Para que a Estação de Tratamento de Esgoto opere com 100% de sua capacidade, os dois córregos que atravessam o perímetro urbano da cidade devem estar plenamente despoluídos. Para isso, o esgoto que até então é jogado em suas águas, precisará ser transportado por adutoras até a ETE. Apesar da Estação já ter sido inaugurada, o sistema opera parcialmente, tratando apenas parte do esgoto que é direcionado para o Córrego Confusão. A Copasa está realizando obras para concluir esse processo de tratamento.
Já, um outro conjunto de bairros, entre eles, o Santa Terezinha e o Geraldo Marques escoam seus dejetos para a vertente do Córrego do Arroz . Para esses moradores há uma tarifa diferenciada, cobrindo apenas o transporte e coleta, diferente da tarifa cobrada ao restante da população que nesse mês de agosto incluiu também o tratamento. Pelo mapa ao lado é possível observar a linha limítrofe que separa os dois setores. Essa linha percorre toda a avenida Erotides Batista, sentido saída para a Matutina, interligando-se com a avenida Brasil rumo á MG235. Para os consumidores de um setor que inclui a maioria dos bairros da cidade - que desembocam para a vertente do Córrego Confusão(Boa Esperança, Alto Bela vista, Centro, N. S. de Fátima,etc.) está sendo cobrado uma taxa de esgoto de quase 100% do valor da água consumida, enquanto que para os consumidores do outro setor, essa tarifa gira em torno de 50%.
Recentemente uma resolução da ARSAE, que é a agência que regula o sistema de tarifas relacionadas ao saneamento, determinou que o valor, tanto pelos serviços de transporte e coleta como de tratamento sejam unificados com um percentual de 74% sobre o valor da água consumida. Com essa mudança todos os consumidores do município vão passar a pagar esse percentual.
A combinação de três fatores convergem para um cenário que é exatamente o oposto do que se esperava e se anunciava. O principal córrego da cidade, o Confusão, a partir da lagoa do balneário, e percorrendo todo o perímetro urbano, está praticamente morto. Não há água, apenas esgoto. As causas são evidentes: a primeira delas é a interrupção de seu curso d'água a partir do vertedouro da lagoa(uma ilegalidade, levando-se em conta a obrigatoriedade de manter pelo menos 30% de seu volume lagoa abaixo), a precariedade de seus afluentes, por causa da seca, e o esgoto que é jogado em seu leito.
Ao contrário de cláusulas contratuais entre a empresa de saneamento Copasa e o município, a instalação da Estação de tratamento e o recente aumento da taxa de esgoto, que teria por finalidade despoluí-lo, não cumprem, até o momento, esse propósito. Com a interrupção de seu curso d'água a partir do vertedouro da lagoa do Balneário tornou-se ainda mais evidente que uma grande quantidade de esgoto continua sendo jogado em seu leito.
Perto de completar um século na ativa, o cemitério da cidade está com os dias contados. Já a alguns anos, mesmo com as ampliações em seu perímetro, tem se mostrado premente a necessidade de construir um segundo cemitério na cidade. Apesar do sistema de rotatividade - onde o corpo fica enterrado por cinco anos e, posteriormente, removidos os restos mortais para um ossuário - , o atual espaço já não comporta mais a demanda.
Há três anos o Jornal Daqui já alertava sobre o problema, e agora, em 2021, a situação chega a seu limite, sob risco de um colapso iminente. Até os corredores já estão sendo ocupados por túmulos, e por falta de espaço estão sendo construídos uns sobre os outros. Uma medida que poderia ter sido evitada. Deixou-se para a última hora o que deveria ter sido resolvido a muito tempo.
Conforme dados pesquisados pelo Jornal no Cartório de registros, são realizados cerca de 230 a 280 sepultamentos por ano(dados a partir de 2017). Só no primeiro semestre de 2021 foram 138. Até o final deste ano, a previsão é que o cemitério chegue ao seu limite. Estamos, portanto, numa corrida contra o tempo.
Diante dos riscos de um colapso, uma solução emergencial seria realizar os sepultamentos no cemitério de Guarda dos Ferreiros, pois há que se considerar que levará um tempo até que se defina o local para o novo cemitério da cidade, e o mesmo seja murado.
