Uma curiosa e inusitada combinação de eventos históricos circunda a aparente dúvida sobre as origens do nome de nosso munícipio. Estamos falando de uma coincidência que escapou aos radares do mais astuto dos adivinhos. Afinal, quem poderia imaginar que um simples nome de município pudesse gerar tamanho rebuliço – só aqui mesmo, na terra do Confusão.
Para quem não sabe, existem duas versões históricas sobre as origens do nome ‘São Gotardo’.
Explico. Existem dois ‘Gotardos’. O primeiro deles, viveu há 10 séculos atrás, ali pelas bandas dos Alpes suíços. Estamos falando de Godehard von Hildesheim ou, simplesmente, Gotardo de Hildesheim, uma cidade alemã). Ele foi santificado pelo papa da época no ano de 1132. A veneração do santo se espalhou para a Escandinávia, Suíça, Áustria e para a Europa Oriental.
O segundo Gotardo, o Joaquim Gotardo de Lima, era um chefe de família que migrou para o vale do Confusão no ano de 1836. Registram os anais da história que foi um dos primeiros a chegar por aqui.
Qual a verdadeira hipótese, se apenas uma deve prevalecer? Como dimensionar o alcance e impactos que tal dúvida acarreta, a começar pelos livros de história e pelo que é ensinado nas escolas? Como determinar com o máximo de precisão possível qual é a verdadeira? E tão impor-tante quanto, qual grupo de estudiosos e historiadores vai bater o martelo e oficializar em definitivo qual a verdadeira origem do nome?
Até hoje, passados mais de um século, a pergunta permanece sem uma resposta definitiva, e que resolva de vez dilema de tal monta.
Dito isso, vamos ao que interessa, as duas versões.
1ª Versão: o nome é uma homenagem a Joaquim Gotardo de Lima
“Os primeiros habitantes da região da Mata da Corda e adjacências, compreendendo também a faixa territorial em que se acha localizado o município de São Gotardo, anteriormente à fundação do primitivo arraial, derivam, certamente, das expedições que penetravam o sertão, não só visando à fiscalização da cata do ouro e comércio de pedras preciosas, como também povoando os lugares por onde passavam, construindo fazendas, fundando povoados, erigindo capelas.”-(wikipedia).
“Nos primórdios do século XIX, Antônio Valadares e Domingos Pereira Caldas, saindo da região de Pitangui em busca de terras de cultura, fixaram-se às bordas da Mata da Corda. O primeiro estabeleceu-se próximo ao atual "Córrego Confusão" e o segundo apossou-se de terras a quatro léguas de distância do primeiro, no lugar hoje denominado "Campos Domingos Pereira".
Nos cartórios de registro de imóveis da cidade, persiste até os dias atuais a es-critura de uma gleba de terras às margens do Confusão, tendo como origem a “Fazenda Valadares”, confirmando que a tese de que Antônio Valadares foi um dos, senão o primeiro a assentar moradia por aqui.
Algum tempo depois, em 1836, proveniente do Arraial de Carrancas, Joaquim Gotardo de Lima e Leonel Pires Camargos, vêm residir no local em que hoje se acha a cidade de São Gotardo, em terrenos de Antônio Valadares. Joaquim Gotardo, adquirindo prestígio ali era, em 1º de agosto de 1837, nomeado Inspetor Interino de Quarteirão. Foi esta nomeação que deu distinção a seu nome. Digamos que tenha sido o primeiro mandatário, graças a seu tino político. O núcleo populacional cresceu em torno da propriedade de Gotardo e o Arraial foi denominado Confusão. Em 1852 foi elevada à categoria de distrito com o nome de São Sebastião do Pouso Alegre. Passou a se chamar São Gotardo em 1885.
