Quem transita pela rodovia que passa ao lado da Usina do Abaeté, deve redobrar os cuidados. A ponte localizada logo abaixo da barragem apresenta alto risco de acidente. Além de ser estreita, em suas laterais não há qualquer tipo de proteção, como 'Guard rail' . Pra se ter ideia do perigo, em três ocasiões, em pouco mais de um ano, veículos despencaram no desfiladeiro que margeia a referida ponte. Em um desses acidentes um dos motoristas perdeu a vida.
Mais recentemente, neste mês de março, a PM foi acionada a comparecer na Ponte da Usina do Abaeté, onde uma caminhonete GM/S10 branca, após seu condutor perder o controle da direção, caiu da ponte e chocou-se contras as pedras no curso d'água.
O condutor relatou que deslocava, juntamente com a esposa e o sogro, pela estrada vicinal que liga a Rodovia BR 354 ao distrito de Abaeté dos Venâncios, quando passou por um quebra-molas próximo à ponte da usina, perdeu o controle da direção e sua caminhonete deslocou para a esquerda da ponte. Por não haver barreira física na ponte (guard rail), o veículo tombou para a esquerda e caiu, chocando-se contra as pedras no curso d'água.
Os três foram encaminhados ao Pronto Socorro Municipal de São Gotardo, onde foram atendidos, medicados e liberados. Eles tiveram apenas ferimentos leves.
Em fevereiro do ano passado, um veículo com 04 ocupantes veio a cair neste mesmo local.
O condutor do veículo, um homem de 32 anos, residente em São Gotardo, não conseguiu sair de dentro do veículo, vindo a óbito no local. Ainda em janeiro de 2020, um motorista de uma camionete perdeu o controle da direção, vindo a cair na ribanceira que margeia a mesma ponte sobre o rio Abaeté, ao lado da barragem da usina.
A ponte, que interliga os municípios de São Gotardo e Rio Paranaíba, além de não dispor de mureta de proteção tem parte da pista já esbarrancada, representando alto risco de acidente. Quem passa pelo local deve redobrar os cuidados. Se medidas não forem tomadas ela deverá ser interditada.
Como a Ponte é fronteiriça, e interliga São Gotardo e Rio Paranaíba, as autoridades públicas dos dois municípios são co-responsáveis pela sua recuperação e reforma. Trata-se de medida necessária e urgente. Espera-se que não ocorram novas mortes para sensibilizar nossas autoridades.
AJUDE A PROTEGER NOSSAS CRIANÇAS
O FIA – Fundo da Infância e Adolescência é onde são depositadas as contribuições das pessoas físicas e jurídicas, declarantes do imposto de renda, que desejam investir nas ações em benefício das crianças e adolescentes do município de São Gotardo. O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente repassa esses recursos arrecadados às entidades cadastradas no Conselho. É um meio prático, seguro e sério de ajudar centenas de crianças e adolescentes e uma oportunidade de participação. O FIA recebe contribuições de pessoas físicas ou jurídicas e as repassa para entidades cadastradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Autorizado pela Lei Federal 8069/90 e instituído no município Lei 1277 de abril de 1997 e Decreto n. 11 de 18 de abril de 1997.
COMO VOCÊ PODE PARTICIPAR?
PESSOAS JURÍDICAS – tributadas pelo lucro real, podem destinar até 1% do Imposto de Renda devido. Essa destinação não interfere em outras deduções que sua empresa pode fazer. A empresa pode ainda disseminar essa ação de cidadania internamente junto aos funcionários.
PESSOAS FÍSICAS – que apresentam declaração no modelo completo podem destinar até 6% do Imposto de Renda devido. Essa destinação não interfere em outras deduções como aquelas referentes a dependentes, pensão, saúde, educação, etc.
COMO DESTINAR?
As destinações deverão serem feitas por meio de depósitos identificados com nome, CPF ou CNPJ do doador ou Transferência na conta do FMDCA. Envie uma cópia do comprovante de depósito ao CMDCA, com seus dados (nome, CPF ou CNPJ, endereço e telefone) para que o recibo de destinação seja emitido. Com este recibo você abate integralmente o valor doado na sua próxima declaração de renda.
Apoie essa causa!
