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    José Eugênio Rocha

    José Eugênio Rocha

    Sexta, 16 Julho 2021 21:04

    Vítima da Pandemia

    "Eu sou testemunha de que é muito mais grave do que imaginam."

    O vereador Célio Martins( foto) não se enquadra em nenhum Grupo de risco, nem por isso, saiu ileso da Covid-19. Como ele mesmo disse, viu a morte de perto. Sua experiência, impressa na entrevista concedida ao Jornal Daqui, serve como exemplo para dimensionar e confirmar a gravidade da doença. Mesmo depois de uma quarentena após contrair o vírus, ele teve que ser internado novamente com falta de ar, o principal sintoma da Covid. No Hospital, precisou da ajuda de um balão de oxigênio para respirar. Veja a entrevista:

    Você é uma pessoa saudável, não? qual sua idade?

    Cada organismo responde de uma maneira diferente ao vírus. Eu, por exemplo, tenho 50 anos, não me enquadro em nenhum Grupo de risco, não tenho nenhum problema de saúde, como Diabete, Hipertensão...

    Quais foram os primeiros sintomas

    O que aconteceu foi o seguinte, primeiro foi minha esposa que contraiu o vírus. Três dias depois de ter testado positivo, o quadro foi se agravando, e ela precisou ir para a UTI. No meu caso, primeiro, comecei a sentir um calafrio no corpo, um pouco de febre. Aí eu fiquei de quarentena me recuperando. Passados 14 dias, já me sentindo bem e pensando que já estava curado, voltei ao trabalho. Dois dias depois, comecei a passar mal. Voltei ao hospital, e fiquei dois dias internado. Foi feita uma tomografia, fui medicado. Daí, recebi alta, pois já me sentia bem. No segundo dia depois que voltei pra casa, aí a coisa ficou grave. Foi o dia mais difícil da minha vida. No dia anterior, num sábado, senti um pouco de febre, usei o nebulizador , e parecia que estava bem. Na tarde de domingo, comecei a sentir febre novamente, e por volta das 18h fui perdendo o fôlego, com uma dificuldade enorme pra respirar. Aí, já não conseguia mais me levantar da cama, e fui enfraquecendo, enfraquecendo, e perdendo a visão... Minha filha ligou pro hospital e pediu uma ambulância urgente. Quando chegaram, já me colocaram no balão de oxigênio. Nessa hora, eu já não estava conseguindo mais respirar. Sinceramente, eu achei que estava morrendo, foi uma situação muito triste. Depois, conversando com o médico, ele me disse, que uma das causas que leva a óbito, é que nessa hora, se a pessoa ficar muito ansiosa, pode ter uma parada cardíaca. Então, é muito importante controlar a ansiedade nessa hora.

    Então, você voltou a ser internado...

    Sim. Me levaram novamente pro hospital, e fiquei internado por mais 8 dias, 7 deles, no balão de oxigênio.

    Depois de 8 dias internado, você recebeu alta...

    Aí, finalmente já estava melhor. Voltei pra casa, e desde então estou fazendo terapia para voltar a respirar normalmente.

    Pela sua experiência, estamos diante de uma doença grave, não?

    Eu vi de perto que a coisa é muito mais séria, e só quando você passa pela experiência que eu passei para saber. Enquanto estive internado, dois pacientes que estavam lá, vieram a óbito. Quer dizer, eu vi a morte de muito perto. A população tinha que saber o que acontece lá dentro do hospital. O esforço dos médicos e enfermeiros para salvar a vida dos pacientes é uma coisa impressionante. A noite inteira a gente via aquele movimento intenso, trocando balões de oxigênio, aplicando medicação. A gente fica muito assustado vendo aquilo.

    Sua experiência serve de alerta para aqueles que ainda ignoram a gravidade que pode ser a Covid-19, não?

    Então, o que a gente pode dizer é que as pessoas se cuidem, usem máscara, evitem aglomeração, e fique o mais isolado possível. O que aprendi, é que todo o esforço pra evitar, vale a pena. O que tem acontecido muito é a pessoa levar pra dentro de casa o vírus, e aí, contaminar toda a família. É um risco muito grande.

    Você acha que as pessoas estão se cuidando como deveria?

    Infelizmente tem muita gente que não leva a sério essa doença. Eles tinham que ver de perto o que eu vi. Eu sou testemunha que é muito mais grave do que imaginam.

    Sua esposa também passou por momentos difíceis. Como foi?

    Ela teve que ser internada na UTI por 9 dias, e mais alguns dias no quarto do hospital se recuperando. Os médicos me disseram que por muito pouco ela não precisou ser intubada. Os exames confirmaram que sofreu Embolia pulmonar. Quer dizer, ela por muito pouco não perdeu a vida.

     cidade01Célio Martins, ao lado de sua esposa.

    Uma causa é ainda mais nobre quando o que está em jogo é o futuro de uma geração, de uma sociedade. O Fundo da Infância e Adolescência - FIA - é um eficiente instrumento que caminha nessa direção, no caso, prover recursos para investir nas crianças e adolescentes de famílias de baixa renda. O mecanismo é simples: qualquer pessoa ou empresa que tenha que declarar o Imposto de Renda, pode direcionar parte do dinheiro devido à esta causa social.

