A Pandemia do Coronavírus afeta diretamente toda a cadeia produtiva, principalmente nos setores de bens e produtos considerados não essenciais. Fábricas operam em escala reduzida, produzindo menos. Com isso, diminui a oferta e circulação de mercadorias. Atraso na entrega, alta de preços e redução de itens no catálogo são sintomas mais evidentes dos impactos da pandemia no mercado. Em São Gotardo já é possível perceber esta combinação de fatores em vários segmentos do comércio: Produtos industrializados estão sumindo das prateleiras.
Nossa reportagem conversou com vários empresários sobre o assunto. No setor da construção civil, por exemplo, alguns produtos como o cimento apresentaram alta de 50% no valor final ao consumidor. Isso significa menos cimento no mercado. Além disso o setor está com dificuldades na reposição de vários outros itens na prateleira. Também as lojas de móveis e eletrodomésticos passam pela mesma situação.
Sim, está tendo muita falta de mercadoria. A gente liga pra fabrica e eles estão pedindo prazo de 30,60, até 90 dias pra entregar. Não dão nem previsão de quando vão fornecer a mercadoria pra gente; está dessa forma.
Todos os segmentos estão da mesma forma, não tem nenhum que está mais brando, todas estão pedindo prazo e não está tendo prazo para entregar não.
Sim, está tendo um aumento muito expressivo. Chega mercadoria que nós fizemos a conta, chega 40%. Agora, o cimento é uma das coisas que mais está tendo aumento, e não está tendo de sobra pra gente atender a população não.
Está sim, hoje mesmo está tendo falta de material. estamos em falta de tubos, falta cimento, madeira de pinhos, piso, algumas conexões pra tubos, canos também estão em falta, fios elétricos também está em falta e tem outras coisa que agora não estou me lembrando. Mas felizmente sempre temos outras opções de produtos para oferecer aos clientes.
As vendas não caíram. O que tem na loja o pessoal está buscando. Se o cliente chega aqui pra escolher piso, ele leva o que tem. A população está desse jeito, é isso que está acontecendo, não caíram as vendas.
O que eu oriento aos meus clientes é que tenham calma, não chegar e comprar o que tiver. Eu acredito que quanto mais comprar, mais vai aumentar os preços, e mais vai faltar os produtos . Então, nós orientamos pra ter mais calma.
Estamos passando por um momento um pouco complicado devido ao desabastecimento de mercadoria, o que se deve à falta de matéria prima nas fabricas, que não estão chegando a tempo. Acredito que as fabricas reduziram muito o quadro de funcionários, elevando o valor da mão de obra, com isso, alguns produtos apresentam uma pequena elevação de preços.
Sim, a linha branca que a gente trabalha, como Máquina de lavar, refrigeradores; a linha marrom, como fogões, e também a linha de eletro-portáteis, e também celulares.
Não, os nossos clientes continuam comprando, mas às vezes, não temos o produto desejado pra entregar. Muitas fábricas estão pedindo tempo de reposição de 60 dias, e muitas delas já nos comunicaram que as entregas serão somente para o próximo ano. Apesar disso, estamos conseguindo manter uma grande variedade de opções para os nossos clientes, e evitando, sempre que possível, aumentos no preço dos produtos.
A Pandemia do Coronavírus afeta diretamente toda a cadeia produtiva, principalmente nos setores de bens e produtos considerados não essenciais. Fábricas operam em escala reduzida, produzindo menos. Com isso, diminui a oferta e circulação de mercadorias. Atraso na entrega, alta de preços e redução de itens no catálogo são sintomas mais evidentes dos impactos da pandemia no mercado. Em São Gotardo já é possível perceber esta combinação de fatores em vários segmentos do comércio: Produtos industrializados estão sumindo das prateleiras.
Nossa reportagem conversou com vários empresários sobre o assunto. No setor da construção civil, por exemplo, alguns produtos como o cimento apresentaram alta de 50% no valor final ao consumidor. Isso significa menos cimento no mercado. Além disso o setor está com dificuldades na reposição de vários outros itens na prateleira. Também as lojas de móveis e eletrodomésticos passam pela mesma situação.
Sim, está tendo muita falta de mercadoria. A gente liga pra fabrica e eles estão pedindo prazo de 30,60, até 90 dias pra entregar. Não dão nem previsão de quando vão fornecer a mercadoria pra gente; está dessa forma.