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Quando tomou posse no dia 1º de janeiro, a nova secretária municipal de saúde, Jaqueline Santos, ainda não dispunha dos sinais de que muito em breve estaria no olho do redemoinho, a chamada segunda onda da Pandemia. (Nem ela, nem a prefeita Denise Oliveira, que a nomeou para o cargo.) Pesava em seu favor, felizmente, o fato de ser funcionária de carreira na saúde municipal. Desse modo, na condição de chefe do setor epidemiológico da secretaria, teve a oportunidade de con-viver de perto com a escalada do Coronavírus no ano de 2020. As lições aprendidas lhe serviram de ferramenta para o enfrentamento, daquilo que podemos chamar o pior momento da crise pandêmica.
Não é tarefa simples lidar diariamente com os inúmeros desafios que batem à sua porta. Para os leitores que ainda não a conhece, a entrevista que se segue, é uma oportunidade de saber o que pensa, e como está lidando com estes desafios. Jaqueline Santos falou à nossa reportagem, em entrevista gravada no dia 30 de março último. Veja.
A situação no Alto Paranaíba ainda é crítica. Temos um número considerável de novos casos todos os dias. Temos observado, no entanto, uma leve tendência de queda nesses números, porém, uma situação de conforto ainda não ocorre. A situação ainda é preocupante, com pequenos sinais de redução.
Vamos falar de São Gotardo. Hoje a taxa de transmissão é de 1 para 1. Isso significa que uma pessoa que testou positivo contamina uma outra. É uma taxa linear de transmissão, o que significa uma estabilidade no contágio. Quando essa proporção é maior, temos uma curva ascendente, o que não é o caso do município de São Gotardo. Na nossa microrregião, há cidades com maior número de casos, em curva ascendente, como em Carmo do Paranaíba. Outras, como Matutina e Santa Rosa da Serra a situação está sob controle, com taxa de transmissão inferior que 1 para 1.
Sim. Hoje a ocupação dos leitos de UTI é de 100%. Isso, porque somos referência para a região. Nossos leitos atendem pacientes de vários municípios da micro e da macro região. (Proporcionalmente, uma média de 70 a 80% dos leitos estão sendo ocupados por pacientes de outros municípios).
Inicialmente o paciente é atendido na ala clínica, e quando agravado o quadro e for necessário o Tratamento intensivo, nós pleiteamos uma vaga em hospitais de outras regiões. A situação está cada vez mais estreita, e não está fácil encontrar vagas, pois em todo o Estado a situação é crítica.
Esperamos que com estas medidas restritivas, haja uma redução significativa, tanto dos casos leves como dos graves. Nossos dados atuais apontam para uma discreta redução, pelo menos por enquanto. A expectativa é que pelos próximos 15 dias essa redução seja mais evidente.
O distanciamento social ainda é única forma de conter a disseminação do vírus; não há outra. Mesmo com a vacina, por algum tempo teremos que manter o distanciamento e evitar aglomerações.
Ainda que os números apresentem certa estabilidade, São Gotardo não é um ente isolado. Estamos conectados permanentemente a outras cidades da região, do Estado e do Brasil. Temos um grande fluxo de pessoas que vem pra cá. Neste sentido, a preocupação deve ser constante.
É muito difícil esse controle. As portas estão abertas tanto para aqueles que vêem somente a passeio ou para trabalho. Elas chegam das mais variadas formas, por vias legais e por vias clandestinas. Então, é quase impossível controlar esse fluxo de entrada. Estamos atentos a esse movimento, procurando monitorar aquilo que for possível.
Quanto maior a circulação de pessoas, maior é o risco de contaminação. Laboratorialmente, ainda não identificamos variantes do vírus aqui em São Gotardo. Mas já observamos que as características do vírus nessa nova onda de contágio são diferentes. Temos uma doença mais agressiva, e eu diria até, que mais fulminante. Já tivemos alguns casos com esse padrão, onde o quadro se agrava muito rapidamente, levando inclusive, a óbito.
Ainda não fizemos nenhuma coleta de exame para determinar variante. Não sabemos se está circulando na região, ou não. Estes exames específicos cabem de uma iniciativa das autoridades epidemiológicas do Estado, e não do município.
Não podemos negar, que devido à grande carga de trabalho envolvida no tratamento da Covid-19, tivemos que diminuir o atendimento de outros casos. Apenas os procedimentos de urgência estão sendo atendidos, tanto em relação às cirurgias eletivas como nos tratamentos fora de domicílio. Temos ofertado o básico, mantendo as consultas de especialidade e casos de menor complexidade, dentro das condições que a Pandemia nos permite.