Prevaleceu ao longo da história que “A vila de São Sebastião do Pouso Alegre teve seu topônimo mudado em 27 de agosto de 1885, para vila de São Gotardo, em memória de Joaquim Gotardo de Lima, considerado o fundador da cidade que, ao que parece, não viveu no lugar pelo resto de sua vida. Não se tem notícia de terem ficado, no município, descendentes dele...” Fonte: site da Prefeitura Municipal - www.saogotardo.mg.gov.br
A versão acima, extraída possivelmente do livro História de São Gotardo, de Juquinha Carneiro, foi tida como incontestável e única até bem recentemente, até que surgiu uma nova interpretação, como veremos na segunda parte dessa reportagem.
Não se tem notícia de documentos ou registros oficiais que de alguma maneira confirmem a alegada homenagem a Joaquim Gotardo de Lima como origem do nome do município. Além disso, soa muito pouco crível que um cidadão comum que era o nosso Joaquim, fosse elevado à categoria de Santo por mera conveniência. Santo mesmo, de papel passado e insígnia papal só se tem notícia de um Gotardo, o São Gotardo lá da Alemanha. Ele é o personagem central de nossa segunda hipótese que afirma o seguinte: o município de São Gotardo recebeu este nome como forma de homenagear a memória da imperatriz Leopoldina, esposa de D. Pedro I
Na próxima edição, esta segunda versão revela a curiosa relação entre uma figura nacional de proa, a primeira imperatriz do Brasil, e o nosso município. Até lá.
Em evento realizado no dia 22 de setembro, a Prefeitura oficializou a entrega do primeiro certificado de Inspeção sanitária à empresas interessadas em comercializar legalmente seus produtos de origem animal. Presentes na cerimônia a prefeita municipal Denise Oliveira, o presidente da Câmara, Lander Inácio, vereadores e secretários municipais, entre eles, Dener Castro, titular da secretaria municipal de desenvolvimento sustentável, pasta responsável pela implantação do Sistema de Inspeção municipal. Representando o Consórcio Inter-municipal de Desenvolvimento Sus-tentável do Alto Paranaíba (CISPAR), .......Este consórcio reúne 17 municípios – devendo chegar a 20 ainda este ano – totalizando um universo consumidor de meio milhão de pessoas.
A partir de agora, uma indústria de produtos de origem animal(carne, leite, ovos, mel de abelha, etc.) instalada aqui em São Gotardo e de posse do Certificado poderá comercializar seu produto neste vasto mercado. Duas iniciativas viabilizaram este fomento à indústria local: a adesão do município ao CIPAR e a criação do SIM – Serviço de Inspeção Municipal.
A criação de um Sistema municipal de inspeção sanitária, instituído por Lei aprovada pelo Poder Legislativo, tem impactos diretos não apenas na cadeia industrial de produtos de origem animal, mas também no outro lado do balcão: ao exigir a aplicação de normas como higiene e padrões de segurança alimentar, o consumidor tem a certeza de estar levando para casa um produto vistoriado e certificado.
A entrega do primeiro certificado é, portanto, resultado de um longo processo de regulamentação, e que teve início em 2021. Disse a prefeita Denise Oliveira durante o evento: “A partir de agora, com menos burocracia para a formalização do pequeno e médio produtor, e o sistema já devidamente instalado, as vantagens com o novo modelo vão alavancar novos empreendimentos no município, gerando mais empregos e renda.”
A união de municípios no que tange o Serviço de Inspeção Municipal tem como objetivos principais, fomentar, regulamentar e ampliar os horizontes de comercialização de produtos da agroindústria regional, bem como garantir segurança alimentar aos consumidores. Através do consórcio, as agroindústrias poderão comercializar seus produtos no âmbito dos municípios consorciados. Através de uma capacitação do Ministério da Agricultura, o consórcio se prepara para fazer a certificação em nível nacional, o que eleva ainda mais as possibilidades de crescimento do setor.
O Serviço de Inspeção Municipal viabilizado através do CISPAR, já conta com a adesão de 17 municípios, entre eles: João Pinheiro, Presidente Olegário, Patos de Minas, São Gotardo, Gui-marânia e Patrocínio. Outros três municípios estão em processo de adequação de legislação para fazer a adesão. Desde sua implementação, o projeto conta com a parceria da Amapar e do Sebrae.