Diante da urgência, como informou à reportagem o secretário de administração da prefeitura, Marcelo Ladeira, tornou-se prioridade as negociações para aquisição de um terreno para esta finalidade. E a única solução é dar início às obras de construção de um novo cemitério. Não é tarefa simples a empreitada. A administração municipal tem se debruçado sobre o principal problema: a escolha do local. Além de se levar em conta a acessibilidade, o local escolhido deve estar em acordo com as leis ambientais. Inevitável também considerar a necessidade, ou não, de se construir uma nova casa velório.
Convém ainda ressaltar que a instalação de um crematório não deveria ser de todo descartada, afinal, trata-se de uma técnica funerária muito comum em cidades de médio e grande porte, e que oferece menos riscos ambientais que o sepultamento do corpo em covas. Há vários exemplos de terceirização do serviço.
A título de curiosidade: a inauguração do atual cemitério, no ano de 1930, há 91 anos portanto, foi palco de cenas novelescas. Naquele tempo o local escolhido para sua instalação era isolado, no meio do pasto.
Poucos sabem daqueles intermináveis dias em que durou o serviço de transporte de dezenas de arrobas de ossada humana do cemitério então desativado - onde é hoje a Igreja - para o novo. Via carro de boi , percorria-se o trajeto entre a praça Sagrados Corações e destino final, o cemitério recém construído, ali, no final da Avenida Rio Branco. Um cortejo fúnebre embalado pelo som das rodas do carro, que ecoava pelo vale do confusão, feito notas de violino.
A remoção dos restos mortais dos primeiros moradores da vila do confusão, do antigo local, está inscrita nos anais de nossa história como cena de singular comoção. As ossadas foram cuidadosamente desenterradas das tumbas do antigo cemitério, desativado para dar lugar à construção da Igreja Matriz. A mudança não foi bem recebida pelos moradores da época, por não concordarem que seus entes queridos fossem enterrados no novo local, no meio do pasto, diziam eles. Houve, contam os mais antigos, momentos de tensão: Alguns familiares, após a celebração da missa de corpo presente, rumavam ,com o caixão em cortejo fúnebre, para o antigo berço de seus ancestrais. O protesto incluía uma discussão com o representante da prefeitura que tentava explicar que agora, os mortos tinham uma nova morada e que estava proibido o sepultamento no antigo cemitério. Às vezes a contenda terminava em bate-boca.
São Gotardo recebeu neste mês de julho a visita de um filho ilustre. Nascido na região dos três capões, Leônidas Oliveira percorreu um longo caminho até chegar ao posto que ocupa hoje, o de Secretário de Estado da Cultura e Turismo. É o primeiro sãogotardense a ocupar uma cadeira no mais alto escalão do Governo de Minas, abaixo apenas do governador. Sob seu comando, uma poderosa estrutura, incluindo o Iepha, que cuida do patrimônio histórico de Minas; a Rede Minas de Televisão, Rádio Inconfi-dência, Palácio da Libedade; o Palácio das Artes, maior centro cultural da capital rmineira, Centros culturais, museus, etc.
Acompanhado de sua comitiva, Leônidas Oliveira retornou à sua terra natal para cumprir uma extensa agenda oficial. Primeiro, veio retribuir uma visita da prefeita municipal, Denise Oliveira(apesar do mesmo sobrenome, e de mesma origem: ambos passaram suas infâncias no povoado de Três Capões, não mantém laços sanguíneos entre si), e em outro momento, para receber uma homenagem da Câmara Municipal.
O secretário Estadual Leônidas fez questão de incluir em sua agenda uma especial visita à Igreja Matriz, espaço perene em suas lembranças: ali, lapidou sua formação religiosa, tendo inclusive, ao longo de sua adolescência, exercido a atribuição de secretário de Sacristia. Afora as lembranças e o saudosismo, esta visita à Igreja Matriz de São Sebastião, serviu de encontro com autoridades eclesiais e representantes do poder público, para tratar de seu caráter patrimonial e histórico. Acompanhado pela diretoria do Iepha, Leônidas Oliveira expressou seu desejo de contribuir em um projeto de restauração da estrutura física da Igreja, hoje, um dos patrimônios históricos do município de São Gotardo.