Mesmo porque, hoje há uma sobrecarga nos serviços hospitalares em todos os setores, inclusive de insumos e medicamentos; e não podemos comprometer o atendimento mais urgente com a Covid-19.
Devemos chegar na faixa dos 60 anos em uma ou duas semanas no máximo. O governo deve partir então para os grupos específicos, como portadores de comorbidades , grupos de profissionais diferenciados como os da educação e da segurança. Já estamos fazendo um levantamento do numero de pessoas com comorbidades nas UBSs.
Não tem nenhum estudo robusto que comprove que esse tratamento utilizando determinadas drogas seja de fato efetivo, então a secretaria respeita a autonomia do médico. Ele é responsável, através da avaliação clinica individualizada de cada paciente, por determinar o que é melhor pra ele. Existem no nosso município médicos que adotaram assim a postura da utilização de algumas dessas drogas, outros, de jeito nenhum. A nossa secretaria não vai implantar esse protocolo de tratamento precoce, pois ela não acredita na efetividade nesse tipo de tratamento.
A nossa situação não está confortável. Nós temos profissionais muito compromissados para que isso não falte. São coordenadores, farmacêuticos, médicos, enfermeiros, com atenção voltada 24 horas por dia, atentos para não deixar faltar insumos. Hoje no dia 30, não está faltando nada, nem oxigênio, nem medicamento para intubação. No entanto, dependemos da indústria farmacêutica. Se não tiver para nos vender nós não vamos ter de quem comprar. O que temos feito é restringir o acesso a alguns setores de saúde, como cirurgias eletivas. O foco é o atendimento ao paciente com Covid. Então, hoje, confortável não está, mais está sob controle.
ENTREVISTA
Dr. Joaquim da Silva Pereira nasceu em um distrito da zona rural do município de Prata, no pontal do Triângulo mineiro, no ano de 1939. Ainda criança o filho de família humilde viu despertar o gosto pela leitura e conhecimento. As limitações impostas pela precariedade financeira e o isolamento não o impediram de traçar, pelas próprias mãos, a realização de um sonho, de um dia ser doutor. Hoje, no alto de seus 79 anos de idade, mantém a mesma lucidez de um jovem de 20 anos. De seu baú da memória relembrou, como se hoje fosse, cenas e capítulos que marcaram de maneira definitiva a sua história de vida, e principalmente dos 50 anos de carreira com médico, completados no final do ano passado. Profissionalmente atuou e ainda atua como anestesista, clínica geral, obstetra. É casado com Elaine. O casal tem três filhas: Rita de Cássia, Alessandra e Daniella. Dr. Joaquim da Silva Pereira nasceu em um distrito da zona rural do município de Prata, no pontal do Triângulo mineiro, no ano de 1939. Ainda criança o filho de família humilde viu despertar o gosto pela leitura e conhecimento. As limitações impostas pela precariedade financeira e o isolamento não o impediram de traçar, pelas próprias mãos, a realização de um sonho, de um dia ser doutor. Hoje, no alto de seus 79 anos de idade, mantém a mesma lucidez de um jovem de 20 anos. De seu baú da memória relembrou, como se hoje fosse, cenas e capítulos que marcaram de maneira definitiva a sua história de vida, e principalmente dos 50 anos de carreira com médico, completados no final do ano passado. Profissionalmente atuou e ainda atua como anestesista, clínica geral, obstetra. É casado com Elaine. O casal tem três filhas: Rita de Cássia, Alessandra e Daniella. Dr. Joaquim é hoje o profissional mais longevo em atividade aqui na cidade de São Gotardo. Mais que testemunha ocular inscreveu seu nome como personagem decisivo no processo de evolução o sistema de atendimento da saúde do município. Por tudo isso, vale o registro gravado nesta entrevista concedida ao Jornal Daqui.
O primeiro contato com a escola só se deu quando já tinha 10 anos. Até então, meu único contato com o estudo se dava em casa. Minha mãe tinha muita paciência quando insistia pra eu de-cifrar as palavras escritas no único livro de manuscrito que tinha em casa. Toda a minha família era de analfabetos. Em raras exceções um ou outro chegava ao 3º ano primário. Aos 10 anos tive o primeiro contato com a escola. Como já sabia ler, ingressei no 2º ano de grupo. Pra cobrir minhas despesas trabalhava em serviços gerais, uma espécie de office-boy rural. Entrei no ginásio graças a uma bolsa de estudos e o apoio de um vereador amigo da família lá da cidade do Prata. Con-cluídos os quatro anos no ginásio retornei pra casa de meus pais, e sem perspectivas comecei a trabalhador com a lida na roça. E um belo dia recebi uma proposta do prefeito de uma cidade vizinha pra lecionar em um vilarejo da redondeza, que nem escola tinha. Trataram de construir um rancho, coberto com folha de Bacuri, pra servir de escola. Lá dei aula por 4 meses, tempo suficiente para me destacar com os resultados obtido. Esta breve experiência me abriu novas portas como professor, chegando a le-cionar por mais algum tempo em escolas e fazendas da região. Acabei arrumando uma namorada por lá e por muito pouco não me casei.