Já em fase final de regulamentação, o CIPAR deverá celebrar convênios e adequações a outros sistemas de inspeção regionais, estaduais e federais, possibilitando assim que um produto certificado aqui em São Gotardo possa ser comercializado em todo o território nacional.
Até o advento das 'Parabólicas' o sinal de Tv chegava até a casa do telespectador via terrestre. Por este sistema o sinal era transmitido por uma Torre de Televisão de um ponto alto da cidade, e cap-tado por uma antena tipo 'espinha de peixe' ou similar, instalada nos telhados das casas. Este tipo de sinal conhecido por VHF, era analógico e não, digital. Tratava-se de uma tecnologia limitada, com poucos canais e baixa qualidade do sinal, quase sempre com 'chuviscos'. Exatamente por essa razão, muitos consumidores optaram por receber os sinais de tv via satélite, por parabólica; uma tecnologia também restritiva, devido aos custos do equipamento. É importante ressaltar que a partir do ano passado as operadoras que prestam esse tipo de serviço passaram a cobrar uma taxa anual também pelo acesso aos canais disponibilizados via parabólica.
Como se viu acima, os sinais por via terrestre de Tv aberta(sem custos de recepção de sinal como é o caso da chamada Tv fechada, mais conhecida por tv por assinatura) precisava de melhorias, tanto na qualidade de sinal como na oferta de mais canais. A partir desta demanda e do surgimento da Tv digital começou a ser implantado no Brasil há cerca de 10 anos um novo sistema de transmissão de Tv, a Tv digital. Na maioria das cidades brasileiras já está em operação este novo sistema.
Em São Gotardo, sua implantação - que já deveria ter ocorrido a bem mais tempo - chega agora em sua fase final, com a instalação de novos transmissores na torre localizada na parte mais alta do bairro São Geraldo. A partir desta torre de transmissão os sinais de tv chegam até as casas, onde são captados por uma pequena antena de UHF. Os sinais, além da qualidade superior, são gratuitos, e nesta primeira etapa, 14 canais de tv já estão disponíveis para os telespectadores.
Como explica o responsável técnico pelo sistema de transmissão de Tv, Hailton Ananias: “é muito fácil e simples receber os sinais de tv em casa. Primeiramente é preciso verificar se o aparelho de tv já vem com o Conversor de sinal, lembrando que as chamadas Tvs digitais, de tela plana já dispõe desse mecanismo de conversão. Agora, se o aparelho de Tv for de Tubo, daqueles modelos mais antigos, será necessário instalar um Conversor de sinal, de analógico para digital. Feito isso, basta instalar uma pequena antena de UHF no telhado da casa, conectar via cabo e programar o aparelho de Tv para começar a receber os sinais. O processo é muito simples, e funciona como era antes, bastando trocar o tipo de antena. Se houver dificuldade, conclui Hailton, “o recomendado é contratar um técnico para fazer a instalação”.
Como forma de homenagear e relevar a contribuição de homens e mulheres na construção de nossa história nas diversas modalidades esportivas, a Secretaria municipal de Cultura, Esporte e Turismo dá nome ao campeonato municipal de futebol amador a uma figura ilustre, e que dedicou parte de sua vida à equipe titular do município, o Sparta Esporte Clube.
Estamos falando do saudoso Chico Alfaiate. Sua foto, estampada no folder ao lado, revela sua intimidade como o time do coração.
Ele de fato vestia a camisa verde e branca, e tinha posição fixa na equipe. Seria uma espécie de 12º jogador, sempre de olho nas redes do adversário.
Curiosamente, sua 'função tática' na equipe era de garantir ordem na retaguarda, nos preparativos, levando para o gramado aquilo que sabia fazer de melhor, se esmerar no trato com o vestuário. Chico era alfaiate dentro e fora do campo: tudo combinava. Sua profissão, seu ganha pão, claro, era a de alfaiate. Ele confeccionava roupas, principalmente ternos masculinos.