    Como forma de dar mais relevância a este projeto, há que se reconhecer o esforço daqueles que se empenham diretamente nessa luta. Com este objetivo em mente, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), instituição que gerência o FIA, promoveu recentemente um encontro que reuniu empresários e representantes de entidades assistenciais, para prestar uma homenagem especial ao Promotor de Justiça da Comarca de São Gotardo, José Geraldo de Oliveira silva Rocha. Afora o simbolismo, o título de Embaixador para o Fundo da Infância e adolescência entregue a ele, em cerimônia realizada no Promam, é acima de tudo um reconhecimento pelos seus esforços na defesa dos direitos das crianças e adolescentes de São Gotardo.

    Presentes na solenidade de entrega do título de Embaixador do FIA, o Presidente da Apae, Fábio Castelhone - que foi aliás, o idealizador da iniciativa -, a Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Missandre Pinheiro, o em-presário e colaborador do PROMAM, José Lúcio, o empresário Eduardo Sekita, o contador Jales Gomes e as diretoras e coordenadoras das entidades Apae, Lar da Criança Josa Ribeiro, Abrigo Lar Renascer, PROMAM e CMDCA, alem da imprensa local.

    Acompanhado de sua esposa, Luciana Lopes Rocha, Dr. José Geraldo agradeceu a homenagem, reafirmando sua disposição e empenho como representante do Ministério Público, na garantia dos direitos das crianças e adolescentes.

    O encontro serviu também discutir estratégias para dinamizar e alavancar recursos junto à iniciativa privada, através dos mecanismos de doação dispostos pelo FIA. Veja mais na reportagem a seguir.

    promotor01Na foto, representantes das entidades: Maria José, Madá, Ivanilda, Equeliene, Patrícia e Maria José

     

     

    promotor02Da esq. pra dir.: Missandre Pinheiro, Jales Gomes, José Lúcio, Dr. José Geraldo, Fábio Castelhone e Eduardo Sekita.

    Desde sua fundação, o Sicoob Credisg participa ativamente nas ações de responsabilidade social, sempre em busca de viabilizar o desenvolvimento da comunidade.

    Em abril de 2020, o Sicoob Credisg fez um repasse de R$239.700,00 para a Irman-dade da Santa Casa de São Gotardo, com o intuito de contribuir com as obras de ampliação do pavimento térreo, que muito tem servido à comunidade e região atra-vés dos leitos e unidades de UTI no atendimento a casos de COVID-19.

    Nesta quinta-feira, 22 de abril de 2021, foi feita uma nova doação no valor de R$390.000,00 (trezentos e noventa mil reais), quer será destinada para os investimentos relacionados à energia elétrica do projeto de implantação da hemodiálise.

    A entrega do valor foi realizada pela Diretoria do Sicoob Credisg juntamente com Presidente do Conselho de Administração, para o provedor da Irmandade da Santa Casa, Sr. Makoto Edison Sekita e ao tesoureiro da entidade Sr. Valfrido Garcia Bueno.

    Visando ampliar a assis-tência à saúde da população, a obra da irmandade está em constante evolução. A edificação do 2º e 3º pavimentos com 704m² de construção hospitalar e a ampliação e reforma do imóvel na Rua Dr. Moacir Franco, esquina com Rua Pinheiro Machado, onde funcionará em breve a prestação dos serviços de hemodiálise.

     

    Entre as muitas iniciativas coordenadas pela ASPA - Associação de proteção animal, a castração de cães e gatos tem se mostrado a mais eficiente para o controle da população dos animais domésticos. No final do abril, 25, foi realizada mais uma campanha com este objetivo.

    Como informa a vice presidente da entidade, Rafaela carvalho, cerca de 30 animais são castrados mensalmente. A meta é atingir 500 procedimentos cirúrgicos por ano. "Nosso esforço é sempre de conscientizar as pessoas da importância da castração, e seus benefícios. Graças ao esforço e disposição de nossos voluntários conseguimos oferecer um serviço com baixo custo. Como se trata de uma cirurgia, os valores são altos, quando realizados pelas clínicas veterinárias, o que inibe a disposição de muitos donos de animais domésticos." Afirma ela.

    Por esta e outras razões, a procura é grande: todas as vagas são preenchidas rapidamente, sendo necessário prorrogar para o mês seguinte os pedidos excedentes de castração. Para dar conta da grande demanda, a entidade desenvolve campanhas de arrecadação para cobrir as despesas, e sempre que possível ampliar a escala de atendimento, principalmente ofertando mais vagas na castração.

    Outra iniciativa que merece destaque, é a campanha de adoção promovida pela ASPA. A entidade, na medida do possível, resgata animais abandonados e os encaminha para interessados em adotá-los. "Todos os animais que a gente entrega para adoção, já são previamente castrados. Ou seja, o futuro dono não precisará se preocupar, ou gastar dinheiro com castração. Todos os gatos doados, por exemplo, a partir do início deste ano, foram entregues já esterilizados". ressalta Rafaela. Trata-se portanto, de importante incentivo à campanha de adoção, já que os interessados em adotar um gato ou cachorro, e que não disponha de recursos para bancar as despesas, não terá que se preocupar com isso.