Minha avó, preocupada com meu futuro tratou de interceder: pediu a um tio da família pra me convencer a continuar os estudos, e foi o que eu fiz. Juntei as poucos economias que tinha e tracei um plano de me mudar, com a cara e coragem, pra Belo Horizonte. Peguei o ônibus em Uberaba, cidade grande que conheci pela primeira vez. Naquele tempo era tudo estrada de terra. No trajeto, seguindo rumo à estrada da Serra da Saudade que levava à capital mineira, o ônibus fazia uma breve parada em São Gotardo, onde pisei pela primeira vez - sem nunca imaginar que muitos anos depois seria a cidade que escolheria pra viver. Naquele tempo(1958) era uma cidadezinha sem qualquer atrativo. Me lembro que quando cheguei na rodoviária - era ali na praça São Sebastião - só via cambista e mendigo. Era uma tristeza só.
Chegando a Belo Horizonte, só com uma malinha e muita coragem, me hospedei em uma pensão indicada por um amigo lá da minha cidade. Me matriculei no Colégio Anchieta para concluir o ensino médio. Consegui arrumar um emprego em uma grande empresa de Belo Horizonte, a Souza Cruz, e com isso pude manter as despesas. Graças a minha boa caligrafia logo subi de posto, passando de office-boy a escriturário da empresa onde trabalhava.
Primeiro eu achava que queria ser engenheiro. Na verdade não sabia bem o que eu queria. O gosto pela medicina surgiu com a leitura de um livro escrito por um médico alemão. Prestei vestibular na UFMG no ano de 1963. Em 1966 consegui uma vaga pra trabalhar como residente em um hospital. Em 1967 conclui a faculdade e em abril do ano seguinte me casei com minha esposa Elaine. Foi uma fase muito especial na minha vida.
Antes de aportar em São Gotardo, Dr. Joaquim trabalhou por um período na região de sua terra natal, na cidade de São Simão. Levei o companheiro de profissão Dr. João Alves, que o acompanhou até o Estado de Goiás, onde chegou a trabalhar por um breve período. Contra-tempos encurtaram a nova aventura. Como Dr. João tinha parentes aqui em São Gotardo, vieram os dois pra cá.
Trouxeram minha mudança num caminhão. Vim por acaso. Dr. João que tinha vindo primeiro me disse que havia morrido um médico aqui, deixando uma clínica toda montada, e que já tinha alugado o espaço da viúva do médico( o médico em questão era Dr. Siqueira, que antes de falecer mantinha uma clínica ali no início da av. Rio Branco). Assim que ele me disse o nome da cidade, protestei, pois tinha guardado uma péssima impressão, da minha passagem por aqui alguns anos antes. São Gotardo não tinha mais que 10 automóveis na época. Em 1971, devido a desentendimentos entre meu colega Dr. João e farmacêuticos da cidade, passei a atender na cidade de Pimenta, onde fiquei por 14 meses. Em 1973 retornei a São Gotardo e assumi o comando da clínica novamente. Pouco tempo depois surge uma nova oportunidade.
Fui convidado para assumir o novo centro hospitalar. O chefe de obras era seu pai, o Vicente Moreira. Tivemos que fazer algumas mudanças na estrutura física para se adequar às necessidades de um Hospital. Eu fui o primeiro médico a atender lá. Em dezembro de 74, o presidente da Santa Casa era o Mério Rodrigues Alves. Ele teve papel fundamental na instalação dos primeiros equipamentos e na montagem da estrutura de funcionamento.
Nesse início de atividades, a Elce de Melo Borges, já em gestação adiantada, manifestou seu desejo de ser a primeira mulher a fazer o parto na Santa Casa. Seu desejo foi atendido e no dia 8 de dezembro de 1974, nasceu sua filha caçula, Luciana. Elaine, minha esposa, cuidou, no início, de suprir os primeiros utensílios, como panelas, cobertores, etc. .