“A partir de uma visita que fizemos ao secretário em Belo Horizonte, hoje temos a grata satisfação de recebê-lo em nossa terra. Tivemos uma longa reunião com o secretário Leônidas e sua equipe, e estou muito otimista que daqui pra frente possamos planejar as ações que vão culminar com uma cultura mais preservada, que é o que nós precisamos, seja no prédio amarelo que ainda está interditado, seja no congado, enfim, em todas as dimensões da cultura de São Gotardo. Temos muito trabalho pela frente. O primeiro passo é a capacitação de nossa equipe na elaboração de projetos para viabilizar a captação de investimentos. Como o secretário mesmo afirmou, há recursos disponíveis no Estado." Denise Oliveira - Prefeita municipal
Além do projeto de restauração da Igreja Matriz, ao longo desta visita foram tratados de vários outros temas relacionados à cultura, a começar por um encontro com congadeiros representantes da Festa de Nossa Senhora do Rosário, a mais tradicional expressão cultural da cidade.
Hoje, a Secretaria de Estado da Cultura administra um amplo espectro de incentivos e programas de fomento ao setor. Todo este aparato foi disponibilizado pelo secretário, que apresentou às autoridades públicas e instituições os caminhos possíveis para fazer chegar até o município recursos estaduais para a implantação de projetos de cunho cultural.
Esta visita do secretário Leônidas, portanto, não se limitou aos protocolos oficiais, ela serviu também para alavancar medidas práticas, demonstrando seu especial interesse em contribuir para o desenvolvimento de nosso município.
Em sinal de reconhecimento pelas contribuições ao nosso município, o Poder Legislativo municipal realizou uma sessão solene para homenagear, com uma 'Moção de aplausos', o secretário de Estado da Cultura, Leônidas Oliveira. Em seu discurso, o presidente da Câmara, Carlos Camargos, expressou a distinção e relevância de ter um sãogotardense ocupando um alto posto no Governo de Minas. Em nome de todos os vereadores, ele agradeceu pela visita, e reafirmou o compromisso de valorizar, preservar e incentivar as manifestações artísticas e culturais do município.
O Jornal Daqui participou de uma coletiva com o Secretário Leônidas Oliveira. Separamos abaixo trechos da entrevista. Veja
Quem não aprecia um bom Queijo mineiro? Fabricado artesanalmente, o produto é comercializado na maioria dos supermercados da cidade, atendendo a uma ampla gama de consumidores. Apesar desta supremacia inegável no gosto popular, sua produção passa à margem de fiscalizações ou inspeção sanitária. Isso se deve a vários fatores, sendo o principal deles, o longo e penoso processo burocrático para regulamentá-lo, e assim, dar a ele o merecido status de produto nobre que é.
O processo de fabricação do Queijo mineiro, e de tantos outros produtos de origem animal, convive com a ineficiência do Estado, que não disponibiliza um sistema regulatório facilitado para atender às demandas e necessidades desta cadeia produtiva. Até então, o sistema de regulação e inspeção ou é Federal ou Estadual, burocráticos e distantes demais do município, onde estão instalados. Como prova disso, segue na clandestinidade a grande maioria das fábricas artesanais de produtos de origem animal, também por causa das exigências de controle de processo e o nível agressivo com o qual a fiscalização atua. A legislação brasileira possui muitos entraves que dificultam a regularização dos pequenos, bem como não considera aspectos culturais relacionados ao fazer artesanal.
Perde o consumidor, que não dispõe de garantias de qualidade do produto que consome; e perde também o fabricante, incapacitado de crescer, e inclusive comercializar seu produto em outros municípios.