    Convém ressaltar que a ASPA é resultado de esforço da própria comunidade nessa indispensável tarefa de cuidar e proteger animais abandonados e, com isso, evitar o aumento de animais nas ruas. Para dar conta das inúmeras despesas com este serviço prestado, a entidade depende exclusivamente do esforço de voluntários, seja através trabalho ou de doações. Como se trata de um serviço social de relevante importância, é quase uma obrigação da comunidade valorizar e apoiar esta iniciativa.

     

    Doutor João Carlos Taciane é também diretor do Centro de Tratamento Intensivo do Hospital municipal. Por estar na linha de frente, ele convive diariamente com o lado mais perverso da Pandemia, os leitos de UTI, onde os pacientes são intubados. Ele acompanha de perto a luta das equipes de médicos e enfermeiros na árdua tarefa de salvar a vida de pacientes em estado de extrema gravidade. Mais temerário ainda por estar lidando com uma doença desconhecida, e para a qual não há remédios de eficácia comprovada. Infelizmente a taxa de letalidade ainda é alta: hoje, de 10 pacientes intubados, apenas 3 sobrevivem. Por esta e outras razões, Dr. João Carlos, conhecedor dos riscos que a Covid-19 representa é um enfático defensor das medidas de prevenção: "O que devemos fazer é nos prevenir, e a proteção individual é melhor maneira. Essa responsabilidade deve partir da gente. Vamos usar máscaras, vamos manter o distanciamento social, vamos evitar aglomeração, que aliás, é o que mais dissemina o vírus." alerta ele. Veja a entrevista.

    Um dos parâmetros utilizados para medir o grau de intensidade da Pandemia é a taxa de ocupação dos leitos de UTI. Por várias semanas esta taxa persistiu em seu limite máximo, com 100% de ocupação. Já é possível perceber os efeitos das medidas restritivas, aplicadas para conter a disseminação do vírus?

    Hoje estamos com 50% de ocupação dos leitos de UTI. Como o nosso centro de tratamento de Covid-19 é mantido com verbas estaduais e federais, o atendimento deve ser garantido a toda região. Neste momento temos vagas, mas que isto não sirva de motivo para relaxar as medidas de prevenção. Penso que agora é hora de manter o rigor nessas medidas. Felizmente conseguimos atender à demanda, e não houve nenhum paciente de São Gotardo que não tenha sido atendido por falta de leito.

    Quando o paciente chega a ser intubado, qual o percentual de chance de recuperação?

    A regional de Patos de Minas, da qual fazemos parte, vinha mantendo uma taxa de sucesso de 15%. Nesse mês de abril, a marca gira em torno de 30% de pacientes recuperados após o tratamento intensivo( ou seja, de 10 pacientes internados em leito de UTI, 3 sobrevivem). Isso se dá pelo motivo de estarmos aprendendo a lidar melhor com a doença, tanto em relação ao manejo respiratório como dos medicamentos aplicados. As equipes de modo geral estão mais sincronizadas, e com isso estamos conseguindo mais eficiência no tratamento. É sempre bom lembrar que a Covid-19 era uma doença totalmente desconhecida.

    Este desconhecimento da doença dificultou a adoção de protocolos de tratamento padronizados. Hoje já é possível tratar os pacientes com regras mais claras quanto aos procedimentos aplicados?

    Sim. Os protocolos existiam desde o início, mas eram modificados a cada semana. Nós víamos claramente que eram testados procedimentos na tentativa de se definir qual o melhor tratamento. Agora, já conseguimos firmar um protocolo padrão; Há dois ou três meses que ele não muda. Hoje já sabemos qual o melhor manejo para lidar com a doença.

    Estando na linha de frente, o senhor saber melhor que ninguém da gravidade da doença. Quais as orientações, no seu entendimento, para se prevenir do contágio?

    A proteção individual é fundamental. Vou ressaltar que tratamento ainda não existe; é com o manejo adequado ao paciente que nós damos mais chance a ele de resistir à doença. O que devemos fazer é nos prevenir, e a proteção individual é melhor maneira. Essa responsabilidade deve ser individualizada. Não podemos delegar essa responsabilidade às autoridades públicas, à prefeita, ao comandante de polícia. Essa responsabilidade deve partir da gente. Vamos usar máscaras, vamos manter o distanciamento social, vamos evitar aglomeração, que aliás, é o que mais dissemina o vírus. Sabemos que ele se espalha pelo ar, em gotículas de aerossóis. O poder de contágio em ambientes fechados ou aglomerações é muito grande; há estudos apontando que essas gotículas alcançam distâncias superiores a três metros.

    Esse alerta serve principalmente para o público jovem, que tem ignorado essas recomendações, não é isso?

    O público jovem, com essa nova variante do vírus, começou a ser bem mais atingido. Claro que há grupos com mais tendência a se agravar, mas hoje o grupo de risco somos todos nós. A doença existe, e temos que respeitá-la. A doença é grave, e ainda não existem remédios para ela. Imagine uma dor de garganta, por exemplo; num caso de amigdalite temos um remédio específico para a cura. Receitamos com confiança uma amoxilina ou similar. Tem um remédio certo para o Covid-19? não, não tem. O que nós fazemos no caso de uma pessoa estar contaminada pelo vírus é dar suporte para que ela própria tenha forças para combater a doença.

