Apesar de estar pela primeira vez ocupando um cargo eletivo, o vice-prefeito Paulo Eugênio já circula nos corredores do campo político/administrativo desde 2012. Chegou a se candidatar ao cargo de vereador, mas não fui eleito. Em 2013 foi convidado pelo prefeito Seiji Sekita para ocupar o cargo de secretário de administração em seu primeiro mandato. Em seguida trabalhou no departamento técnico da Câmara municipal. Paulo Eugênio reconhece que foram experiências importantes, e que lhe deram bagagem e conhecimento tanto no executivo como no legislativo. “Tudo isso vem agregar para que eu possa atuar e contribuir neste cargo de vice-prefeito para a gestão da prefeita Denise, e ao lado de toda sua equipe. Acredito que a política é um meio de transformar a vida das pessoas, e isso deve ser direcionado para melhorar a qualidade de vida, principalmente dos mais necessitados. Mais saneamento, mais educação, mais infraestrutura, melhores condições para o meio ambiente...tudo isso para melhorar a qualidade de vida de toda a população.” Afirma ele.
Nesta entrevista, o vice prefeito Paulo Eugênio fala de sua dobradinha com a prefeita Denise Oliveira, e também de demandas e soluções ao longo destes nove meses de início de mandato.
Não temos dúvida que é preciso oferecer um espaço adequado, um espaço limpo para toda nossa comunidade, e também dar melhores condições para os funcionários que aqui trabalham. Além disso, é importante que prédio da prefeitura acolha bem os nossos visitantes.
É um prédio bastante antigo, e pela sua precariedade, ele carecia de uma reforma, inclusive para dar mais acessibilidade aos contribuintes e a todos que necessitem de seus serviços. Era necessário que déssemos uma roupagem nova na sede da administração, e a prefeita Denise sempre deixou isso muito claro, de melhorar nossas condições de atendimento ao público.
É nosso primeiro cargo eletivo, tanto pra mim como para a prefeita Denise. Desde o início ela deixou claro o propósito de somar forças para desenvolver o nosso município. Sabemos das inúmeras necessidades, e que muita coisa já vem sendo feita, daquilo que planejamos. Esses nove meses foram de muita experiência, de adaptações, e também de imprimir a nossa marca, e sem sombra de dúvida, fazer com que a máquina funcione a favor de nossa comunidade.
Neste início, elencamos pri-oridades. Eu destacaria, por exemplo, a recuperação das estradas rurais. Desde janeiro estamos trabalhando nesse sentido, mas de uma forma diferente. Mapeamos e dividimos toda a região do município em setores, e assim concentrar todo o trabalho de recuperação em cada um deles até que fosse totalmente concluído. Desta maneira a qualidade do serviço prestado é superior e mais eficiente. Demos início também à construção do SAMU, que é um serviço de atendimento para urgência e emergência na área da saúde. É uma obra de extrema importância para o nosso município e que era aguardado desde 2014. Pleiteamos junto ao governo do estado, e fomos atendidos. Ele deve ser inaugurado em novembro. Outra obra importante foi a instalação do Centro de Acolhimento; não se trata de um albergue, mas um importante suporte para acolher pessoas em situação de vulnerabilidade, e encaminhá-las para o mercado de trabalho. Eu destaco também como importante obra da administração a substituição e instalação de lâmpadas LED na iluminação pública, em dezenas de ruas da cidade. Iniciamos esse trabalho em bairros como o Boa Esperança, Lírios do Campo..., mas todos os bairros serão atendidos, inclusive os distritos e povoados, como agrovila, Guarda dos Ferreiros, etc. É um projeto que garante mais qualidade de vida e mais segurança para a população. Falando em qualidade de vida, estamos trabalhando em melhorias na coleta de lixo, na manutenção e conservação de canteiros e praças; nesse sentido, estamos revitalizando a entrada da cidade, que é nosso cartão postal.