Eu fiquei sabendo que o Hospital Pio XII recebia dinheiro através de convênio com o Funrural, de Cr$ 2 mil cruzeiros. Fui então por conta própria a Belo Hori-zonte na tentativa de firmar um convênio nas mesmas condições. Expliquei nossa situação e fomos prontamente atendidos, e mais, o diretor do orgão nos presenteou com um Raio X, uma mesa cirúrgica, um Autoclave e uma mesa de parto. Foram os primeiros equipamentos da Santa Casa, tudo doado. O presidente Mério, muito dinâmico e simpático, não tinha vergonha de pedir. Ele cuidou de conseguir, através de doação, camas, mesas, lençóis e várias outras coisas para equipar os quartos, escritórios e cozinha. Um belo dia, o Mério recebe do Biomédico Luiz Roberto Soares uma proposta de instalação de um laboratório de análises clínicas. Evidente que ele aceitou na hora.
No final de 75, início de 1976, O sr Edson Souza me disse que tinha um genro que estava concluindo residência em cirurgia e ele se interessava em vir pra São Gotardo. Aprovei na hora. Era Paulo Uejo. Ele chegou em setembro de 76. Começamos a trabalhar juntos, a partir de então.
No dia 27 de setembro de 1980 os cinco membros do conselho diretor da SSVP( entidade responsável pela administração da Santa Casa) me fecharam em uma sala e anunciaram que eu estava "expulso" da Santa Casa. Um deles me disse: "Dr., o senhor não está entendendo, nós queremos que o senhor deixe São Gotardo, o povo aqui não te quer mais". Eu realmente não entendi, eu acabava de sair da sala de cirurgia onde realizei uma Cesariana em uma cliente do Carmo do Paranaíba. Em momento algum recebi qualquer tipo de reclamação vinda do povo e principalmente de meus pacientes. Na verdade, a direção da SSVP estava sendo usada como marionete pelo Dr. César mesquita, que havia saído do hospital Pio XII devido a desentendimentos com o Dr. José Pessoa. Nesta reunião disseram também que eu não havia sido apedrejado na rua porque 'conseguimos' conter a multidão. Eu pensei, apedrejado? Eu ando pelas ruas da cidade e o que recebo são cumprimentos calorosos. Do povo de São Gotardo só recebi reconhecimento e o prazer de uma amizade sincera.
Eles me deram um ultimato para que deixasse São Gotardo até o dia 30 de setembro, ameaçando mandar me prender se eu oferecesse resistência. Durante esses três dias a população espontaneamente se mobilizou reunindo mais de oito mil assinaturas em um abaixo-assinado para que eu não saísse da Santa Casa, e muito menos, deixasse São Gotardo.
No dia 30 o movimento pela minha permanência reuniu inúmeras pessoas na porta da Santa Casa, alguns, carregando faixas e cartazes. Naquele tempo a polícia proibia aglomerações de pessoas, pois ainda estávamos no período da ditadura militar. Na parte da tarde, com aquela movimentação toda, eu recebi a visita do Delegado da cidade. Ele colocou a mão no meu ombro e me disse: "Doutor, o senhor tem até as 8h para sair daqui da Santa Casa. Caso contrário terei que prendê-lo e entregar ao Dops(departamento de repressão dos militares) . Perguntei a ele qual acusação tinha contra mim. "Doutor, eu não tenho nenhuma acusação contra o senhor, eu apenas recebo ordens", ele respondeu. E nesse tempo a manifestação foi crescendo e tomou conta de toda a rua em frente a Santa Casa. Com isso, já no final do dia, chegou um grande contingente da Polícia Militar, na tentativa de dispersar a multidão. Eu contei vinte policiais armados em vota do quarteirão. Duas viaturas permaneceram nas imediações por dois dias.
Como eu fui ameaçado de ser preso, não me restou outra alternativa senão sair. Neste intervalo de tempo o Dr. José Pessoa me chamou pra uma conversa e me convidou para trabalhar no Hospital Pio XII. Fiquei muito feliz com convite e aceitei imediatamente. Em dezembro de 1980 montei meu consultório e estou aqui até hoje.
Aqui no Pio XII me senti em casa, fui muito bem recebido pela equipe médica que já atuava aqui, o Dr. Gilson, Dr. Jair, Dr. Romes e o próprio Dr. José Pessoa que presidia o hospital. Com o passar do tempo, em sinal de reconhecimento fui convidado a fazer parte da diretoria.