Mas nos domingos, ele vestia uma outra camisa, a de 'roupeiro do Sparta', se transfigurando naquele personagem famoso de Korosawa, o sétimo samurai.
Francisco das Chagas Teixeira, o Chico Alfaiate nasceu no ano de 1926, no dia 30 de setembro, vindo a falecer no ano de 2010. De sua união com D. Maria, sua esposa, teve quatro filhos: Jales, Vanessa, Andreza e Vanisse.
Transcrevemos abaixo alguns trechos de uma homenagem de sua família, redigida em letra de forma por um de seus filhos, o contador Jales Gomes:
“Desde a infância já corria atrás de bola nas várzeas e campos de terra batida da região, nas mais diversas peladas de fim de semana...foi nessas pelejas de futebol que tornou-se um verdadeiro apaixonado pelo nosso Sparta Esporte Clube, participando de todas as fases de sua história de glória. Por longa data viveu intensamente como colaborador da entidade, dedicando-se a cuidar dos uniformes da equipe, desempenhando o papel de roupeiro. Se adaptou muito bem à tarefa, já que o tecido, as roupas já faziam parte de seu cotidiano. Cuidava das vestimentas do time alviverde como se fosse sua própria roupa. Fazia alguns reparos, se necessário, e até já os distribuía aos atletas no vestiário, já tendo a escalação gravada na mente, agindo como se fosse um auxiliar do técnico.”
Jales, ainda criança, relembra: “Eu me lembro como se fosse hoje, de ajudar meu pai a recolher os uniformes do Sparta no fim dos jogos. Os atletas o respeitavam com a um pai. E ai de quem ousasse pisar no uniforme após o banho”.
Este campeonato de futebol amador resgata a mais importante competição do município, que por quase uma década não vinha sendo realizado. Seu retorno coincide portanto com esta homenagem ao Sr. Chico Alfaiate. A ideia é que a cada ano um expoente de nosso esporte seja homenageado dando nome a uma competição.
Os jogos que tiveram início em julho entra agora em sua fase final.
Os produtores rurais da Região de São Gotardo comemoram a aprovação da Indicação Geográfica, na modalidade Indicação de Procedência, pelo Instituto Naci-onal da Propriedade Industrial (INPI), para a produção de cenoura, alho, batata e abacate. O reconhecimento deve beneficiar cerca de 400 agricultores do Alto Paranaíba, um dos mais importantes polos produtores de hortifrúti do país, composto pelos municípios de São Gotardo, Tiros, Matutina, Ibiá, Rio Paranaíba e Campos Altos.
A Indicação Geográfica (IG) é um reconhecimento que garante a procedência do produto e sua qualidade, além de ser um diferencial competitivo para os produtores da região. Dividido em Deno-minação de Origem (DO) e Indicação de Procedência (IP), o registro de Indicação Geográfica evidencia a reputação, as qualidades e as características de produtos e serviços de uma localidade.
A produção das quatro culturas - cenoura, alho, batata e abacate - é caracterizada pela excelente combi-nação de solo, clima, relevo e a alta tecnologia, aliada à força do coletivo e do empreendedorismo, o que resulta em uma produção diversificada, rastreável e com qualidade superior.
A conquista foi intermediada pelo Sebrae Minas e será um fator de diferenciação para a produção de hortifruti. Marcando presença na Fenacampo o SEBRAE montou Stand para divulgar seus produtos e serviços. O Jornal Daqui conversou com a Analista de negócios do SEBRAE, Naiara Rodrigues Marra: “Nós estamos aqui numa região que é uma das mais importantes produtoras de HF(HortiFruti) do mundo. Este selo é uma forma de garantir para o consumidor que ele está comprando um produto daqui da Região de São Gotardo. Este reconhecimento agrega valor para toda a região.”