Com o propósito de romper este ciclo vicioso e alavancar esta importante cadeia produtiva, está em curso a criação em São Gotardo de um sistema municipalizado de regulamentação , o SIM, Sistema de Inspeção Municipal. Para falar sobre o assunto, o Jornal Daqui conversou com o Secretário Municipal de agricultura, Pecuária e Meio ambiente, Dener Castro(foto ). Como ele informa, um dos eixos centrais deste processo leva em conta a necessidade de ampliar o mercado de consumo, oferecendo ao produtor a possibilidade de comercializar seu produto em outros municípios. Com este objetivo foi criado um consórcio na AMAPAR, uma associação que reune 17 municípios da região. "A partir do momento que cada um deles regularize seu próprio Sistema de Inspeção, em equivalência com os demais, será possível criar uma Área de livre comércio." Concluído este processo, que já está em andamento, um produtor de queijo de São Gotardo, por exemplo, poderá vender seu produto em Patos de Minas ou em qualquer um outro dos 17 municípios do consórcio. Em uma segunda etapa, ressalta Dener, também já em negociação, este Selo municipal de Inspeção seria aceito em todo o território nacional: "Com isso, todo empreendimento que estiver registrado no sistema Municipal, vai estar autorizado a comercializar seu produto em todo o país." Entenda-se por produto, todo aquele que é de origem animal, não apenas o Queijo, mas o leite, embutidos, doces, mel, criação e abate de frango caipira,etc. É uma extensa cadeia produtiva que pode ser beneficiada, alavancando novos negócios e empreendimentos, agregando valor, e também gerando mais receita e emprego.
Ao ser regulamentado pelo próprio município, o SIM rompe barreiras até então intransponíveis. Tudo deve ficar mais simples e fácil, com ganhos tanto para o produtor como para o consumidor.
Se por um lado, este projeto de criação de um Sistema de Inspeção Municipal traz em sua origem o poder de alavancar ganhos expressivos com a profissionalização e regulamentação da cadeia produtiva de produtos de origem animal, por outro, ele traz armadilhas, com potencial, inclusive, de inviabilizar todo o processo, jogando por terra uma grande oportunidade de avançar em setor imprescindível para o desenvolvimento social. A primeira destas armadilhas é a incidência de novos impostos. A carga tributária já é pesada demais para quem produz e pra quem comercializa.
Outra emboscada estaria em 'obrigar' o pequeno produtor a se industrializar, o que representaria um desvirtuamento completo da ideia original do projeto. Imagine, por exemplo, um pequeno produtor que uma vez por semana, venha até a cidade vender duas dúzias de ovos caipira. Ele não deve ser alvo de inspeção, sob o risco de penalizá-lo injustamente.
Para fugir de armadilhas como estas, o melhor caminho é o do meio, da parcimônia, lapidando os excessos, sempre com vistas naquilo que pode ser me-lhorado, evitando o que pode ser prejudicado des-necessariamente.
A implantação do Sistema de Inspeção Municipal depende da aprovação pelo Poder Legislativo de uma lei específica. O projeto de Lei encontra-se, no atual momento, em estudo nas Comissões. Dada sua complexidade, vai demandar um tempo para que os parlamentares analisem e discutam cada um de seus artigos. A expectativa é que nos próximos meses se chegue a um consenso, e em seguida, seja levado a plenário para votação.
Na próxima edição do Jornal, vamos abordar o conteúdo deste projeto de Lei, que entre outros tópicos, trata das condições físicas e do processo de produção do queijo e de outros produtos de origem animal.
No caso específico do queijo, é preciso garantir aspectos culturais de longa tradição. A criação de normas para sua produção deve preservar esses aspectos, em especial aqueles que distinguem como sua identidade peculiar o famoso 'queijo mineiro', produzido artesanalmente, e utilizando leite cru.
A burocrática legislação federal olha para a produção artesanal querendo que ela se industrialize. Essa exigência de controle de processo e o nível agressivo com o qual a fiscalização atua faz com que as pessoas fiquem na clandestinidade.
Uma das principais polêmicas que rondam as leis dos queijos artesanais diz respeito ao leite cru, ainda que estudos científicos comprovem que a maturação elimina ou reduz a proliferação de microrganismos. A pasteurização é um processo recente, tem 150 anos, e a humanidade consome queijos de leite cru há dois mil anos.
Os animais sempre foram vítimas da violência humana. O que escandaliza nisso tudo é saber que selvageria habita, não os matos e florestas, mas as cidades. Um bom exemplo desse instinto predatório e destrutivo tem como vítimas preferenciais os denominados Pets, os animais domesticados. Cães e gatos, principalmente, convivem diariamente com essa face nefasta de espécimes da raça humana. Abandonados pelas ruas, são animais desprotegidos, vítimas desse descaso e violência.
Felizmente, tem crescido em intensidade um movimento reverso, mobilizando mais e mais pessoas pela causa da Proteção animal. Ainda assim, há motivos de sobra para nos surpreendermos com a iniciativa das seis crianças que resolveram, por vontade própria, dar sua contribuição nessa luta.