Não apenas pelo fato de ter sido acolhido em um momento difícil pelo qual eu estava passando, quando fui afastado da Santa Casa, mas por todos esses anos de amizade e respeito, eu tenho uma eterna gratidão por esta grande família que é o Hospital Pio XII. O ambiente de trabalho aqui é muito saudável.
Com o objetivo de acompanhar e auxiliar as ações dos órgãos de saúde de nosso município no combate ao Coronavírus, o Legislativo Municipal através de seu presidente, o vereador Carlos Alves de Camargos, conforme portaria 21/2021, criou a Comissão Especial de Acompanhamento e Prevenção a COVID-19, composta pelos vereadores: Ana Flávia Rodrigues (Presidente); Valdivino Honorato de Oliveira (Relator); Lander Inácio Rodrigues Melo e Célio Martins dos Reis (Membros).
Na formação da Comissão, optamos por nomear dois dos vereadores de primeiro mandato e outros dois do grupo de reeleitos. Uma proposta da vereadora Ana Flávia, a criação desse grupo de trabalho parte de uma necessidade, tanto de manter a população informada, como a de encaminhar às autoridades competentes, dúvidas e questionamentos sobre as medidas tomadas. Para isso os parlamentares estão atentos às manifestações e opiniões publicadas via rede sociais. Entre essas dúvidas eu poderia citar, por exemplo, aquela sobre a aplicação de testes; como os interessados devem proceder. Um outro questionamento, além do andamento da campanha de vacinação é o seguinte: A sociedade quer saber para onde vai o dinheiro público, onde ele é aplicado. Nesse momento, em especial, há um interesse da sociedade em acompanhar o destino dos recursos que estão sendo transferidos para as prefeituras no combate à Pandemia. É tarefa do Legislativo acompanhar a aplicação dessas verbas, e informar a população, com total transparência. Nossa posição como presidente é de garantir total transparência no acesso às informações que sejam de interesse público.
Esta Comissão criada pela Câmara Municipal vai apresentar vários requerimentos aos orgãos competentes, solicitando informações e dados sobre cada etapa do processo de enfrentamento `a Pandemia, seja em relação a Testes, Vacinas, vagas nos hospitais, aplicação dos recursos... e outros assuntos que sejam de interesse da população.
Sim. o vereador Valdivino apresentou algumas dúvidas por parte da população sobre os critérios utilizados para decidir quem estava sendo vacinado nessa primeira fase, e se não havia desvio na lista obrigatória de vacinação. Eu liguei para a Secretária municipal de saúde, Jacqueline Luíza, solicitando um encontro com os membros da Comissão, para esclarecimentos dessas dúvidas. Ela prontamente atendeu ao nosso pedido. Nos reunimos nesta sexta-feira,12, na secretaria, e cada vereador pode fazer seus questionamentos sobre os critérios adotados.
Uma das dúvidas, por exemplo, apresentada pela comissão, diz respeito aos critérios adotados para decidir quais os grupos devem ser vacinados inicialmente. Jacqueline explicou que está sendo seguido rigorosamente os critérios do Plano nacional de imunização. Primeiro foram vacinados os profissionais da linha de frente, posteriormente, foi a vez dos profissionais e funcionários das farmácias, clínicas de fisioterapia, Pilates, etc. Inclusive os funcionários das funerárias.
Nós solicitamos à Secretária Jacqueline que seja criado um Vacinômetro, uma espécie de boletim diário informando quantas doses já foram aplicadas e quem já foi vacinado.
Sim, isso mesmo. quantas doses chegaram essa semana, quantas pessoas já foram vacinadas; e ainda um cronograma com as datas de vacinação para cada faixa etária.
Sim. A secretária nos informou que os idosos serão vacinados em suas próprias casas. Os agentes de saúde estão percorrendo todos os bairros para fazer o cadastramento de toda a população acima dos 60 anos.
Ana Vitória Miura tem 16 anos, é digital influencer, estudante do 3º ano do ensino médio, filha de Daniela Almeida Silva e Fulvio Tsuyoshi Miura.
Ana Vitória Miura é Miss Minas Gerais Teen e estará no Miss Brasil Teen entre os dias 20 e 24 de Fevereiro em Curitiba – PR, onde levará a beleza, cultura e tradição de nossa cidade e estado e tentará trazer a tão sonhada coroa de Miss Brasil Teen.