Todos os segmentos estão da mesma forma, não tem nenhum que está mais brando, todas estão pedindo prazo e não está tendo prazo para entregar não.
Sim, está tendo um aumento muito expressivo. Chega mercadoria que nós fizemos a conta, chega 40%. Agora, o cimento é uma das coisas que mais está tendo aumento, e não está tendo de sobra pra gente atender a população não.
Está sim, hoje mesmo está tendo falta de material. estamos em falta de tubos, falta cimento, madeira de pinhos, piso, algumas conexões pra tubos, canos também estão em falta, fios elétricos também está em falta e tem outras coisa que agora não estou me lembrando. Mas felizmente sempre temos outras opções de produtos para oferecer aos clientes.
As vendas não caíram. O que tem na loja o pessoal está buscando. Se o cliente chega aqui pra escolher piso, ele leva o que tem. A população está desse jeito, é isso que está acontecendo, não caíram as vendas.
O que eu oriento aos meus clientes é que tenham calma, não chegar e comprar o que tiver. Eu acredito que quanto mais comprar, mais vai aumentar os preços, e mais vai faltar os produtos . Então, nós orientamos pra ter mais calma.
Estamos passando por um momento um pouco complicado devido ao desabastecimento de mercadoria, o que se deve à falta de matéria prima nas fabricas, que não estão chegando a tempo. Acredito que as fabricas reduziram muito o quadro de funcionários, elevando o valor da mão de obra, com isso, alguns produtos apresentam uma pequena elevação de preços.
Sim, a linha branca que a gente trabalha, como Máquina de lavar, refrigeradores; a linha marrom, como fogões, e também a linha de eletro-portáteis, e também celulares.
Não, os nossos clientes continuam comprando, mas às vezes, não temos o produto desejado pra entregar. Muitas fábricas estão pedindo tempo de reposição de 60 dias, e muitas delas já nos comunicaram que as entregas serão somente para o próximo ano. Apesar disso, estamos conseguindo manter uma grande variedade de opções para os nossos clientes, e evitando, sempre que possível, aumentos no preço dos produtos.
Os danos ocasionados pelo novo Coronavírus atingem a sociedade como um todo, sem distinção. O cotidiano, os hábitos, a convivência familiar e social, o trabalho, o lazer... nada está imune. Assistimos nos últimos quatro meses - e continuamos assistindo hoje - o desenrolar e desdobramentos de um filme que assusta e nos provoca calafrios. Nossa capacidade reação está em xeque; estamos sendo testados, desafiados por um vírus microscópico. Assim como no resto do Brasil e no mundo, aqui em São Gotardo, os impactos da Pandemia revela peculiaridades locais.
Já sabemos hoje que o vírus escolhe como ambiente preferencial os espaços e meios por onde transitam aglomerações de pessoas. Escolas, Igrejas, Eventos e festas, Casas noturnas, Restaurantes, clubes e academias, e claro, o frenético vai e vem no centro da cidade. Circundando este extenso rol de espaços sociais orbita o cidadão comum, o empresário, o trabalhador, a dona de casa, crianças... Ninguém está ileso. Ainda carecemos de estudos que quantifiquem esses impactos.
Este é o dilema imposto ao Comitê Gestor e às autoridades públicas: o que, e quando restringir ou flexibilizar. Como evitar os riscos de contágio pelo vírus sem colapsar o sistema socioeconômico? Dando uma rápida olhada no cronograma de decisões tomadas até agora é possível perceber um vai e vem de avanços e recuos; pra alguns, mais, pra outros, menos. De fato, houve mais flexibilização ao longo dos quatro meses iniciais de pandemia que restrição, isso, levando-se em conta o mercado de 'não essenciais'. As medidas, no entanto, não impactaram de maneira uniforme. Os lojistas por exemplo, não têm do que reclamar: permaneceram com seus estabelecimentos abertos em 14 das 16 semanas de quarentena, até agora. No quadro abaixo listamos as medidas tomadas referentes à abertura e fechamento em cada setor:
CRONOGRAMA DE ABERTURA E FECHAMENTO NO COMÉRCIO |
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Observando o quadro acima, os restaurantes(pizzarias,etc), por exemplo, tiveram suas atividades praticamente interrompidas do dia 18 de março até 8 de junho, sendo autorizado apenas entregas delivery e atendimento na porta . Ao todo, são 25 empresas atingidas, amargando uma queda de cerca de 80% nos negócios. Esta queda provocou uma demissão em massa em seu quadro de funcionários. Além de restaurantes, a lista inclui padarias,lanchonetes, pizzarias e fastfoods.