    O senhor se referiu à variante do vírus. Já é possível perceber seus impactos por aqui?

    Essa variante se espalha mais rápido sim, atingindo também o público mais jovem. Com toda certeza ela já está circulando aqui. Os exames mostram isso. Desde que começou a vir paciente de Manaus para Uberaba, e daí, já foi confirmado uma cepa nova em monte Carmelo, em Coromandel, depois em Patos de Minas..., e também aqui em nossa região já foi confirmada presença dessa nova variante.

     

    Expandir os negócios para além do município é um desafio que requer boa dose de coragem, eficiência e qualidade no produto ou serviço oferecido. Infelizmente ainda são raros os exemplos de empresas com matriz em São Gotardo, que ousaram romper barreiras e conquistar novos mercados. Deste seleto rol de empresas genuinamente de São Gotardo há que se destacar a provedora Goldnet Telecom. Especializada em transmissão e conexão de dados via internet, ela optou por investir pesado nas redes de tráfego, em especial, na Fibra ótica.

    Numa iniciativa pioneira, concluiu a instalação de uma poderosa rede de transmissão de dados via internet até a capital mineira, interligando-se ao ponto central de acesso à Rede mundial de computadores, a Web. Até então, esse tipo de serviço era totalmente controlado pelas grandes operadoras de telefonia, como a Algar e Oi. O objetivo é atender com mais eficiência os usuários da chamada internet fixa, aquela que é acessada via cabo pelos computadores e dispositivos instalados em endereço fixo, seja em casa ou na empresa . Com esta nova tecnologia os dados são baixados ou transmitidos em altíssima velocidade.

    Assim, a Goldnet Telecom pôde conectar com rede própria a região do Alto Paranaíba à Rede mundial, possibilitando a conexão direta com o ponto central de acesso à Rede mundial de computadores, a Web. Depois de ampliar seus serviços para diversas cidades da região, ela está concluindo a instalação de uma linha de transmissão até a cidade de Patos de Minas.

    jd135 cidade04No mapa acima, o sistema com mais de 300km de rede de Fibra Ótica interligando os municípios onde presta seus serviços: São Gotardo, Carmo do Paranaíba, Matutina, Tiros, Arapuá, Rio Paranaíba, Serra do Salitre, Luz, e mais recentemente, Patos de Minas.

    Lançado em abril pelo Governo de Minas, o projeto "Mãos Dadas" tem como eixo principal a municipalização das classes do Ensino fundamental que até então, são atendidas em escolas estaduais. Trata-se de uma transferência de responsabilidades, onde o município assume a gestão de todos os alunos matriculados do 1º ao 5º ano. Em São Gotardo, esta transição deverá realocar cerca de 300 alunos das escolas estaduais Afonso Pena e Sinfrônio Bahia(Capelinha do Abaeté) para escolas municipais.

    Dada a complexidade do processo, esteve em São Gotardo na semana passada, a convite da Câmara Municipal, o superintendente regional de educação, Carlos José Coimbra. Ele veio falar e esclarecer dúvidas sobre a implantação do programa "Mãos Dadas". Carlos Coimbra participou de uma reunião de estudos com os vereadores, que deverão em breve se debruçar sobre as discussões e votação de um projeto de Lei encaminhado pelo Poder Executivo que au-toriza a adesão do município ao programa estadual. Estava presente também neste encontro a secretária municipal de Educação, Renita Guilhermina, que já vinha participando com a prefeita Denise Oliveira de rodadas de discussões e tratativas junto ao governo estadual.

    O programa Mãos Dadas tem como pretensão con-cluir um processo já em curso há vários anos, onde o município se coloca como ente federativo responsável pela gestão do Ensino fundamental, do 1º ao 5º ano. Hoje, mais de 90% dos alunos matriculados nesta etapa de ensino já estudam em escolas municipais. O que o programa propõe é finalizar este processo, alcançando assim, 100% deste espectro estudantil. Ainda que soe como natural e pertinente esta transferência de responsabilidades, ela traz impactos diretos na vida de alunos, professores e funcionários das escolas, e ainda, na capacidade do município em oferecer estrutura física e funcional para receber estes mais de 300 alunos. Todas estas implicações foram objetos de discussão durante o encontro na Câmara municipal.

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    Veja abaixo alguns dos pontos abordados pelo superintendente Carlos Coimbra:

    • Tanto a Lei de diretrizes da educação nacional como a própria Constitu-ição delegam aos municípios a responsabilidade pelo Ensino fundamental. A maioria dos municípios mineiros já atendem a esta prerrogativa.
    • Mãos dadas significa maior interação entre estado e município.
    • A transferência dos alunos das escolas Afonso Pena(240 alunos) e Sinfrônio Bahia(72 alunos) se dará a partir de 2022, e serão realocados para as escolas municipais.
    • Para dar suporte a esta transferência de responsabilidades, o Governo do Estado se compromete a repassar para os cofres do município recursos da ordem de R$3,6 milhões de reais. Esse dinheiro deverá ser utilizado na construção, reforma ou ampliação de escolas ou creches.
    • Como o aumento do número de alunos da rede municipal, os recursos do FUNDEB, serão proporcionalmente aumentados a partir de 2023.
    • Em relação aos professores e funcionários efetivos que hoje trabalham nas duas escolas estaduais citadas, nada muda em relação a salários; permanecerão vinculados ao estado.