“Participar de um concurso de tamanha grandeza me deixa muito feliz. É uma oportunidade indescritível esses dias que estaremos juntas as 31 candidatas em Curitiba, estaremos aprendendo muito, trocando experiências, aprendendo um pouco da cultura de cada lugar ali representado, e será um aprendizado para vida toda.” Ressalta Ana Vitória "Conto com as boas vibrações e apoio de cada um de vocês, pois estarei me esforçando para representar nosso estado, Minas Gerais, da melhor maneira possível." Finaliza.
Mariana Cristiane Prados, Advogada formada em 2018 pelo Centro de Ensino Superior de São Gotardo-CESG, publicou livro em coautoria com a Psicóloga e Docente do CESG, Constance Bonvicini, denominado “Saúde Mental na Era das Neurociências” em parceria com a Dra. Sara Bernardes e Edições Superiores. Em capítulo intitulado “A visão da neuropsicanálise sobre o Trauma e suas implicações ao Direito ao Esquecimento” as autoras destacam a importância da conjunção Direito e Psicologia em uma abordagem dinâmica que objetiva denotar as diversas nuances que o Direito ao Esquecimento possui, e como podemos aplicá-lo no nosso cotidiano.
Destacamos também, que Mariana, foi uma das autoras premiadas pelo Superior Tribunal de Justiça, STJ, em 2019, no I Concurso de Artigos Científicos Justiça Cidadã, onde concorreram diversos profissionais do mundo Jurídico. Com o artigo intitulado “Educação Constitucional: Um Ensaio á aplicação do efetivo exercício do Estado Democrático de Direito”.
O Concurso de Artigos Científicos foi promovido pelo egrégio Tribunal em comemoração aos 30 anos do Superior Tribunal de Justiça. A autora concorreu com vários candidatos do país, e recebeu Menção Honrosa pelo majestoso Trabalho Científico. A Faculdade CESG agora tem uma aluna considerada como uma das melhores autoras do âmbito jurídico conforme titulação dada pela Escola Corporativa do STJ.
O Artigo Científico premiado, segundo a autora, destaca da necessidade da Educação Constitucional nas Escolas de forma geral, pautada na premissa de que para formar cidadãos conscientes, a inclusão do Estudo da Constituição Federal nas Escolas, como disciplina obrigatória, deve ser primordial. Reitera que,logo nos anos iniciais letivo, através de um método realmente eficaz, a criança e o adolescente estarão aptos a desenvolver sua capacidade de liderança e de suas escolhas, garantindo um Brasil mais igualitário e com verdadeira democracia.
A experiência que vamos conhecer agora aponta para uma direção que no futuro deverá ser bem mais comum que nos dias de hoje: mulheres ocupando cargos importantes, recebendo o mesmo salário que os homens, sendo tratadas com o respeito e dignidade que merecem.
Exatamente por soar ainda um tanto utópico nos dias de hoje, é que a política de igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres, implantada na empresa Realtec, assume caráter de singular importância, repercutindo como exemplo de êxito empresarial.
Ainda hoje, em pleno século XXI, persiste a cultura do patriarcado. Basta olhar, por exemplo, o perfil dos prefeitos eleitos. 90% deles são Homens. Este também é o percentual nos cargos de chefia, gerência... juízes, vereadores, empresários e donos de empresas...
Mas essa realidade está mudando.
Hoje, não restam mais dúvidas: quando o assunto é habilidade e competência profissional - respeitadas as características peculiares a cada gênero, como afinidade e vocação - , Homem e mulher estão em pé de igualdade. Nenhum é mais preparado ou qualificado que o outro.
A emancipação dos direitos femininos deve ser compreendida como tarefa da sociedade como um todo. Ou seja, é responsabilidade tanto do homem como da mulher.
"É uma mudança cultural e que deve começar na própria família. Tanto o pai como a mãe devem educar seus filhos nestes princípios. Um exemplo: as tarefas domésticas não são obrigação só da mãe e da filha, mas também do pai e do filho. É preciso romper com esses costumes onde o trabalho não remunerado é atribuição da mulher, enquanto que o remunerado é do homem." Palavras de uma das mulheres que comandam departamentos na empresa.