Desde 2011, os produtores, por meio do Conselho Regulador da Região de São Gotardo, buscam transformar a região que é referência em inovação, valorização do coletivo e de qualidade. Com a estruturação da governança local e de todo o processo produtivo, o território criou, em novembro de 2014, o selo de Origem e Qualidade Garantida, uma marca coletiva que é utilizada por produtores associados ao Conselho. A iniciativa possibilitou o fornecimento dos hortifrútis para uma grande rede supermercadista de Belo Horizonte, em 2019.
Agora, com o deferimento da Indicação de Procedência, que teve o pedido registrado em junho de 2016, todo e qualquer produtor que estiver no território, e seguir o Caderno de Especificação Técnica, pode fazer o uso do registro.
Em formato côncavo, a principal rua da cidade não prima nem por extensão, e muito menos por relevo. Ainda assim, ostenta o título de centro nevrálgico, de veia principal da cidade. Nada entra ou sai sem passar por ela. Conectando as duas praças principais, estampa em sua insígnia o nome do primeiro prefeito de São Gotardo. A bem da verdade, deveria se chamar rua Prefeito Bento Ferreira dos Santos. Nas fotos abaixo momentos distintos ao longo da história.
2022 marca o retorno de uma série de eventos anuais, e que foram cancelados nos dois anos anteriores por causa da Pandemia. Neste calendário oficial de eventos destaca-se neste mês de setembro a volta da mais tradicional expressão folclórica de São Gotardo, a Festa do Rosário. E neste ano, o tão esperado retorno coincide com a inauguração da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, no Bairro Taquaril.
Associada ao fenômeno cultural conhecido como sincretismo religioso, entidades dos cultos africanos eram identificados aos santos do catolicismo. Assim, a Igreja, as autoridades e os senhores de engenho em geral aceitavam ou prestigiava.
Animada por danças, cantos e música, a procissão a Congada é realizada sempre no mês de setembro. Ao final do dia de comemoração os dançadores seguiram em procissão até a igreja de Nossa Senhora do Rosário, no bairro do Taquaril. No séquito, a presença de uma corte e seus vassalos, realizam a cerimônia de coroação do Rei Congo e da Rainha Ginga de Angola - uma personagem da história africana, a Rainha Njinga Nbandi, do século 17. Esses autos, contudo, não existiram no território africano. Registram os anais da história que reis e rainhas foram trazidos junto com seus súditos em navios negreiros. A congada foi uma maneira de manter acesa as heranças sociais presentes no país de origem. No séquito, a presença de uma corte e seus vassalos, realizam a cerimônia de coroação do Rei Congo e da Rainha Ginga de Angola - uma personagem da história africana, a Rainha, do século 17.
Dar um passeio aos domingos pela manhã na praça São Sebastião pode surpreender um visitante de primeira viagem. Entre mesas e barracas um universo de sabores vai temperando e seduzindo os paladares mais exigentes, com direito a garapa, pamonha, pão de queijo, peixe frito, e claro, o tradicional pastelzinho de feira. Agora você já sabe, todo domingo tem festival de gastronomia na praça.
Percorrer as dezenas de barracas da Feira livre é hoje convite obrigatório, não só para as donas de casa que vão até lá a procura de legumes e verduras frescas, ou quem sabe um Frango assado pro almoço de domingo. A 'feirinha' é também ponto de encontro, e não se limita às barracas de frutas e verduras.
Boa parte de seus frequentadores são atraídos mesmo é pela irresistível variedade de sabores e opções gastronômicas oferecidas pelos feirantes. Donos e donas de cozinha transformam barracas em restaurantes e lanchonetes a céu aberto, e tudo vai sendo produzindo ali mesmo, direto do fogão pra clientela. O cardápio é amplo e variado, incluído além de uma infinidade de tiragostos e petiscos, um delicioso almoço a la carte, pra servir ali mesmo ou levar pra casa. Tem feijão tropeiro, macarronada, peixe frito, carne assada...tudo muito bem temperado e seguindo normas rígidas de higiene e de qualidade dos produtos manipulados.