Munidos de cartazes, foram às ruas pedir dinheiro para contribuir com uma das instituições de proteção animal, a Aspa. Arrecadaram R$180,00 com a campanha. Registramos aqui os nomes desses valorosos amigos dos animais: Maria Victória Melo Cardoso Silva, Rychard Pablo Gonçalves de Melo, Tauane , João Pedro, Maria Gabriela e Paulo Ricardo.
A primeira semana de agosto marca, após um ano e meio de paralisação, o reinicio das aulas nas escolas públicas municipais. Aquém das expectativas, foi um retorno tímido,indicando uma ainda baixa adesão dos pais de alunos. Em visita à uma das escolas, a Professor Balena, verificamos que os motivos de uma temeridade quanto a riscos de infecção não se justifica.
Ao contrário da ampla flexibilização observada em outros setores como comércio e serviços, os centros de ensino estão sendo muito rigorosos na aplicação de medidas restritivas. Eles estão seguindo a rigor todas as normas de prevenção.
De acordo com a diretora da Escola Balena, Flávia Pereira(foto abaixo) as salas foram adaptadas para receber apenas a metade dos alunos, com aulas em dois dias da semana. Das nove carteiras disponíveis por sala, nesses primeiros dias de aula, só cinco estão sendo ocupadas. Como ela ressaltou, há uma extensa lista de medidas preventivas, a começar pela troca de máscaras durante o turno escolar, o uso de álcool gel e a ausência de intervalo de recreio; O lanche é servido dentro da sala de aula.
O retorno às aulas presenciais é lento e gradual. Primeiro, as instituições de ensino privadas, agora, as públicas municipais, e a partir da próxima segunda, dia 9, as estaduais, incluindo nessa terceira leva, a faculdade Cesg.
O revezamento das turmas também é um fator que ajuda a reduzir os riscos de infecção. Segundo os pesquisadores, o rodízio de alunos não apenas ajuda a garantir o distanciamento físico mas também reduz as chances de alguém contaminado expor o restante dos colegas.
O monitoramento de casos suspeitos também reduz significativamente os riscos. A eficácia da medida depende da colaboração de todas as famílias, já que o rastreamento envolve também as ocorrências confirmadas e suspeitas de familiares dos alunos.
Se a comunidade estiver bem orientada e consciente do seu papel, é possível reduzir os riscos. Uma criança assintomática, que conviveu com um familiar com caso positivo ou suspeito, deve ficar em casa.
A primeira semana de agosto marca, após um ano e meio de paralisação, o reinicio das aulas nas escolas públicas municipais. Aquém das expectativas, foi um retorno tímido,indicando uma ainda baixa adesão dos pais de alunos. Em visita à uma das escolas, a Professor Balena, verificamos que os motivos de uma temeridade quanto a riscos de infecção não se justifica.
Ao contrário da ampla flexibilização observada em outros setores como comércio e serviços, os centros de ensino estão sendo muito rigorosos na aplicação de medidas restritivas. Eles estão seguindo a rigor todas as normas de prevenção.
De acordo com a diretora da Escola Balena, Flávia Pereira(foto abaixo) as salas foram adaptadas para receber apenas a metade dos alunos, com aulas em dois dias da semana. Das nove carteiras disponíveis por sala, nesses primeiros dias de aula, só cinco estão sendo ocupadas. Como ela ressaltou, há uma extensa lista de medidas preventivas, a começar pela troca de máscaras durante o turno escolar, o uso de álcool gel e a ausência de intervalo de recreio; O lanche é servido dentro da sala de aula.
O retorno às aulas presenciais é lento e gradual. Primeiro, as instituições de ensino privadas, agora, as públicas municipais, e a partir da próxima segunda, dia 9, as estaduais, incluindo nessa terceira leva, a faculdade Cesg.
O revezamento das turmas também é um fator que ajuda a reduzir os riscos de infecção. Segundo os pesquisadores, o rodízio de alunos não apenas ajuda a garantir o distanciamento físico mas também reduz as chances de alguém contaminado expor o restante dos colegas.
O monitoramento de casos suspeitos também reduz significativamente os riscos. A eficácia da medida depende da colaboração de todas as famílias, já que o rastreamento envolve também as ocorrências confirmadas e suspeitas de familiares dos alunos.
