Sob a direção do professor Evaldo Boaventura, docente do Centro de Ensino Superior de São Gotardo a mais de 10 anos, a Totum Cursos atua oferecendo cursos para turmas fechadas na área de tecnologia, especificamente treinamento em Microsoft Excel Básico e Avançado. Ao todo já foram treinados mais de 200 alunos de empresas de nossa cidade tais como Coopadap, Comercial Agrícola, Geraleite, Shimada, Sekita, Terrena, Agrocontábil, Agropesg e, também, de outras cidades tais como Tirolez e Creditiros Tiros, Verde Fertilizantes em Matutina e Translobão em Uberaba.
De acordo com o professor, o público atendido até o momento é composto majoritariamentepor profissionais experientes que buscam aprimorar sua formação para melhorar o desempenho de suas funções nas empresas em que atuam.Porém, segundo o professor, há uma carência de formação profissional nas parcelas do mercado de mão de obra não especializada como também dentre as pessoas que estão buscando seu primeiro emprego. Segundo ele “há muitas oportunidades de trabalho, principalmente em nossa cidade que tem uma economia aquecida devido ao agronegócio. O que falta, e essa é uma reclamação de muitos empresários, é mão de obra qualificada para assumir esses postos de trabalho.”
Observando essa oportunidade é que a TotumCursos estabeleceu uma parceria com a empresa Evolua, uma das maiores licenciadoras de cursos livres do país e trouxe um sistema inovador, baseado nas mais modernas concepções pedagógicas: o sistema interativo de ensino. Nele o aluno estuda diretamente em um ambiente informatizado. O método consiste em três etapas: interatividade, apostila e avaliação. Nesse processo, o aluno sempre conta com o acompanhamento de um instrutor para auxiliá-lo em suas atividades. Como o estudo é individual, o aluno tem seu ritmo de aprendizado respeitado. Assim, os alunos com mais facilidade podem acelerar o processo enquanto alunos com dificuldade em algum assunto podem se dedicar mais tempo até que a aprendizagem se concretize. “Contornar essas diferenças de ritmo de aprendizagem é praticamente impossível em uma sala de aula com vários alunos com perfis diferentes. Alguém sempre terá seu ritmo prejudicado, o que certamente implicará também no seu resultado ao final do curso”.
De acordo com o professor Evaldo Boaventura, serão ofertados cursos nas áreas de Gestão e Negócios, Tecnologia e Inovação, Marketing e Vendas e, também, Saúde e Bem Estar.“É um leque amplo de cursos que vai desde Recursos Humanos, Departamentos Pessoal, Contabilidade, Crédito e Cobrança, Vendas, Marketing Digital até desenvolvimento de aplicativos, programação de computadores e, como não pode faltar, a formação em Tecnologia Básica com Windows, Word, Excel e PowerPoint.”
Além do conhecimento adquirido nas aulas, os alunos também contam com outras vantagens como cursos e palestras complementares totalmente gratuitas, a emissão do certificado premium no qual o aluno pode emitir seu certificado pela internet quantas vezes quiser e o cadastro do currículo no site www.empregasaogotardo.com.br e ter seu currículo disponível para as melhores empresas da cidade e região.
A TotumCursos fica na Rua José Ribeiro de Souza, 529, sala 1, no bairro Nossa Senhora de Fátima e o contato pode ser feito pelo telefone 3671-2831 ou pelo site www.totumcursos.com.br
Ontem, 20 de março, por volta das 20h, passando pela avenida Antônio Inácio, contatamos a realização de um culto em um templo evangélico localizado naquela avenida. Mais de uma dezena de pessoas estavam aglomeradas no local. Provavelmente, por desconhecimento do estado de atenção e dos riscos que representa.
Diante da escalada de casos confirmados do novo coronavírus no Brasil e da recomendação de sanitaristas de que a redução do contato social é medida efetiva para reduzir a contaminação, governadores e prefeitos têm adotados medidas para restringir a circulação de pessoas.
Em recente decreto, a prefeitura alertou:
Art. 6º Fica determinado que não serão autorizadas pelo Poder Público Municipal as realizações de eventos públicos com aglomeração de pessoas; e fica recomendado que sejam evitados por terceiros nos seus recintos específicos a realização de eventos também mediante aglomeração de pessoas, em observância do princípio de cuidado, sob pena de descumprimento das medidas previstas no art. 3ª da Lei nº 13.979, de 2020, que acarretará a responsabilização civil, administrativa e penal dos agentes infratores.