    Na próxima edição, o Jornal Daqui retorna ao tema.

     

    Com o objetivo de acompanhar e auxiliar as ações dos órgãos de saúde de nosso município no combate ao Coronavírus, o Legislativo Municipal através de seu presidente, o vereador Carlos Alves de Camargos, conforme portaria 21/2021, criou a Comissão Especial de Acompanhamento e Prevenção a COVID-19, composta pelos vereadores: Ana Flávia Rodrigues (Presidente); Valdivino Honorato de Oliveira (Relator); Lander Inácio Rodrigues Melo e Célio Martins dos Reis (Membros).

     

    Entrevista - Carlos Camargos - presidente da Câmara Municipal de São Gotardo

     entrevista01

    Um dos objetivos é manter a população informada sobre as medidas em curso, não é isso?

    Na formação da Comissão, optamos por nomear dois dos vereadores de primeiro mandato e outros dois do grupo de reeleitos. Uma proposta da vereadora Ana Flávia, a criação desse grupo de trabalho parte de uma necessidade, tanto de manter a população informada, como a de encaminhar às autoridades competentes, dúvidas e questionamentos sobre as medidas tomadas. Para isso os parlamentares estão atentos às manifestações e opiniões publicadas via rede sociais. Entre essas dúvidas eu poderia citar, por exemplo, aquela sobre a aplicação de testes; como os interessados devem proceder. Um outro questionamento, além do andamento da campanha de vacinação é o seguinte: A sociedade quer saber para onde vai o dinheiro público, onde ele é aplicado. Nesse momento, em especial, há um interesse da sociedade em acompanhar o destino dos recursos que estão sendo transferidos para as prefeituras no combate à Pandemia. É tarefa do Legislativo acompanhar a aplicação dessas verbas, e informar a população, com total transparência. Nossa posição como presidente é de garantir total transparência no acesso às informações que sejam de interesse público.

    Como se dará a tratativa legal?

    Esta Comissão criada pela Câmara Municipal vai apresentar vários requerimentos aos orgãos competentes, solicitando informações e dados sobre cada etapa do processo de enfrentamento `a Pandemia, seja em relação a Testes, Vacinas, vagas nos hospitais, aplicação dos recursos... e outros assuntos que sejam de interesse da população.

    Já houve alguma iniciativa da Comissão, que o senhor pudesse nos adiantar aqui?

    Sim. o vereador Valdivino apresentou algumas dúvidas por parte da população sobre os critérios utilizados para decidir quem estava sendo vacinado nessa primeira fase, e se não havia desvio na lista obrigatória de vacinação. Eu liguei para a Secretária municipal de saúde, Jacqueline Luíza, solicitando um encontro com os membros da Comissão, para esclarecimentos dessas dúvidas. Ela prontamente atendeu ao nosso pedido. Nos reunimos nesta sexta-feira,12, na secretaria, e cada vereador pode fazer seus questionamentos sobre os critérios adotados.

    O que foi discutido na reunião?

    Uma das dúvidas, por exemplo, apresentada pela comissão, diz respeito aos critérios adotados para decidir quais os grupos devem ser vacinados inicialmente. Jacqueline explicou que está sendo seguido rigorosamente os critérios do Plano nacional de imunização. Primeiro foram vacinados os profissionais da linha de frente, posteriormente, foi a vez dos profissionais e funcionários das farmácias, clínicas de fisioterapia, Pilates, etc. Inclusive os funcionários das funerárias.

    Ainda em relação às vacinas, como acompanhar o andamento da campanha?

    Nós solicitamos à Secretária Jacqueline que seja criado um Vacinômetro, uma espécie de boletim diário informando quantas doses já foram aplicadas e quem já foi vacinado.

    Um boletim como ocorre na divulgação do número de casos confirmados, correto?

    Sim, isso mesmo. quantas doses chegaram essa semana, quantas pessoas já foram vacinadas; e ainda um cronograma com as datas de vacinação para cada faixa etária.

    E uma última pergunta, foi abordado nessa reunião o início da vacinação dos idosos?

    Sim. A secretária nos informou que os idosos serão vacinados em suas próprias casas. Os agentes de saúde estão percorrendo todos os bairros para fazer o cadastramento de toda a população acima dos 60 anos.

     

    Quando tomou posse no dia 1º de janeiro, a nova secretária municipal de saúde, Jaqueline Santos, ainda não dispunha dos sinais de que muito em breve estaria no olho do redemoinho, a chamada segunda onda da Pandemia. (Nem ela, nem a prefeita Denise Oliveira, que a nomeou para o cargo.) Pesava em seu favor, felizmente, o fato de ser funcionária de carreira na saúde municipal. Desse modo, na condição de chefe do setor epidemiológico da secretaria, teve a oportunidade de con-viver de perto com a escalada do Coronavírus no ano de 2020. As lições aprendidas lhe serviram de ferramenta para o enfrentamento, daquilo que podemos chamar o pior momento da crise pandêmica.

