A Comissão Europeia adotou neste início de fevereiro regras que reduzem os limites autorizados para a presença residual em alimentos, inclusive importados, de dois neonicotinoides, agrotóxicos que aceleram o declínio das colônias de abelhas e cuja pulverização já é proibida na UE (União Europeia). O pesticida é amplamente utilizado no Brasil.
Esses limites serão aplicados a todos os alimentos produzidos na UE, mas também às importações de alimentos e ração animal. A medida será imposta aos produtos importados a partir de 2026, de forma a dar tempo aos países terceiros para se adequarem às novas regras.
O Brasil é o principal destino de mais da metade dos registros de exportações desses agrotóxicos da UE de acordo com registros da Agência Europeia das Substâncias Químicas.
De acordo com o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos, este tipo de pesticida foi o mais encontrado, em um levantamento feito em 2019, em frutas e verduras no Brasil.
Ao matar abelhas, os neonicotinoides prejudicam também a produção das lavouras. Isso porque elas são os principais polinizadores da maioria dos ecossistemas, promovendo a reprodução de diversas espécies.
Fonte: Folha de São Paulo