É objetivo da nossa prefeita que no ano que vem será instalado um departamento aqui na prefeitura para tratar exclusivamente do trânsito, e assim trazer melhorias na fluidez e na mobilidade urbana. Já está sendo projetado também um conjunto de obras de Drenagem da água das chuvas, com a construção de galerias pluviais, principalmente nos pontos mais críticos, inclusive para ter-mos condições de melhorarmos a malha asfáltica, que todos os anos sofrem danos por causa da força das enxurradas. Temos isso como meta prioritária
Em relação ao transporte coletivo, a Prefeitura está adquirindo um veículo para atender a comunidade rural no transporte dos moradores de Vila Funchal, Três capões, etc, que até então carecia desse tipo de serviço. Ele vai facilitar o trânsito entre a cidade e o meio rural.
Ainda com relação ao meio rural, nosso município foi comtemplado com liberação de R$2,5 milhões de reais da Vale do Rio Doce. E este recurso será aplicado na melhoria de nossas comunidades rurais, como Agrovila, Cerca Velha, Vila Funchal... com obras de pavimentação de ruas.
Existe uma possibilidade, mas ainda está em estudos no DER, a transferência do domínio público desse trecho para o município. Estamos falando de uma rodovia estadual, e de toda maneira qualquer investimento nela vai depender de recursos do próprio Estado. Nós sabemos que o trânsito de veículos ali é intenso graças ao agronegócio, mas que aumentou ainda mais com a trânsito de carretas transportando o minério da Verde fertilizantes. Neste sentido, precisamos de uma rota alternativa para melhorar esse fluxo veicular também dentro do perímetro urbano. A prefeita Denise ressalta a necessidade de dialogar e fortalecer parecerias com o Estado e com os municípios vizinhos para enfrentar esse tipo de problema.
Estamos falando de uma obra de grande porte, e é preciso antes de mais nada de elaborarmos um plano de mobilidade urbana e a construção de um Anel Viário dentro de um plano diretor, e que possa diluir o fluxo de veículos. Um dos objetivos desse plano é desafogar a área central da cidade, que hoje é rota quase que obrigatória se vamos de um bairro a outro. É um desafio que precisamos enfrentar, e começar a planejarmos agora para os próximos anos. A prefeita assinou recentemente um acordo de cooperação com o CREA, para que possa nos auxiliar nesse planejamento de um novo plano diretor e estrutural para o município.
Sem dúvida. Essa administração não vai se limitar aos quatro anos de governo. Precisamos pensar nas gerações futuras e a cidade que queremos amanhã. Nossa cidade cresceu sem um planejamento adequado.
Em sua recente visita a São Gotardo, o Secretário de Estado da Cultura, Leônidas Oliveira, reservou especial atenção a um dos patrimônios históricos do município, a Igreja Matriz. Acompanhado do diretor do Iepha, Instituto do Patrimônio histórico de Minas Gerais, Ele se reuniu com clérigos, representantes da Diocese de Patos de Minas e a prefeita municipal para discutir sobre um projeto de restauração do prédio físico da Igreja matriz.
Ficaram ajustados termos de compromisso com o objetivo de reverter recursos para esta finalidade. então eu enquanto secretario do estado também me disponho auxilias na restauração da igreja que também é patrimônio tombado pelo município também é dever do estado preservar .
Em entrevista ao Jornal Daqui, Leônidas Oliveira falou de sua disposição em participar pessoalmente do projeto de restauração: " Enquanto Sangotardense, eu falei com a prefeita Denise e com o pároco que eu mesmo faço o projeto, como arquiteto, e faço com muito gosto. Nós vamos buscar junto à Prefeitura, a iniciativa privada, e também o IEFA, que está aqui hoje com recursos e editais para que nós possamos restaurar a igreja sobre tudo na questão da iluminação. Enquanto Secretário do estado, também me disponho auxiliar na restauração da Igreja, que também é patrimônio tombado pelo município, e por isso é também dever do Estado preservar."
Quando o assunto é arborização da cidade, poucas iniciativas deram tão certo como o programa 'Adote uma árvore'. Aliás, a responsável pela empreitada, a ambientalista Suzana Borges, é especialista em transformar ideias em ações práticas e de ganhos inestimáveis para toda a comunidade: saiu de mãos o projeto pioneiro da Farmácia Verde, hoje, um patrimônio do município.