Mais recentemente, com a implantação do Toque de recolher a partir do dia 22 de junho, restringiu-se também a entrega de comida pronta via delivery.
De acordo com os empresários Soraia Carvalho e Alexandre Braga, donos do restaurante Tempero do Chef, houve uma queda de 70% no movimento: "Tivemos que demitir oito funcionários de nosso quadro. Fomos muito prejudicados e acredito que a grande maioria de nós desse ramo. Estamos todos devendo , com contas pra pagar" desabafam.
Ao limitar o horário de atendimento com o Toque de recolher, os estabelecimentos que vendem comida pronta ficaram praticamente impedidos de comercializar seus produtos no período noturno.
Esta semana um grupo de 25 empresários do setor protocolaram um requerimento pedindo mudanças no decreto 141, de 6 de julho. No documento, eles alegam que as recentes proibições do funcionamento a partir das 21h estão trazendo sérios prejuízos, levando muitos deles a fecharem suas portas. Eles pedem que seja permitido a entrega via Delivey de produtos alimentícios até as 23h.
Eles sugerem que seja feito um cadastro dos profissionais(entregadores e funcionários) como forma de controlar o serviço de entrega, sem com isso, contravir o Toque de Recolher.
O requerimento é assinado pelo procurador do grupo de empresários, o advogado Carlos Eduardo Borges Pereira.
" - O ponto positivo é que podendo montar o buffet. O cliente que não gosta ou já está cansado de marmita pode escolher os pratos que desejar. Então assim, temos uma grande chance de sobressair nessa crise , conseguindo pagar o mínimo das despesas, matéria prima e funcionários. "
"O ponto negativo : O DELIVERY NÃO ESTÁ funcionando. De acordo com os últimos decretos , esse horário até as 21:00 não dá prazo nem de pegar o mínimo de pedidos. Portanto fomos muito prejudicados e acredito que a grande maioria de nós desse ramo. O que pedimos é aumentar o horário do delivery da noite para as 23:00, para que possamos trabalhar com tranquilidade. E para o dia , ir dando mais flexibilidade de espaço para o almoço. Com todos os cuidados que tomamos de higienização acredito que representamos bem menos riso de contagio do que um supermercado , fila de banco e filas lotéricas."
Soraia Carvalho e Alexandre Braga Restaurante Tempero do Chef
" Nosso estabelecimento empregava 16 funcionários com carteira assinada, mais 6 free lancer pra sexta e sábado. Dos 16, hoje tem apenas 4. Nosso necessidade do momento é apenas estender esse horário de delivery. Não estamos pedindo pra abrir o comércio, e nem para vender bebida alcoólica. Pedimos o mínimo."
Carlos Eduardo
Imperius(restaurante e Casa noturna)
Os danos ocasionados pelo novo Coronavírus atingem a sociedade como um todo, sem distinção. O cotidiano, os hábitos, a convivência familiar e social, o trabalho, o lazer... nada está imune. Assistimos nos últimos quatro meses - e continuamos assistindo hoje - o desenrolar e desdobramentos de um filme que assusta e nos provoca calafrios. Nossa capacidade reação está em xeque; estamos sendo testados, desafiados por um vírus microscópico. Assim como no resto do Brasil e no mundo, aqui em São Gotardo, os impactos da Pandemia revela peculiaridades locais.
Já sabemos hoje que o vírus escolhe como ambiente preferencial os espaços e meios por onde transitam aglomerações de pessoas. Escolas, Igrejas, Eventos e festas, Casas noturnas, Restaurantes, clubes e academias, e claro, o frenético vai e vem no centro da cidade. Circundando este extenso rol de espaços sociais orbita o cidadão comum, o empresário, o trabalhador, a dona de casa, crianças... Ninguém está ileso. Ainda carecemos de estudos que quantifiquem esses impactos.