A sociedade deve estar alerta sobre o alto risco de contaminação, e por isso, todos os setores devem estar envolvidos nesta luta, sob o risco de comprometer o que vem sendo feito para conter uma pandemia em São Gotardo.
Não se sabe se as igrejas evangélicas do município respondem à uma coordenação centralizada. O que agora se faz necessário. Toda e qualquer tipo de reunião de pessoas deve ser imediatamente cancelada.
Este fato nos leva ainda a reforçar a necessidade de instalação de um GABINETE DE CRISE, para que coordenar e unificar as ações de prevenção e combate ao Coronavirus.
Como medida para evitar aglomerações de pessoas, o Poder Executivo publicou hoje um decreto municipal determinando a suspensão das aulas na Rede municipal de ensino, incluindo creches. Fica também alterado o sistema de atendimento ao público na prefeitura.
Art. 4º Fica determinada a suspensão, por tempo indeterminado, a contar do dia 18 de março de 2020, de todas as atividades letivas e quaisquer outras atividades em grupo nos estabelecimentos da Rede Municipal de Ensino, inclusive nas unidades de atendimento em pré-escolar e creches, aguardando a evolução do quadro nacional a respeito da segurança para a saúde pública, mediante avaliação permanente.
Isolar as pessoas do convívio tem sido a principal estratégia para conter a disseminação do novo Coronavirus.
Na itália, por exemplo, onde o vírus está matando cerca de 400 pessoas por dia, os familiares das vítimas estão proibidas de ir aos velórios.
Outra evidência de que o Confinamento é caminho inevitável vem da China: ao isolar toda uma cidade e seus moradores, conseguiu evitar que o vírus se espalhasse.
Medidas que vêm sendo tomadas aqui em São Gotardo, caminham nesse sentido, confirmando que esta é a direção previsível. Neste primeiro momento, escolas estão sendo fechadas; assembleias, visitas, eventos e encontros estão sendo cancelados. Algumas repartições públicas como o Forum, Câmara e Prefeitura já estão de portas praticamente fechadas.
Em caso mais extremo o Confinamento vai obrigar a paralisação total de todas as atividades que envolvam o contato ou aglomeração pessoas. Todo o comércio, as repartições públicas, escolas, eventos socioculturais, bens e serviços, bem como a produção agrícola.
Quais serão os impactos? O que as autoridades e a classe empresarial, e os próprios moradores estão fazendo para lidar com uma situação nova como essa? O sistema de saúde, evidente, não está preparado para enfrentar uma grande demanda de pacientes, principalmente considerando os casos mais graves que necessitem de internamento em UTIs.
Hoje, a pergunta que devemos fazer é a seguinte: Até que nível o confinamento deve alcançar? E qual deve ser o ritmo de implantação das medidas? É aguardada para a próxima semana a decisão se o comércio vai fechar ou não.
Seria mais sensato ou necessário agir preventivamente? e decretar a paralisação de todas as atividades econômicas, como comércio e agricultura.
No caso das atividades no campo - motor de nossa economia, diga-se - o transporte de trabalhadores rurais, como ambiente de alto risco, deverá ser paralisado!?.
Cogita-se instalar um gabinete de crise, reunindo vários profissionais e representantes púbicos, para coordenar um plano de controle e combate ao coronavirus?
Boa parte das atividades econômicas ainda funcionam praticamente em clima de normalidade aqui São Gotardo.
Pelas experiências lá fora é de se prever que a Quarentena é uma questão de dias: todo mundo em casa sem poder sair, como ocorre hoje em dezenas de cidades pelo mundo.
A partir de amanhã o Jornal Daqui dá início a uma completa cobertura sobre os impactos do Coronavirus em São Gotardo.
Bancos estão limitando acesso a clientes.
O objetivo é evitar aglomerações. No Banco do Brasil, por exemplo, um comunicado informa que só podem entrar na agência 6 clientes por vez.
Um grupo de atletas vem se empenhando no esforço de serem ouvidos a respeito de uma antiga reivindicação: obras de melhoria no campo Jaci da Jovi. Como outras medidas não surtiram o efeito desejado eles foram até a Câmara Municipal pedir apoio aos vereadores, e ao mesmo tempo, ocupar a tribuna para expor sua reclamação.