Falando em salto de qualidade, é importante ressaltar que a Feira passou por várias adequações, principalmente com a mudança de endereço a partir do ano passado. Ela vem se profissionalizando a cada dia graças aos incentivos e serviços de controle de qualidade da prefeitura através da Vigilância sanitária e da Secretaria municipal de agricultura e meio ambiente. Hoje os feirantes usam avental personalizado e seguem uma série de normas e padrões de qualidade, que ao final, beneficiam a eles mesmos e ao público consumidor. Mesmo porque estamos falando de produtos alimentícios e os cuidados com a saúde estão sempre em primeiro lugar.
Para os comerciantes, pequenos empresários e pequenos produtores rurais, a Feira representa hoje uma importante fonte de renda e de subsistência, servindo também de complemento a outras atividades exercidas ao longo da semana. Neste sentido, a Feira cumpre também uma função socioeconômica gerando emprego e renda tanto para os pequenos produtores rurais como para donas de casa que tem a oportunidade de ajudar no orçamento doméstico e ao mesmo tempo explorar seus dotes culinários.
Através de um programa criado com a finalidade de proteger os mananciais de água pluvial da bacia do Rio São Francisco, foram investidos recursos da ordem de R$93 mil reais aqui no município de São Gotardo, na micro-bacia do Córrego Confusão.
Trata-se da construção de pequenas barragens em áreas previamente escolhidas, e que têm por finalidade a contenção das águas das chuvas, evitando erosão no solo e fortalecendo os lençóis freáticos, já que parte da água armazenada nesses bolsões é filtrada pela terra, ajudando assim, na conservação e fortalecimento dos mananciais.
Ao todo foram construídas 180 bacias em área abrangendo 30 propriedades rurais. Além dessas bacias o projeto incluiu também a construção de 18 Km de Terraços(curvas de nível), também com a finalidade de se evitar erosão e lançamento de dejetos no curso do Córrego Confusão.
Este programa é resultado de uma parceria entre os governos Federal e Estadual e foi conduzido e implantado aqui em São Gotardo pela EMATER, que contou ainda com o apoio da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de agricultura e meio ambiente, e da Câmara de vereadores.
Concebido no início da década de 1990, há 30 anos atrás portanto, o projeto do Balneário foi abortado logo depois de construída a sua barragem(as razões será tema de uma futura reportagem). Ao longo de todo esse tempo sua vocação de área de lazer foi sendo ignorada pelas sucessivas administrações municipais(cinco ao todo), frustrando expectativas de uma população carente de espaço para diversão e atividades recreativas.
Relegado durante todo esse tempo a mero cartão postal da cidade – e quando muito, com uma pista de caminhada por sua orla – o Balneário vai finalmente ver realizado o seu desígnio: ser palco do maior centro de lazer da cidade, e o que é mais importante, ser aberto ao grande público, independente de classe A, B, ou C. O Lazer e a diversão democratizados.
O lançamento oficial do projeto denominado “Parque dos Ipês” foi feito no último dia 23 de junho às margens da Lagoa. Acompanhada de seu vice prefeito, secretários e assessores, a prefeita municipal Denise Oliveira anunciou que as obras serão iniciadas já, nos primeiros dias de julho. Participaram também da Cerimônia de lançamento o presidente da Câmara municipal, Lander Inácio, e vários parlamentares do poder Legislativo, que vem dando todo apoio ao projeto.
O novo Complexo de Lazer vai ocupar uma extensa área, hoje ociosa, entre a Lagoa e a avenida Rio Branco. Orçado em R$ 5 milhões de reais o Parque dos Ipês inclui duas quadras esportivas( Society e grama sintética), uma quadra para peteca, uma pista de Skate, Quiosques, Banheiros para atletas e público em geral. A segurança dos usuários e frequentadores do novo espaço vai contar com um alambrado ao redor de toda a orla da lagoa, além de estacionamento privativo e seguro. As obras serão realizadas com recursos próprios da prefeitura.