Este é o dilema imposto ao Comitê Gestor e às autoridades públicas: o que, e quando restringir ou flexibilizar. Como evitar os riscos de contágio pelo vírus sem colapsar o sistema socioeconômico? Dando uma rápida olhada no cronograma de decisões tomadas até agora é possível perceber um vai e vem de avanços e recuos; pra alguns, mais, pra outros, menos. De fato, houve mais flexibilização ao longo dos quatro meses iniciais de pandemia que restrição, isso, levando-se em conta o mercado de 'não essenciais'. As medidas, no entanto, não impactaram de maneira uniforme. Os lojistas por exemplo, não têm do que reclamar: permaneceram com seus estabelecimentos abertos em 14 das 16 semanas de quarentena, até agora. No quadro abaixo listamos as medidas tomadas referentes à abertura e fechamento em cada setor:
CRONOGRAMA DE ABERTURA E FECHAMENTO NO COMÉRCIO |
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Observando o quadro acima, os restaurantes(pizzarias,etc), por exemplo, tiveram suas atividades praticamente interrompidas do dia 18 de março até 8 de junho, sendo autorizado apenas entregas delivery e atendimento na porta . Ao todo, são 25 empresas atingidas, amargando uma queda de cerca de 80% nos negócios. Esta queda provocou uma demissão em massa em seu quadro de funcionários. Além de restaurantes, a lista inclui padarias,lanchonetes, pizzarias e fastfoods.
Mais recentemente, com a implantação do Toque de recolher a partir do dia 22 de junho, restringiu-se também a entrega de comida pronta via delivery.
De acordo com os empresários Soraia Carvalho e Alexandre Braga, donos do restaurante Tempero do Chef, houve uma queda de 70% no movimento: "Tivemos que demitir oito funcionários de nosso quadro. Fomos muito prejudicados e acredito que a grande maioria de nós desse ramo. Estamos todos devendo , com contas pra pagar" desabafam.
Ao limitar o horário de atendimento com o Toque de recolher, os estabelecimentos que vendem comida pronta ficaram praticamente impedidos de comercializar seus produtos no período noturno.
Esta semana um grupo de 25 empresários do setor protocolaram um requerimento pedindo mudanças no decreto 141, de 6 de julho. No documento, eles alegam que as recentes proibições do funcionamento a partir das 21h estão trazendo sérios prejuízos, levando muitos deles a fecharem suas portas. Eles pedem que seja permitido a entrega via Delivey de produtos alimentícios até as 23h.
Eles sugerem que seja feito um cadastro dos profissionais(entregadores e funcionários) como forma de controlar o serviço de entrega, sem com isso, contravir o Toque de Recolher.
O requerimento é assinado pelo procurador do grupo de empresários, o advogado Carlos Eduardo Borges Pereira.
" - O ponto positivo é que podendo montar o buffet. O cliente que não gosta ou já está cansado de marmita pode escolher os pratos que desejar. Então assim, temos uma grande chance de sobressair nessa crise , conseguindo pagar o mínimo das despesas, matéria prima e funcionários. "
"O ponto negativo : O DELIVERY NÃO ESTÁ funcionando. De acordo com os últimos decretos , esse horário até as 21:00 não dá prazo nem de pegar o mínimo de pedidos. Portanto fomos muito prejudicados e acredito que a grande maioria de nós desse ramo. O que pedimos é aumentar o horário do delivery da noite para as 23:00, para que possamos trabalhar com tranquilidade. E para o dia , ir dando mais flexibilidade de espaço para o almoço. Com todos os cuidados que tomamos de higienização acredito que representamos bem menos riso de contagio do que um supermercado , fila de banco e filas lotéricas."
Soraia Carvalho e Alexandre Braga Restaurante Tempero do Chef
" Nosso estabelecimento empregava 16 funcionários com carteira assinada, mais 6 free lancer pra sexta e sábado. Dos 16, hoje tem apenas 4. Nosso necessidade do momento é apenas estender esse horário de delivery. Não estamos pedindo pra abrir o comércio, e nem para vender bebida alcoólica. Pedimos o mínimo."