Como o campo de futebol, localizado próximo ao loteamento Geraldo Marques, está situado em uma várzea são constantes os problemas de infiltração de água. A solução, como informou um dos representantes do grupo de atletas, passa pela construção de valetas para drenagem da água. Eles esperam providências do setor de obras da prefeitura.
Eles são resultados diretos, visíveis a olho nu, da ausência de Redes Pluviais na cidade. Além dos inconvenientes que causam a moradores e motoristas, representam um alto custo para os cofres públicos. São os preços da dívida que ano a ano quitamos pelas decisões equivocadas do passado. Atualmente a prefeitura mantém uma equipe e máquinas para uso exclusivo em operações tapa-buracos.
Fizemos uma rápida pes-quisa para saber quais os bairros da cidade de São Gotardo não dispunham de Rede Pluvial. A resposta? Praticamente todos. Dos mais antigos, como o Alto da Bela Vista e N. S. de Fátima, até empreendimentos recentes, como o bairro Mansões do Lago e Geraldo Marques. Apenas os bairros Novo Mundo e Saturnino Pereira dispõem de rede pluvial em todas as ruas. No distrito de Guarda dos Ferreiros a situação é crônica. Há bairros inteiros sem Rede Pluvial, sendo verificado ano após ano vários pontos de inundação, além de buracos espalhados em ruas e avenidas.
Principalmente na região onde está localizado o distrito e Guarda dos Ferreiros, a proximidade entre área urbana e campos de cultivo impõe a necessidade de delimitar regras quanto ao uso de defensivos agrícolas. Diante da evidência de riscos e impactos diretos à saúde dos moradores foi aprovada uma Lei municipal definindo critérios que atendam a normas de segurança.
De acordo com o projeto de Lei, de autoria do vereador Carlos Camargos e aprovado pelo plenário da Câmara Municipal, Equipamentos de aplicação de agrotóxicos deverá resguardar uma distância mínima de 200 metros de habitações humanas, além de nascentes, rios e estradas públicas.
De acordo com vereador Carlos Camargos, por ques-tões de saúde pública a nova Lei estabelece condições de segurança relativas à aplicação de agrotóxicos no município de São Gotardo.
No ano passado, conforme dados da secretaria municipal de Saúde, de um total de 759 partos registrados no município de São Gotardo, em 150 deles as mães estão inseridas na faixa etária entre 10 e 19 anos. Em quase sua totalidade, neste grupo, trata-se de gravidez não planejada. Estudos realizados por profissionais que atuam no acompanhamento pré e pós parto, indicam ainda que em boa parte dos casos as mães são obrigadas a assumir sozinhas todas as responsabilidades, contando unicamente com o apoio da própria família. A maioria das adolescentes que engravida abandona os estudos para cuidar do filho, o que aumenta os riscos de desemprego e dependência econômica dos familiares. Esse fatores contribuem para a perpetuação da pobreza, baixo nível de escolaridade, abuso e violência familiar, tanto à mãe como à criança.
Outro dado que merece especial atenção é o número de meninas com idade entre 10 e 14 anos que engravidam ainda na chamada fase de puberdade. Nos dois últimos anos ocorreram 18 partos nessa faixa etária. Chama a atenção o fato de que não estamos falando aqui de estupro ou relação não consensual. Aspectos socioculturais explicam a incidência da gravidez precoce. Mas não é só. A precária condição socioeconômica das famílias dessas meninas é na maioria das vezes, causa direta do problema. Reverter as estatísticas depende exclusivamente do desenvolvimento de políticas que combatam a desigualdade social. Campanhas educativas e de prevenção são sempre bem vindas.
Apesar de ser ainda tra-tado como tabu, o sexo já é assunto preferencial nas redes sociais entre jovens e adolescentes. Neste espaço no entanto reina a desinformação. Cabe às escolas e aos pais a tarefa de esclarecer as dúvidas, de usar a informação como medida preventiva.
Nossa reportagem con-versou com um especialista no assunto. Maycon Igor Dos Santos Inácio(foto abaixo) trabalha como coordenador permanente na Secretaria Municipal de Saúde. Veja abaixo a entrevista, elencada por tópicos:
"Geralmente não são planejadas. Em algumas situações essa gravidez passa também por não ser desejada, e é um impacto muito grande no psicológico dessa adolescente e da própria família. Temos profissionais aqui na secretaria de saúde para orientar e dar o apoio necessário para essa adolescente, principalmente por essas questões de impacto na vida dela e dos familiares."