Há quinze anos o Projeto Adote Uma Árvore vem realizando plantios em parceria com empresas públicas e privadas. O resultado deste trabalho pode ser visto em ruas e praças da cidade de São Gotardo: sombra e flores, a contribuição para um ar mais limpo e uma cidade mais agradável e bonita.
A arborização de várias ruas, avenidas e praças de São Gotardo já foi feita com sucesso. Andar, hoje, na Avenida Rui Barbosa, na rua Naythres de Rezende, na Rua Dr Moacir Franco, na Avenida Rio Branco e outras, no início da primavera, está muito agradável. Os calistemos, ipês-mirim, jacarandás-mimosos, escumilhas africana, ipês-rosa, resedás, estão fazendo uma festa de cores em São Gotardo. Os ipês-rosa, nas praças São Sebastião e Sagrados Coração, chamaram a atenção de todos pela sua beleza e pela sensação de bem-estar.
Nesta 15ª edição do projeto, agora em 2021, a previsão é de que todas as mudas, mais de cem, já estejam plantadas até o dia 15 de outubro.
Cabe ressaltar o valioso e indispensável apoio das Empresas parceiras que bancam o custeio de despesas com grades, mudas, mão-de-obra e equipe de coordenação e transporte. O custo de cada árvore é de R$270,00, com direito a estampar a logomarca da empresa na grade de proteção.
Você, empresário, também pode imprimir sua marca neste projeto, adotando uma muda de árvore. Lembrando, que a participação de empresas em projetos ambientais coloca em evidência seu compromisso para a melhoria da qualidade de vida em nossa cidade e para a conservação do planeta. Maiores informações, falar diretamente pelo fone/ Whatsapp: (34) 9 8804-6855.
Como informa matéria publicada neste Jornal na edição de julho, a apresentação e apreciação em torno do projeto de lei demandou longas discussões e debates acerca de seus contornos legais. Não é para menos. A criação de um Sistema municipal de inspeção sanitária tem impactos diretos não apenas na cadeia industrial de produtos de origem animal, mas também no outro lado do balcão: ao exigir a aplicação de normas como higiene e padrões de segurança alimentar, o consumidor tem a certeza de estar levando para casa um produto vistoriado e certificado.
Ao longo de quatro meses a Câmara municipal se debruçou sobre as cláusulas do projeto. Deste esforço, compartilhado com a Secretaria municipal de desenvolvimento econômico sustentável, chegou-se ao texto final. Levado a plenário, os vereadores aprovaram a criação do SIM, Sistema de Inspeção Municipal, sob a Lei nº2517, de 26 de agosto. Em seu artigo 3º, fica estabelecida a obrigatoriedade da prévia fiscalização, sob o ponto de vista industrial e sanitário, de todos produtos de origem animal...processados no município de São Gotardo.
Destacam-se nesta cadeia de 'produtos', o Leite, o Ovo e o Queijo, mas inclui também, o mel, embutidos, etc. Estes produtos, antes de chegar até a mesa do consumidor, precisam ter sido previamente inspecionados. Esta garantia de qualidade se reverte em saldo positivo tanto para quem produz como para quem consume.
Sobre os vários aspectos que circundam este novo Sistema de inspeção, conversamos com o secretário municipal de desenvolvimento sustentável, Dener Castro. Veja em tópicos os temas abordados:
Este projeto surgiu com a intenção de atender a uma demanda solicitada por empreendedores desejosos de regulamentar seu negócio na área de indústria e processamento de produtos de origem animal. Para que ele possa comercializar é preciso o selo de inspeção. Esse serviço já existe a nível estadual e federal. A ideia é que o próprio município disponha de mecanismos similares para realizar o processo de inspeção e autorização para comercializar seu produto. É uma maneira de facilitar para o empresário a regularização de seu negócio.
O Serviço de Inspeção recém criado atua apenas no Atacado, na produção e venda por atacado. No caso do varejo, um estabelecimento de açougue por exemplo, que vende carne direto para o consumidor final, já tem seu produto inspecionado pela Vigilância Sanitária. Outro exemplo é o leite pasteurizado. O Serviço de Inspeção municipal atua apenas no laticínio que processa o leite, e não, nos supermercados que vendem o leite para o consumidor.