Carlos Eduardo
Imperius(restaurante e Casa noturna)
Hoje, 90% dos leitos de UTI já estão ocupados, e o único plano B à vista depende da conclusão de projetos em andamento e que devem ampliar a oferta desse tipo de atendimento. O Jornal Daqui conversou com a superintendente regional da saúde, Noemi Portilho. Na entrevista, ela fala da situação atual na chamada região noroeste, e das medidas em curso. Veja:
Nós somos uma macrorregião composta por 33 municípios, se estendendo de Santa Rosa da Serra até o município de Formoso, no norte de Minas, próximo à divisa com a Bahia. Em sua maioria são municípios de baixa densidade populacional, mas que somados, alcançam um universo de 700 mil habitantes. E toda essa população depende, nos serviços de alta complexidade, principalmente de Leitos de UTI de Patos de Minas. Os únicos municípios que dispõem de Leitos hoje são Patos de Minas, através do Hospital regional Antônio Dias, com 19 leitos de UTI, e do Hospital São Lucas, também conveniado com o SUS, que dispõe de 30 leitos de UTI. Além destes, o Hospital de Paracatu, com 8 Leitos. Estes são os leitos que dispomos hoje. Para atendimento da Covid-19, só temos 10 leitos no hospital regional e 1 leito em paracatu. Ou seja, para atender a esta população de 700 mil habitantes, só dispomos de 11 leitos de UTI
Para atendimento geral, a taxa de ocupação é de 90%. Já em relação às vagas de leitos para atendimento exclusivo para a Covid-19, nossa taxa de ocupação hoje é de 40 a 50%(dados do dia 1 de junho. nesta semana a taxa de ocupação já alcança 90% da capacidade). A nossa sorte é que até o momento, os pacientes contaminados vem apresentando quadros de leve a moderado. Não estamos registrando um grande número de casos graves, como temos visto em outras regiões. As previsões, no entanto, apontam para um aumento desses casos. Por essa razão, estamos trabalhando para ampliar a oferta de Leitos de UTI na nossa região. Como iniciativas que merecem destaque podemos citar a cidade São Gotardo, por exemplo, que está trabalhando para implantar 10 leitos. E ainda, 10 leitos em João Pinheiro, e mais 10 leitos em Unaí.
Em relação a estes projetos ainda não há uma previsão de quando estes leitos estarão disponíveis, correto?
Tudo em processo de compra. Mas estamos esperançosos que sejam concluídos o mais rápido possível. Gostaria de citar também que a Santa Casa de Carmo do Paranaíba está tentando montar alguns leitos de UTI. Nossa expectativa é que até junho, alguns destes leitos já estejam prontos.
Mas hoje, a oferta de leitos é muito restrita, não?
Hoje, nós só podemos contar com 11 leitos de UTI, pra toda essa região.
Dada a interdependência das cidades que compõem esta macrorregião, os moradores de São Gotardo estão no mesmo barco, ao lado de centenas de milhares de moradores das outras cidades. Sendo assim, o que ocorre lá, nos afeta aqui. Há uma política de uniformização das medidas de controle da disseminação do vírus?
Cada chefe do executivo municipal tem autonomia sobre sua cidade. Porém, o programa 'Minas consciente' estipula alguns parâmetros, como em relação à reabertura do comércio, por exemplo. Nós fizemos uma reunião com os prefeitos, a cerca de duas semanas, exatamente para discutir a necessidade de adesão ao programa estadual. Ele não é imposto, o prefeito pode ou não aderir. Nossa posição é que haja uma uniformidade de todos os municípios na aplicação dos protocolos deste programa. Apesar de terem autonomia, todos dependem assistencialmente um dos outros.
Apesar dos números oficiais indicarem que temos uma situação de certa maneira confortável em nossa região, a gente sabe que o número de casos reais pode ser até 7 vezes maior, ou mais. Precisamos estar alertas. Se ocorrer um aumento no número de casos graves nós não temos estrutura hospitalar para atender.
Nosso plano B são estes leitos que estão em fase de implantação nas cidades que mencionei a pouco. Este é o nosso plano B.
Sim. Estamos correndo contra o tempo.
Hoje estamos com uma segurança um pouco maior, pois com a entrada da UFV na execução de testes de laboratório, estamos tendo uma maior agilidade nos resultados. Isso foi muito bom, porque está nos ajudando a monitorar os casos com maior rapidez. Com 24h, já temos o resultado.