    Não é tarefa simples lidar diariamente com os inúmeros desafios que batem à sua porta. Para os leitores que ainda não a conhece, a entrevista que se segue, é uma oportunidade de saber o que pensa, e como está lidando com estes desafios. Jaqueline Santos falou à nossa reportagem, em entrevista gravada no dia 30 de março último. Veja.

     

    Qual é o diagnóstico hoje da pandemia na região do Alto Paranaíba, em relação à situação hospitalar e à disseminação do vírus?

    A situação no Alto Paranaíba ainda é crítica. Temos um número considerável de novos casos todos os dias. Temos observado, no entanto, uma leve tendência de queda nesses números, porém, uma situação de conforto ainda não ocorre. A situação ainda é preocupante, com pequenos sinais de redução.

    E em relação à disseminação do vírus?

    Vamos falar de São Gotardo. Hoje a taxa de transmissão é de 1 para 1. Isso significa que uma pessoa que testou positivo contamina uma outra. É uma taxa linear de transmissão, o que significa uma estabilidade no contágio. Quando essa proporção é maior, temos uma curva ascendente, o que não é o caso do município de São Gotardo. Na nossa microrregião, há cidades com maior número de casos, em curva ascendente, como em Carmo do Paranaíba. Outras, como Matutina e Santa Rosa da Serra a situação está sob controle, com taxa de transmissão inferior que 1 para 1.

    O atendimento hospitalar continua crítico?

    Sim. Hoje a ocupação dos leitos de UTI é de 100%. Isso, porque somos referência para a região. Nossos leitos atendem pacientes de vários municípios da micro e da macro região. (Proporcionalmente, uma média de 70 a 80% dos leitos estão sendo ocupados por pacientes de outros municípios).

    Não havendo vaga aqui, pacientes de São Gotardo que necessitem ser intubados, são transferidos para outras regiões, correto?

    Inicialmente o paciente é atendido na ala clínica, e quando agravado o quadro e for necessário o Tratamento intensivo, nós pleiteamos uma vaga em hospitais de outras regiões. A situação está cada vez mais estreita, e não está fácil encontrar vagas, pois em todo o Estado a situação é crítica.

    E as expectativas para os próximos 15 dias.

    Esperamos que com estas medidas restritivas, haja uma redução significativa, tanto dos casos leves como dos graves. Nossos dados atuais apontam para uma discreta redução, pelo menos por enquanto. A expectativa é que pelos próximos 15 dias essa redução seja mais evidente.

    O distanciamento social ainda é única forma de conter a disseminação do vírus; não há outra. Mesmo com a vacina, por algum tempo teremos que manter o distanciamento e evitar aglomerações.

    Apesar da gravidade da situação no estado e na região, São Gotardo tem apresentado números relativamente baixos (casos e internações). Como avalia?

    Ainda que os números apresentem certa estabilidade, São Gotardo não é um ente isolado. Estamos conectados permanentemente a outras cidades da região, do Estado e do Brasil. Temos um grande fluxo de pessoas que vem pra cá. Neste sentido, a preocupação deve ser constante.

    Principalmente devido à atividade econômica, esse fluxo é inevitável. Como monitorar a entrada de pessoas no município. É uma tarefa muito complexa, não?

    É muito difícil esse controle. As portas estão abertas tanto para aqueles que vêem somente a passeio ou para trabalho. Elas chegam das mais variadas formas, por vias legais e por vias clandestinas. Então, é quase impossível controlar esse fluxo de entrada. Estamos atentos a esse movimento, procurando monitorar aquilo que for possível.

    A segunda onda trouxe com ela uma nova ameaça, que são as variantes do vírus. Como a saúde municipal está lidando com este risco, principalmente considerando esse fluxo de migrantes de outras regiões onde a Variante P1 já tenha se disseminado?

    Quanto maior a circulação de pessoas, maior é o risco de contaminação. Laboratorialmente, ainda não identificamos variantes do vírus aqui em São Gotardo. Mas já observamos que as características do vírus nessa nova onda de contágio são diferentes. Temos uma doença mais agressiva, e eu diria até, que mais fulminante. Já tivemos alguns casos com esse padrão, onde o quadro se agrava muito rapidamente, levando inclusive, a óbito.

    Já foram realizados exames específicos para diagnosticar vírus com a variante P1?

    Ainda não fizemos nenhuma coleta de exame para determinar variante. Não sabemos se está circulando na região, ou não. Estes exames específicos cabem de uma iniciativa das autoridades epidemiológicas do Estado, e não do município.

    Hoje a saúde foca principalmente no atendimento da covid-19. E em relação aos pacientes que necessitam atenção médica, como cirurgias eletivas, tratamentos fora do domicílio?

    Não podemos negar, que devido à grande carga de trabalho envolvida no tratamento da Covid-19, tivemos que diminuir o atendimento de outros casos. Apenas os procedimentos de urgência estão sendo atendidos, tanto em relação às cirurgias eletivas como nos tratamentos fora de domicílio. Temos ofertado o básico, mantendo as consultas de especialidade e casos de menor complexidade, dentro das condições que a Pandemia nos permite.