"A grande maioria delas às vezes, tem uma irmã ou algum familiar já trabalharam como babá ou cuidadora , então elas entendem que aquele serviço que elas desempenham possa ajudar na maternidade de alguma forma. A maioria delas recebe essa surpresa e elas precisam ser preparadas para ser mãe. O corpo dela, o psicológico dela ainda não está preparado para essa função por mais que ela se apoie em algum familiar ou conhecido."
“Esse impacto da experiência prematura de ser mãe causa a evasão escolar dessa ado-lescente. Na grande maioria das vezes ela vai se sentir inferior às outras colegas, ela sente uma culpabilização por ela ter se engravidado. A própria sociedade faz essa repressão com ela, ao invés de dar o acolhimento, e ela acaba deixando a vida acadêmica por um longo período, da gravidez ao pós-parto, e até que a criança tenha condições de ficar em uma creche ou com outras pessoas. Durante todo esse tempo essa adolescente acaba não retornando para escola, e quando faz, ela acaba voltando para o Ensino de Jovens e Adultos(EJA) ou supletivo. Já em relação ao parceiro(pai da criança), quando ele é responsável e assume a paternidade, ele também acaba abandonando os estudos. Ele deixa a escola para trabalhar, para tentar ajudar a criar aquela criança."
"Geralmente a gravidez na adolescência revela um perfil socioeconômico de vulnerabilidade social, incluindo aí todos os fatores como saúde, psicológico, familiar... Elas vivem em moradia de baixa renda, em precária situação financeira ."
"Geralmente a gravidez veio de uma relação consentida, mas na maioria das vezes não é parceiro fixo. A maior parte vem por impulso mesmo. O próprio parceiro que as vezes, não que imponha, que force, mas que de maneira sutil vai induzindo a adolescente: "se você ficar comigo, se a gente ter relação, você vai provar que me ama...". Isso acaba induzindo muito a jovem, que às vezes está ali no seu primeiro relacionamento, num estado de paixão, então, essa situação também é muito comum: esse forçar do parceiro mas de uma forma bem discreta."
"Existe um tabu muito grande ainda em relação ao preservativo: alguns dizem que tira a sensibilidade, que vai tirar a sensação de prazer. Muitos homens não gostam, principalmente nessa faixa etária. Outra situação que acontece também é o uso indevido, o uso incorreto. Às vezes a pessoa acha que sabe usar e não sabe, que aquele preservativo que fica na carteira esperando uma hora dar certo, ou fica no porta luvas do carro, e quando vai usar ele já não é 100% seguro. Então, todas essas situações pode gerar uma gravidez, ou uma infecção sexualmente transmissível."
"Principalmente quando a gente vai lidar com o pai da criança ou namorado, a grande maioria dos homens acham que detém todo o conhecimento necessário, e a gente sabe que não é verdade. Quando ocorre essa relação consentida mas sem uso do preservativo é porque na maioria das vezes o casal não sabe usar, tanto a menina quanto o menino não sabem usar o preservativo."
"Em nossas campanhas tentamos manter o foco multidisciplinar, levando profissionais de diferentes áreas, abordando o mesmo assunto, levando a informação de uma forma mais leve e eficiente pra o nosso público. Durante todo o ano são realizadas essas ações tanto nas escolas, através do Programa saúde na escola, como em parceria com outros departamentos, o CRAS, o CREAS, o próprio Conselho Tutelar e o Conselho da criança e do adolescente. Estas campanhas abordam além da gravidez, complicações causadas por uma relação sexual desprotegida."
"Para cada faixa etária vamos usar uma linguagem diferente, vai ter uma abordagem diferente, mas de forma que a mensagem seja passada e ela se multiplique, que ela chegue em casa, que conte aos pais o que aconteceu, que os pais tenham ciência do que foi falado, para que eles também tenham o papel de educadores da saúde. Que essa responsabilidade não fique só com a escola, não fique só com os profissionais de saúde, é muito importante que os pais também estejam presentes nessa discussão."
A fase adolescente mudou no decorrer do tempo. Pode-se afirmar que as concepções de gravidez precoce no passado eram diferentes das atuais. Décadas atrás a maternidade na adolescência era geralmente associada a um matrimônio estável, sendo vista como normal e aceitável. A mulher era, portanto, preparada para a maternidade logo no início da puberdade. Atualmente, a gravidez na adolescência é geralmente vista como um fator que altera o ciclo natural do desenvolvimento dos jovens, contrariando a expectativa contemporânea de que a maternidade só deve acontecer após a conclusão dos estudos, a obtenção de uma profissão, de um emprego e/ou casamento ou casa. A gravidez precoce surge como problema para a família contemporânea no sentido de que provavelmente a jovem mãe terá que abandonar os estudos, enfrentará dificuldade para conseguir emprego e para nele se manter, tornando-se dependente da família para sobreviver.