Se a comunidade estiver bem orientada e consciente do seu papel, é possível reduzir os riscos. Uma criança assintomática, que conviveu com um familiar com caso positivo ou suspeito, deve ficar em casa.
Ao contrário das medidas de relaxamento autorizadas pela Onda amarela, os indicadores em São Gotardo, tanto em relação ao número de casos positivos, como da ocupação dos Leitos de UTI, indicam que a curva se mantém estável, mas que ainda inspira cautela.
Para atender à esta mudança, foi publicado um decreto municipal autorizando a reabertura das Escolas de Educação infantil, do 1º ao 9º ano, nas redes públicas e privadas.
Contudo, num primeiro momento, apenas as Escolas Particulares foram autorizadas a funcionar. De acordo com o Decreto, essa restrição se justifica pelo fato dessas escolas não utilizarem transporte escolar, e também pela quantidade reduzida de alunos, se comparadas às Escolas públicas. Há que se considerar ainda que, pelo menos em tese, as famílias dos alunos, dispõem de mais recursos e condições de controle e adequação às medidas de segurança.
Porém, como medida de segurança, o decreto estabelece que os centros de ensino deverão seguir rigorosamente os protocolos de segurança, como distanciamento mínimo entre alunos, uso de máscaras e álcool gel.
Pela primeira vez, desde o início da pandemia em março do ano passado, alunos retornam às salas de aula. Ainda que restrito neste momento, é o primeiro passo rumo à normalidade.
Em conversa com o Jornal, o diretor do Colégio Dimensão, uma das três escolas particulares da cidade, José Lúcio Pompeu de Campos, informou que as aulas presenciais vão até meados deste mês, retornando no início de agosto. As expectativas, portanto, é que só a partir do próximo mês, a adesão alcance a totalidade dos alunos. Neste primeiro momento ela gira em torno de 60%. "Optamos por iniciar de forma gradativa com as classes do Infantil e Fundamental 1, e a partir de agosto vamos ampliando, com o Fundamental 2, e assim que for aprovado, com o ensino médio também." explica ele. De acordo com o diretor, tanto os pais de alunos como a escola estão muito otimistas com este retorno às aulas: "Alguns pais preferiram mandar seus filhos em agosto, já que teremos 15 dias de recesso em julho. Sabemos, e respeitamos a decisão final fica a critério da família. Estamos seguindo todos os cuidados e protocolos de segurança, evitando por exemplo, aglomerações na chegada e saída dos alunos, e claro, o distanciamento entre eles na sala de aula." conclui Pompeu.
As aulas presenciais são complementadas com o chamado ensino a distância, pela Internet. Como foi divulgado no Decreto municipal, a partir de agosto, não havendo uma piora dos dados epidemiológicos, as escolas públicas municipais e estaduais devem também retornar com aulas presenciais.
Reconhecida nacional e internacionalmente, a artista plástica e arquiteta Janaína Mello, que é natural de São Gotardo, retorna com sua série de Ciclotramas. Seu mais novo trabalho pode ser visitado na Praça adolpf Block, no Jardim Paulista - São Paulo.
Suas obras transitam por diversas escalas – do objeto ao espaço público – e procuram se oferecer ao espectador como um lugar de relações rítmicas, explorando as diferentes facetas das nossas próprias trajetórias pessoais.
Com as Ciclotramas (palavra inventada por ela, fruto da pesquisa que desenvolve desde 2010), a ideia principal da artista é chegar a uma simplicidade essencial entre o processo de pensamento expandido e as temáticas que lhe afetam. Ela se apropria de uma linguagem mais aproximada da experiência das forças dinâmicas, da abstração matemática, das redes, da cartografia, até chegar a repetitiva essência mecânica do bordado; enfatizando a relação entre ritmo e tempo, mostrando a interconexão infinita das trajetórias individuais em um sistema, na sociedade ou no planeta. Seu trabalho transita entre diferentes escalas – do objeto aos espaços públicos.
Aqui a Ciclotrama se agiganta pra tratar não mais do fio indivisível e singular como nos trabalhos anteriores, mas toma um distanciamento em escala e sugere a potência contida em cada fio corda num sistema muito mais amplo.