Nós já temos algumas demandas, principalmente na indústria de derivados do leite, como laticínios, inclusive de leite de Cabra; incluindo aí as queijarias, que fabricam, mesmo em menor quantidade, o famoso Queijo mineiro; mas há procura também no setor de granjas que comercializam ovos de galinha. A partir de agora todas as indústrias de processamento de produtos de origem animal instaladas ou que venham a se instalar em São Gotardo vão ser inspecionadas aqui mesmo, pelo próprio município.
Sim, ele também poderá ser inspecionado. Ocorre que ele vai continuar vendendo seu produto nos pontos de comércio, mas chegará um momento que o dono do supermercado terá que exigir desse produtor a Nota Fiscal da compra desse queijo, para atender às normas tributárias. A partir da criação desse sistema municipal de inspeção, a emissão da Nota Fiscal por parte do produtor de queijo só será liberada se ele tiver de posse do certificado de inspeção. Com este documento, este produtor poderá comercializar livremente não só em são Gotardo mas em todo região. Com isso, ele se profissionaliza, podendo investir com mais tranquilidade em seu empreendimento.
O que envolve as técnicas aplicadas nessa produção artesanal, o saber fazer, não mudam. O que muda são as normas e procedimentos para garantir a qualidade e segurança do produto. com isso, bastaria aplicar algumas normas de adequação no local onde o queijo é fabricado. Nosso objetivo é sempre de incentivar as melhorias necessárias, oferecendo informação e assessoria técnica, que no caso ficaria a cargo da Emater.
"É um projeto novo, que começou a ser discutido no mês de abril e só foi aprovado agora em agosto. Os vereadores, através das comissões de estudo, procuraram compreender o alcance do projeto e seus objetivos. Foram quatro meses de reuniões, estudos e debates, dada a complexidade do tema. Houve uma ampla discussão a respeito das taxas envolvidas no serviço de inspeção, e a aplicação de valores compatíveis com nossa realidade. A criação desse sistema municipal já era um sonho de vários produtores daqui,que até então encontravam grande dificuldade para regularizar seus empreendimentos. Nossa primeira preocupação foi identificar a cadeia produtiva e as pessoas envolvidas nela. Tanto o pequeno produtor que vende seu ovo ou queijo em pequena quantidade, como o empresário interessado em se profissionalizar e aumentar sua capacidade de produção deveriam ser beneficiados com a iniciativa. Além de alavancar nossa indústria de produtos de origem animal, oferecendo a possibilidade de regularizar e autorizar esse tipo de negócio, O sistema de Inspeção Municipal(SIM) tem por objetivo garantir um alimento seguro e de qualidade para os consumidores.
Com relação aos pequenos produtores, e como forma de incentivo, os vereadores acharam por bem garantir a isenção da taxa de inspeção.
Aproveito aqui para enaltecer o trabalho e empenho do secretário municipal da agricultura e meio ambiente. Dener é um profissional experiente, e sua passagem pela EMATER lhe deu um profundo conhecimento de toda essa cadeia produtiva, principalmente em relação aos desafios do pequeno produtor, e que contribuiu e muito, pelas várias reuniões que fizemos com ele, para o aprimoramento do projeto e seu encaminhamento para aprovação em plenário.
O mais importante é que o projeto está abrindo uma porta para o agronegócio. Até então, levar adiante um empreendimento nesse setor era quase impossível, obrigando muitos empresários produtores a viver na clandestinidade. A partir de agora eles podem se profissionalizar, e regularizar seu negócio, podendo vender seu produto nos supermercados e outros pontos de comércio de São Gotardo e toda a região."
Destacam-se nesta cadeia de 'produtos', o Leite, o Ovo e o Queijo, mas inclui também, o mel, embutidos, etc.
Os declives nas ruas cidade nunca foram obstáculo para os amantes do ciclismo. Ainda que pelo simples prazer de pedalar, há hoje um contingente enorme de praticantes dessa modalidade de esporte e lazer.