    Mesmo porque, hoje há uma sobrecarga nos serviços hospitalares em todos os setores, inclusive de insumos e medicamentos; e não podemos comprometer o atendimento mais urgente com a Covid-19.

    A expectativa é de se chegar à faixa etária dos 60 anos ainda em abril. Alcançada esta etapa, a vacinação seguirá em escala descendente? E quanto ao grupo de pessoas que apresentam comorbidade, há previsão?

    Devemos chegar na faixa dos 60 anos em uma ou duas semanas no máximo. O governo deve partir então para os grupos específicos, como portadores de comorbidades , grupos de profissionais diferenciados como os da educação e da segurança. Já estamos fazendo um levantamento do numero de pessoas com comorbidades nas UBSs.

    A ciência já disse que não há eficácia comprovada com o chamado Tratamento precoce. Como a Secretaria municipal de saúde se orienta com relação ao tema?

    Não tem nenhum estudo robusto que comprove que esse tratamento utilizando determinadas drogas seja de fato efetivo, então a secretaria respeita a autonomia do médico. Ele é responsável, através da avaliação clinica individualizada de cada paciente, por determinar o que é melhor pra ele. Existem no nosso município médicos que adotaram assim a postura da utilização de algumas dessas drogas, outros, de jeito nenhum. A nossa secretaria não vai implantar esse protocolo de tratamento precoce, pois ela não acredita na efetividade nesse tipo de tratamento.

    Há o risco de faltar medicamentos e outros insumos, como oxigênio?

    A nossa situação não está confortável. Nós temos profissionais muito compromissados para que isso não falte. São coordenadores, farmacêuticos, médicos, enfermeiros, com atenção voltada 24 horas por dia, atentos para não deixar faltar insumos. Hoje no dia 30, não está faltando nada, nem oxigênio, nem medicamento para intubação. No entanto, dependemos da indústria farmacêutica. Se não tiver para nos vender nós não vamos ter de quem comprar. O que temos feito é restringir o acesso a alguns setores de saúde, como cirurgias eletivas. O foco é o atendimento ao paciente com Covid. Então, hoje, confortável não está, mais está sob controle.

     

     

    A ampliação do Fórum de São Gotardo só teria razão de ser, depois de confirmada a criação em Lei, de uma 2ª Vara. No ano de 2019, foi finalmente autorizada sua instalação, assim, a atual Vara Única passou a ter a denominação e a competência de 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais. Os processos e ações cíveis e criminais começaram a ser distribuídos igualmente entre esta unidade jurisdicional e a 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude, resguardadas as competências de cada uma.

    Orçado em R$8 milhões de reais, o projeto inclui uma ampla reforma do forúm Antônio Melgaço, inaugurado em 1974, e que, por quase 50 anos abrigou os serviços judiciais do município. Além desta reforma, um novo prédio será construído ao lado do atual. serão dois espaços em anexo, portanto, mais que dobrando a estrutura física do Fórum de São Gotardo. Os recursos para as obras, iniciadas nesse início de 2021, já estão garantidos no orçamento do TJMG.

    Esta empreitada, que hoje se desenrola em suas etapas finais, teve início em 2006. Foram necessários 15 anos, portanto, para que se chegasse a cume. Inevitável reconhecer que entre os vários protagonistas desta história se destaca o papel decisivo do desembargador Pedro Bernardes. Como ele bem lembrou na entrevista abaixo, concedida ao Jornal Daqui, foi preciso um persistente esforço até que fosse publicada a resolução de instalação: "até sua conclusão, foi preciso a aprovação pelo plenário do Tribunal de Justiça, da Assembleia Legislativa e da sansão do governador de minas". Foi graças ao empenho pessoal do desembargador que este complexo ritual chegasse a termo. Ele faz questão de ressaltar ainda o determinante empenho do presidente do TJMG à época, Dr. Nelson Missias de Morais, com quem diligenciou pessoalmente na consolidação do projeto.

    A instalação de 2ª Vara é um marco divisor para a Justiça Local. Há décadas, convém lembrar, vinha sendo reclamada esta mudança. A partir dos anos de 1970, houve um crescimento sempre ascendente na demanda por serviços judiciais, o que não foi acompanhando na mesma medida com melhorias na capacidade de atendimento, levando ano a ano à uma saturação do sistema. Convém ainda ressaltar que a Comarça, por mais de 80 anos permaneceu com apenas um juiz. Ela foi constituída no ano de 1936.

    Com o início das obras, entramos em contato com Pedro Bernardes para falar sobre esta etapa decisiva em um processo que começou lá em 2006. Veja a entrevista:

    forum01Área na parte traseira do Fórum, onde será construído um novo prédio.

    Entrevista - Pedro Bernardes - Desembargador de justiça

    forum02

    A reforma e ampliação do Fórum de São Gotardo deixa de ser projeto para se tornar realidade. Como o senhor recebeu a notícia do sinal verde para o início das obras?