Esta foi uma das perguntas propostas durante a entrevista. Elas foram unânimes na resposta:
"São dois esforços que devem caminhar juntos. Tanto pelo lado das empresas, que devem favorecer o crescimento profissional das mulheres, dando mais oportunidades, garantindo a igualdade de remuneração entre homens e mulheres que exercem a mesma função; E também pelo lado das mulheres, ela deve se preparar para conquistar seu lugar de direito. Se você achar que sua obrigação é apenas cuidar da casa e fazer a janta pro seu ma-rido, preocupada apenas em servir aos homens, então você nunca vai cres-cer como mulher, nunca vai conquistar outros valores além de ser uma dona de casa."
“É importante lembrar que é perfeitamente possível conciliar o trabalho fora de casa com a vida de esposa e mãe de família. A mulher é muito cobrada; que todas as tarefas de casa, de educação dos filhos é responsabilidade dela, mas isso não é verdade, não pode ser assim."
Dos 60 profissionais que trabalham na Realtec, metade é do sexo masculino, e a outra metade, feminino. Além desta equidade na balança do quadro funcional, as mulheres vêm conquistando os cobiçados cargos de liderança, isso por duas razões. Primeiro, pela liberdade de crescimento e reconhecimento de valores adotados pela diretoria, em segundo lugar, evidentemente por méritos e esforços delas.
Os quatro departamentos da empresa são chefiados por mulheres, o de Recursos Humanos, o Comercial, Automação e Agronegócio. Para falar de suas experiências, desafios, paradigmas, e também aconselhamentos, o Jornal Daqui propôs uma entrevista coletiva com as profissionais Andreia, Carla, Ginianne e Sabrina, que ocupam o cargo de chefia nos respectivos departamentos. Elencamos abaixo os principais pontos abordados na entrevista. Veja:
No ano que vem, a Realtec completa duas décadas de existência, consolidando sua marca como principal fornecedora de sistemas de gestão empresarial. Hoje, sua área de atuação, além de São Gotardo, se extende a 49 municípios, em 7 estados, com ênfase em MG e GO.
Seu produto pode ser melhor entendido como um programa de computador, que ao ser instalado numa empresa faz todo o trabalho administrativo. Ele vem sendo largamente utilizado, tanto no setor de comércio(varejo), indústria, como do agronegócio.
O quadro funcional da empresa é composto principalmente por profissionais jovens, e de meia idade, em sua maioria com curso superior completo. São 60 colaboradores, sendo 29 homens e 31 mulheres.
Informações e contato:
Avenida José Bernardes Filho, 1205, Santa Terezinha, São Gotardo
Fone 34 3671-2394 - www.realtec.com.br
Reunindo participantes do Brasil inteiro a passarela do 'Mister Brasil Continentes Del Mundo Plus Size 2021' viu brilhar as estrelas de dois sangotardenses, Júnior Rocha e Rafaela Oliveira. Eles foram à capital carioca em busca de um sonho, e trouxeram pra casa dois títulos inéditos em suas carreiras.
Júnior Rocha, tem 28 anos, e é filho de Juvenal José da Rocha e Silvia Maria Rocha. "Fui em busca de sonhos, de méritos e conquistas, me tornei Mister São Gotardo Plus Size, Mister Regional Plus Size. As ambições não pararam e fui em busca de uma conquista maior. Conquistei o Título de Mister Brasil Continentes Del Mundo Plus Size 2021 na cidade do Rio de Janeiro no final de outubro e recentemente fui titulado Mister Brasil Réveillon 2021." relembra ele, e avisa: "As conquistas não param por aí! Em abril de 2021 irei em busca do Título de Mister Internacional Del mundo, que acontecerá no Peru, levando o nome de São Gotardo e do Brasil para o mundo. Aproveito este espaço para pedir o seu apoio e torcer para trazer este título de Mister para o Brasil, pois assim acredito que muitas outras portas abrirão."
Também estrela na passarela, Rafaela Oliveira - 21 anos. Ela é natural da cidade de Araxá, porém reside há 9 anos em São Gotardo. Coroada na cidade do Rio de Janeiro a primeira Miss Brasil Continentes Del Mundo Plus Size 2021. Rafaela comemora esta nova fase em sua carreira de modelo: "Portas se abriram, e este título me deu a oportunidade de representar as mulheres Plus Sizes brasileiras no concurso que será realizado no Peru em abril de 2021 onde será eleita a Miss Continentes Del Mundo Plus Size 2021 a nível internacional. Muitas coisas em minha vida foram acontecendo e hoje eu sou muito grata a Deus por tanta conquista e por todos aqueles que contribuem junto a mim."