Imagine o seguinte cenário: Diante dos altos preços de mercado, algumas centenas de pessoas resolvem se unir e levar à frente uma ideia que, além de original e inovadora: comprar um terreno e instalar nele um loteamento. Feitas as contas, eles concluem que o projeto é perfeitamente viável, economicamente falando. Contabilizadas todas as despesas com a compra do terreno e construção de toda infraestrutura(asfalto, redes de água, esgoto e pluvial...) o preço final de cada lote ficaria bem abaixo daquele praticado pelo mercado imobiliário.
De fato, está em curso um projeto que vem sendo gestado neste início de 2020, e que traça em seus contornos uma ideia, pelo que se sabe, ainda inédita: a implantação de loteamento a partir dos princípios do Cooperativismo.
Primeiro, um diagnóstico: Diante da grande demanda por casa própria é de se concluir que existe um contingente enorme de pessoas interessadas em adquirir um lote, ainda mais se o valor se encaixar às capacidades de posse do orçamento familiar. Para certificar a viabilidade do projeto foi preciso antes de mais nada constatar e confirmar esta demanda. Com este propósito foram abertas as inscrições aos interessados em adquirir um lote onde o valor é pré-estabelecido em conformidade com os custos de implantação do projeto, e claro, bem abaixo dos valores de mercado. A procura superou as expectativas, chegando a mil inscrições em poucos dias.
Inicialmente, a proposta de se adquirir um terreno para implantar o loteamento incluía a divisão da área total em duas. Uma, seria paga pela prefeitura, e seria utilizada conforme as normas vigentes da ordem pública. Porém, diante de entraves burocráticos isso não foi possível. Partiu-se então para o modelo único onde o sistema de cooperativismo seria a mola mestra do projeto. Este novo formato corresponde no entanto - e de tabela - ao arcabouço das políticas de interesse social. O Estado, como entidade representativa deve ou deveria fomentar iniciativas como esta, buscando implementar soluções alternativas para demandas sociais, como a moradia. Neste aspecto, este novo formato de Loteamento atende às necessidades da população de São Gotardo.
Feitas estas considerações é de se concluir que o referido projeto se apresenta como novo modelo de acesso a bens imóveis. Para que pudesse sair do papel foi necessário que um grupo de empresários assumisse a responsabilidade como garantidores da compra do terreno, no valor de R$18 milhões de reais. Este montante será pago, evidente, pelos próprios associados da recém criada Cooperativa Habitacional de São Gotardo. O valor será pago em parcelas escalonadas.
Seiji Sekita, legalmente, vem coordenando o processo, não na condição de prefeito, mas de empresário. Ele já tem experiência com o cooperativismo. Levou à frente, por exemplo, um projeto onde pequenos produtores sem terra se agruparam para ter acesso à áreas de plantio. Foi a partir desta experiência que ele lançou a ideia de se aplicar os princípios do cooperativismo na implantação de um loteamento coletivo, se assim podemos chamar. Seiji está recebendo o apoio de outros empresários, que assim como ele defendem a ideia.
Assim que foram confirmadas as inscrições dos interessados passou-se à etapa seguinte, a fundação de uma cooperativa em acordo com o organograma desse modelo de associação, qual seja, uma sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de ordem civil, constituída para prestar serviços aos associados. Os participantes assumem a posição de cotistas. No caso, cada uma das pessoas que preencheram o formulário de inscrição vão adquirir uma cota, na condição de cooperado. Seguindo este modelo de organização é eleita uma diretoria, e posteriormente a realização de assembleias, onde cada associado tem direito a voto, garantindo assim, total transparência. Assim sendo, não se trata portanto de um investimento onde não se almeja lucro.
Os organizadores do processo de implantação do novo loteamento já estão tomando as providências necessárias, como a aquisição do terreno, que tem área total de 98 hectares; além do cronograma de pagamento do mesmo. Como foi informado à nossa reportagem, o cooperado que, por um motivo ou outro, desistir depois de já ter pago parcelas referentes à cota adquirida, terá seu dinheiro recebido de volta.