Nós temos um protocolo pra seguir. Hoje estamos priorizando alguns grupos específicos, como o de idosos, profissionais da saúde e da segurança e pacientes sintomáticos.
Quando tivermos uma situação mais controlada, aí sim, poderemos ampliar o número de testes.
Hoje, 90% dos leitos de UTI já estão ocupados, e o único plano B à vista depende da conclusão de projetos em andamento e que devem ampliar a oferta desse tipo de atendimento. O Jornal Daqui conversou com a superintendente regional da saúde, Noemi Portilho. Na entrevista, ela fala da situação atual na chamada região noroeste, e das medidas em curso. Veja:
Nós somos uma macrorregião composta por 33 municípios, se estendendo de Santa Rosa da Serra até o município de Formoso, no norte de Minas, próximo à divisa com a Bahia. Em sua maioria são municípios de baixa densidade populacional, mas que somados, alcançam um universo de 700 mil habitantes. E toda essa população depende, nos serviços de alta complexidade, principalmente de Leitos de UTI de Patos de Minas. Os únicos municípios que dispõem de Leitos hoje são Patos de Minas, através do Hospital regional Antônio Dias, com 19 leitos de UTI, e do Hospital São Lucas, também conveniado com o SUS, que dispõe de 30 leitos de UTI. Além destes, o Hospital de Paracatu, com 8 Leitos. Estes são os leitos que dispomos hoje. Para atendimento da Covid-19, só temos 10 leitos no hospital regional e 1 leito em paracatu. Ou seja, para atender a esta população de 700 mil habitantes, só dispomos de 11 leitos de UTI
Para atendimento geral, a taxa de ocupação é de 90%. Já em relação às vagas de leitos para atendimento exclusivo para a Covid-19, nossa taxa de ocupação hoje é de 40 a 50%(dados do dia 1 de junho. nesta semana a taxa de ocupação já alcança 90% da capacidade). A nossa sorte é que até o momento, os pacientes contaminados vem apresentando quadros de leve a moderado. Não estamos registrando um grande número de casos graves, como temos visto em outras regiões. As previsões, no entanto, apontam para um aumento desses casos. Por essa razão, estamos trabalhando para ampliar a oferta de Leitos de UTI na nossa região. Como iniciativas que merecem destaque podemos citar a cidade São Gotardo, por exemplo, que está trabalhando para implantar 10 leitos. E ainda, 10 leitos em João Pinheiro, e mais 10 leitos em Unaí.
Em relação a estes projetos ainda não há uma previsão de quando estes leitos estarão disponíveis, correto?
Tudo em processo de compra. Mas estamos esperançosos que sejam concluídos o mais rápido possível. Gostaria de citar também que a Santa Casa de Carmo do Paranaíba está tentando montar alguns leitos de UTI. Nossa expectativa é que até junho, alguns destes leitos já estejam prontos.
Mas hoje, a oferta de leitos é muito restrita, não?
Hoje, nós só podemos contar com 11 leitos de UTI, pra toda essa região.
Dada a interdependência das cidades que compõem esta macrorregião, os moradores de São Gotardo estão no mesmo barco, ao lado de centenas de milhares de moradores das outras cidades. Sendo assim, o que ocorre lá, nos afeta aqui. Há uma política de uniformização das medidas de controle da disseminação do vírus?
Cada chefe do executivo municipal tem autonomia sobre sua cidade. Porém, o programa 'Minas consciente' estipula alguns parâmetros, como em relação à reabertura do comércio, por exemplo. Nós fizemos uma reunião com os prefeitos, a cerca de duas semanas, exatamente para discutir a necessidade de adesão ao programa estadual. Ele não é imposto, o prefeito pode ou não aderir. Nossa posição é que haja uma uniformidade de todos os municípios na aplicação dos protocolos deste programa. Apesar de terem autonomia, todos dependem assistencialmente um dos outros.
Apesar dos números oficiais indicarem que temos uma situação de certa maneira confortável em nossa região, a gente sabe que o número de casos reais pode ser até 7 vezes maior, ou mais. Precisamos estar alertas. Se ocorrer um aumento no número de casos graves nós não temos estrutura hospitalar para atender.
Nosso plano B são estes leitos que estão em fase de implantação nas cidades que mencionei a pouco. Este é o nosso plano B.
Sim. Estamos correndo contra o tempo.