    Para grande alegria nossa, estamos agora realizando a concretização desse sonho, que é a reforma do atual e a construção de um novo fórum. É para mim uma gratidão pessoal, pois no dia da sua inauguração, em 1974, eu fui uma das crianças, acompanhado de outros alunos da escola onde estudava, que aí foram para prestigiar as autoridades presentes no evento. Eu jamais poderia imaginar naquele momento, criança humilde e pobre que era, que um dia pudesse participar diretamente da construção do novo fórum. É uma felicidade muito grande poder ocupar a posição que hoje ocupo, e poder retribuir à esta cidade que tanto amo.

    Os recursos, da ordem de R$8 milhões de reais, já estão garantidos, correto?

    A criação de uma nova Vara importa em uma despesa muito alta para o Tribunal. Estamos falando de uma despesa mensal, com pagamento de salários para um novo juiz, um novo promotor, oficiais de justiça, além de outros custos de manutenção. Além desta folha de despesas, o Tribunal está despendendo um volume considerável de recursos para as obras que agora se iniciam. A construção do Fórum está orçada em R$8 milhões de reais. Respondendo a sua pergunta, sim estes recursos já estão garantidos pelo Tribunal.

    São inúmeros os fatores que justificam e reforçam a premência deste projeto, não é isso doutor?

    O crescimento de São Gotardo nas últimas décadas é extraordinário. Basta citar, por exemplo, o distrito de Guarda dos Ferreiros, que já é do porte de uma cidade. Com isso, o aumento do serviço judiciário foi enorme. Hoje temos mais de 10 mil processos aguardando decisão. Temos hoje em São Gotardo uma faculdade de direito, ampliando o número de advogados, e esses profissionais precisam de uma resposta rápida. Essas novas empresas, novas atividades, instaladas com o crescimento econômico do município... Com o aumento da população, houve também um aumento da criminalidade. Acredito que com uma maior agilidade da Justiça, também a estrutura da área de segurança, das polícias civil e militar, deverá receber melhorias para acompanhar essa maior agilidade no andamento dos processos e consequente solução das demandas judiciais.

    Ao longo dos últimos 50 anos houve também um aprimoramento e ampliação do Código de leis. Fazer frente à esta conquista de mais direitos por parte da sociedade, reclama uma justiça mais eficiente,não?

    O povo hoje clama por uma justiça rápida, célere e eficiente. São buscas da cidadania.

    A Justiça tem duas frentes: a frente criminal que procura reprimir a criminalidade, punir os faltosos com a lei, e a área cível, onde as pessoas buscam zelar pelo seu patrimônio, pelo seu sustento. Então, essas duas áreas são importantíssimas. Quando uma pessoa aguarda uma decisão judicial para ter acesso a um recurso financeiro que é seu por direito, é importante que ele venha o mais rápido possível, porque a gente sabe da carência do povo.

    Quando foi criado o fórum de São Gotardo não havia Código do consumidor, nem se pensava nisso. Nem se pensava em direito do consumidor. Quantas nova demandas, quanto trabalho se dá aos juízes aí de São Gotardo em virtude do Código de defesa do consumidor. Então, as leis são criadas, os direitos são criados, e é preciso aparato social pra fazer cumprir essas leis .

    Nesse sentido, a gente pode dizer que o novo fórum é uma conquista da Comarca e de São Gotardo

    Não tenha dúvida nenhuma , é uma conquista histórica. É algo extraordinário para nosso povo de São Gotardo a aquisição de mais uma Vara e a reestruturação e ampliação do ambiente físico do novo fórum. Os juízes , os advogados , os promotores, todos os operadores do direito terão espaço excelente para o trabalho, e terão excelentes condições de desenvolver suas atividades.

    Mesmo reconhecendo o esforço de tantos outros, foi imprescindível que um jurista daqui de São Gotardo alcançasse postos de decisão para sensibilizar o TJMG sobre a necessidade e urgência, tanto da instalação de uma 2ª Vara como da reestruturação do espaço físico do Fórum?

    Trabalhar pela cidade da gente , trabalhar pelo estado, pelo nosso país é sempre motivo de orgulho. É o que a gente leva dessa vida.

    Me senti muito honrado em trabalhar pela minha cidade, em trabalhar pelo meu povo, em poder contribuir para que possa ter aí em São Gotardo um novo Fórum, com dois juízes , dois promotores , além de duplicar o número de funcionários. Nenhuma homenagem que recebo tem mais valor do que a honra por ter contribuído nesse processo para que São Gotardo adquirisse a segunda vara, e alçar da primeira para segunda entrância. É um enorme salto. Trago comigo uma enorme satisfação, enorme alegria de ser o primeiro desembargador da história de São Gotardo.

    Este sentimento de gratidão é recíproco por parte do povo de São Gotardo, Dr. Pedro.

    Quero aproveitar, José Eugênio, este espaço para mais uma vez agradecer ao então presidente Nelson Missias, que possibilitou a realização desta conquista. Agradeço muito também ao atual presidente do TJMG, Gilson Lemes, que está implementando e dando continuidade as obras. Ele está empenhadíssimo em sua conclusão já para o próximo ano. E eu sou muito grato a eles e creio, que o povo de São Gotardo é grato tanto ao desembargador Nelson, quanto ao desembargador Gilson.

     

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