    A extração de potássio tem trazido benefícios para o município? A arrecadação de impostos com a extração é pouco significativa, sim?

    Todo produto tem suas regras específicas, e nesse caso a incidência de impostos é baixa. Nós, cidadãos de São Gotardo, esperamos que estes recursos possam ser revertidos cada vez mais em melhorias para o município.

    É importante ressaltar que no caso de projetos como este, em escala industrial, deve ou deveria estar inserido em uma política de Estado. Neste sentido, existe algum movimento em dire-ção a um acordo ou conversa envolvendo os três entes, município, Estado e empresa?

    Há conversas com alguns setores do governo estadual, inclusive no sentido de melhorar o trânsito, com a construção, por exemplo, de uma terceira faixa no trecho da MG235, da cidade ao trevo. Precisamos sim, de evoluirmos para um diálogo entre as três partes.

    Enfermeiros e técnicos em enfermagem fizeram recentemente uma paralização por melhoria salarial. Qual a posição da prefeitura a respeito?

    A greve é um direito constitucional, e nós lutamos muito, como povo brasileiro para ter esse direito. Com relação á greve dos técnicos e enfermagem, infelizmente não tínhamos como atender ao que foi proposto, como o aumento de 40% no salário e mais R$500,00 de bonificação. Nós temos vários setores na prefeitura, etodos eles, ou grande parte deles necessitam de aumento salarial. Por ora, o que nós temos como boa notícia para os funcionários é justamente o Concurso público. Com ele vem a melhoria salarial. Neste momento, a comissão do concurso está realizando estudos para sabermos quanto poderemos pagar para cada categoria. Por exemplo, quanto deveria estar ganhando hoje se tivesse havido a reposição salarial, o que não foi corrigido nos últimos anos.

    A Lei de responsabilidade fiscal, de outro lado, impõe limites de gastos com a folha de pagamento. Como conciliar aumento nesse sentido?

    Por isso que tudo tem de ser muito bem analisado. O departamento jurídico está estudando caso a caso. Com relação ao posto de cirurgião dentista, por exemplo, tem um piso salarial nacional, e vamos nos adequar a ele para corrigir a defasagem. Já em relação aos técnicos em enfermagem e enfermeiros, não há este piso. Então todas essas variáveis estão sendo levadas em conta. Além do mais, precisamos levar em conta que temos o compromisso de pagar os salários em dia, pagar o 13º. Então, qualquer mudança nos valores deve considerar uma série de condições. Não adianta dar um aumento, se depois não temos condições de pagar.

    Hoje são 1.300 funcionários na folha de pagamento da prefeitura. É um número expressivo. Enxugar este quadro não seria uma das saídas?

    O ideal seria diminuirmos esse número, o que não é fácil, e de outro lado, potencializarmos a capacidade de produção de nosso colaborador. Isso ajudaria a viabilizar um aumento de salário.

    Menos funcionários, e no entanto, mais produtivos...

    É isso. Se você tem muito funcionário, não há muita saída. O que precisamos é melhorar a gestão, das lideranças de cada setor. O meu objetivo é fazer uma recomposição dos salários todo ano, pois isso evitaria a defasagem salarial. De acordo com nossos levantamentos, tem segmentos que deveria estar recebendo 30% a mais, exatamente porque não houve recomposição salarial.

    Quais iniciativas do governo municipal a senhora destacaria neste pouco mais de um ano de mandato?

    Entre as inúmeras ações, destaco em primeiro lugar, uma preocupação permanente de nossa administração que é a mobilização social, como é o caso da mudança de local da Feira livre e iniciativas de apoio aos feirantes. Isso deu vida para a nossa feira.

    Outra iniciativa nesse sentido foi a abertura da Sala Mineira, um espaço inovador de apoio a quem deseja abrir ou regularizar o seu próprio negócio. Temos tido excelentes resultados, graças a grande procura de interessados. Inauguramos também o Ponto Virtual da Receita Federal, também instalado aqui na sede da prefeitura. Com este serviço, o cidadão tem a facilidade de legalizar o seu CPF ou CNPJ. Instituímos também o SIM – Serviço de Inspeção Muni-cipal. Com ele, o produtor de queijo, por exemplo, pode regularizar o seu negócio, e inclusive comercializar em outras cidades da região, saindo da clandestinidade. Agora, ficou muito mais fácil abrir uma indústria de produtos de origem animal.

    Entre tantas outras medidas no setor de assistência social, criamos a mesa solidária, onde distribuímos cestas básicas a famílias mais necessitadas durante a Pandemia.

    No esporte, reformamos o Poliesportivo, e estamos reformando a quadra de esportes da escola Cecília Meireles. Elaboramos também um cronograma de atividades esportivas já para este ano, com a promoção de torneios e campeonatos. Também na área da cultura fizemos um calendário de eventos até o final deste ano. Na educação, procuramos minimizar ao máximo os impactos da Pandemia. Houve um esforço muito grande de nossa equipe na manutenção das aulas, ainda que virtuais. Recentemente recebemos o selo Amigos da Educação, atestando que nosso município prioriza a Educação.

    E na saúde?

    Estamos concluindo as obras do SAMU, que vai ser um apoio muito importante à nossa saúde, principalmente nos resgates tanto de vítimas de acidente como em outras situações que exijam socorro urgente. Já estamos com a sede pronta, e estamos só aguardando a aquisição de ambulâncias e equipamentos, que serão adquiridos pelo consórcio de municípios.

    Ainda na área da saúde, temos a ampliação da estrutura de atendimento da Santa Casa, em uma parceria com a Irmandade. Instalamos um laboratório de Prótese dentária, melhorando e muito o atendimento odontológico à nossa população. Estamos também reformando a UBS do bairro Taquaril, e assim que estiver concluída vamos desocupar a creche do bairro para também receber melhorias e coloca-la em funcionamento.

    Já estamos viabilizando a abertura de mais Creches, uma em Guarda dos Fer-reiros e outra no bairro Saturnino Pereira. Vamos ainda neste ano, revitalizar todas as praças. Em relação à iluminação pública estamos trocando todas as lâmpadas de postes por LED, gerando aí ruas mais iluminadas e também economia e segurança para o município.

    Na zona rural, além da manutenção e melhoria das estradas, vamos inaugurar brevemente um serviço de transporte público com uma Van para ajudar na locomoção dos moradores dos povoados, que não dispõem desse tipo de serviço. Vamos incrementar uma área de lazer no Balneário com várias obras no local.

    Além de tudo isso, há varias outras iniciativas em andamento, que não daria para citar de uma só vez.

     

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