Hoje estamos com uma segurança um pouco maior, pois com a entrada da UFV na execução de testes de laboratório, estamos tendo uma maior agilidade nos resultados. Isso foi muito bom, porque está nos ajudando a monitorar os casos com maior rapidez. Com 24h, já temos o resultado.
Nós temos um protocolo pra seguir. Hoje estamos priorizando alguns grupos específicos, como o de idosos, profissionais da saúde e da segurança e pacientes sintomáticos.
Quando tivermos uma situação mais controlada, aí sim, poderemos ampliar o número de testes.
No carro sozinho, não é necessário uso de máscara; equipamento é obrigatório se outra pessoa estiver junto.
Se for necessário sair de carro devo conduzir de máscara, com os vidros abertos ou fechados com ar-condicionado ligado? Se estiver com as janelas abertas e passar por uma aglomeração, devo fechá-las?
Infectologista do Hospital das Clínicas da USP e do Hospital do Servidor Público Estadual, Thais Guimarães afirma que, se a pessoa estiver sozinha no carro, pode conduzir com as janelas abertas ou fechadas, e não precisa de máscara.
Se houver outra pessoa no carro, o ideal é que o motorista porte máscara e deixe os vidros abertos para maior circulação do ar.
Se a pessoa estiver sozinha no carro ao passar por aglomeração, o ideal é que esteja de vidro fechado. Se tiver outra pessoa junto, a regra é a mesma acima, de manter os vidros abertos para circulação de ar.
A médica ressalta que o tempo de passagem próximo à aglomeração irá interferir também. Se for apenas breve, não devem existir maiores riscos. (Ana Bottallo)
Em São Gotardo menosprezou-se o risco - iminente - de contaminação pela COVID-19. Por pressão dos comerciantes, que ignoraram todos os alertas, as autoridades públicas decretaram o relaxamento das medidas restritivas do Isolamento social. Esta decisão não levou em conta o que já é sabido de todos: qualquer medida tomada hoje demora pelo menos 15 dias para ter efeitos observáveis e, quando revertida, demora mais 15 dias para que os efeitos da reversão sejam sentidos na prática. Este efeito de retardo, somado à demora nos diagnósticos dos testes de casos suspeitos nos leva a algumas conclusões:
Diante destas constatações não resta outra alternativa senão, endurecer as regras do confinamento social, o mais rápido possível.
As farmácias, em pesquisa realizada ontem, não dispõem em seus estoques do equipamento de proteção. Não há outra alternativa portanto, que não, as máscaras caseiras. Diante da enorme procura, seria recomendável uma ação no sentido de se incentivar, através de parceria com fábricas de confecção e costureiras, um programa de produção em larga escala, facilitando ao máximo de pessoas o acesso à este importante dispositivo de proteção. Ainda mais se levamos em conta que o produto está em falta no mercado.
Com o avanço da pandemia ficamos sabendo que as altas taxas de infecção têm a ver com a transmissão do vírus por portadores assintomáticos. Mesmo que a pessoa não espirre, pode haver ejeção do agente infeccioso pela respiração e sua deposição sobre superfícies.
Não é tanto para evitar a inspiração de vírus no ar que as máscaras têm mais serventia, mas para diminuir a veiculação de gotículas diminutas contendo o CoV-2 expelidas por contaminados sem sintomas.
O dispositivo não elimina a necessidade do isolamento social e da higiene das mãos, mas seu uso por grande contingente da população traria um reforço na luta contra a Covid-19.
Os consumidores estão vulneráveis neste momento de crise. Esta e outras considerações fundamentam os dois ofícios encaminhados às empresas COPASA e CEMIG, onde se recomenda "suspender, imediata e preventivamente, enquanto perdurar a situação de pandemia, as ordens de serviço de cortes ao abastecimento de água e energia elétrica dos usuários, independentemente do motivo, objetivando a proteção da vida, saúde e segurança da população mineira, dos riscos de contágio da doença."
O Ministério Público recomenda também que as empresas garantam o acesso à água e energia elétrica, como medida indispensável para as famílias ficarem em casa e adotarem as boas práticas de prevenção da doença.
Os dois ofícios encaminhados à COPASA E CEMIG são assinados pela promotora de justiça da comarca de São Gotardo, thaiza Goulart Soares Machado.