A ausência de espaço adequado, ou seja, de vias seguras, mobilizaram um grupo de ciclistas em defesa da construção de uma ciclovia às margens da MG235, que liga a cidade ao trevo Alpa. Eles se reuniram com a prefeita municipal, Denise Oliveira, e o vice, Paulo Eugênio, para pedir apoio à iniciativa. O grupo contou com o apoio do presidente da Câmara, Carlos Camargos.
Como ressaltou um ativo defensor da causa, o ciclista e cabeleireiro Gilson, bastaria nessa primeira etapa, a pavimentação de uma ciclovia em chão batido, e posteriormente, se possível, asfaltada. De acordo com os participantes do encontro(foto) a prefeita se comprometeu a pleitear junto ao governo estadual a realização da obra. Outra alternativa apresentada é construir uma ciclovia às margens da rodovia que liga São Gotardo ao distrito de Capelinha do Abaeté.
Perto de completar meio século de história, o Padap - Programa de assentamento dirigido do Alto Paranaíba, revisita suas raízes, fazendo emergir fatos e personagens daquele distante ano de 1974, quando tudo começou. Ao longo de todo esse tempo, por mais de uma vez, prestou-se homenagens, aqui e ali, mas sempre limitando-se à circunferência local.
Pela primeira vez, agora em 2021, São Gotardo rende, em tempo, seus préstimos e reconhecimento a um dos atores que teve papel central nessa história, o homem público Alisson Paolinelli, à época, ocupando o cargo de secretário de estado, e pos-teriormente, de Ministro da agricultura. Sua proeminência no desenrolar dos eventos que culminaram com a implantação do primeiro projeto de ocupação do cerrado, foi lembrada e relembrada nos vários discursos proferidos durante a cerimônia em sua homenagem, realizada no dia 4 de outubro, no salão de eventos do Rotary Club.
Numa iniciativa da Prefeitura municipal, OAB-MG e Comissão Estadual de Direito do Agronegócio, o evento contou com a presença de autoridades do poder Legislativo local, de vários prefeitos de cidades vizinhas, de três deputados federais, membros e diretores da OAB-MG, de presidentes de entidades do setor do agronegócio, e como não poderia deixar de também marcar presença, de migrantes agricultores da colônia japonesa, os primeiros a cultivar o até então, árido solo do cerrado brasileiro. Ao sediar e promover esta cerimônia, São Gotardo reafirma seu protagonismo como cidade sede do Padap.
Alysson Paolinelli é mineiro, nascido em Bambuí; atualmente vive em sua fazenda no município de Baldim, onde a lavoura, a pecuária e a floresta são integradas no bioma do Cerrado para a produção de soja, milho, capim e criação de bois para engorda. Lista em seu currículo os cargos de professor, engenheiro agrônomo, ex-secretário da Agricultura de Minas Gerais (1971-1974), ex-ministro da Agricultura (1974-1979) e deputado federal constituinte (1987-1991). Paolinelli chegou ao Ministério da Agricultura após passar pela Secretaria de Estado da Agricultura de Minas Gerais. “Fui convidado para o Ministério da Agricultura pelo trabalho que desenvolvi no Cerrado de Minas”, relata ele.
Mais recentemente recebeu a indicação para o Prêmio Nobel da Paz de 2021. Apenas um engenheiro agrônomo recebeu tal honraria, o americano Norman Borlaug, em 1970. Em visita ao Brasil, na década de 70, a convite do então ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, Norman Borlaug declarou, ao constatar os resultados que este alcançara no bioma do Cerrado: “O Cerrado brasileiro está sendo palco da segunda 'Revolução Verde' da humanidade. Os pesquisadores brasileiros desenvolveram técnicas que tornaram uma área improdutiva na maior reserva de alimentos do mundo.
Em seu discurso na cerimônia realizada no último dia 4 aqui em São Gotardo, Alysson Paolinelli reconheceu mais uma vez a relevância do Padap como projeto pioneiro nesta "Revolução Verde da humanidade". Muita gente ainda desconhece a magnitude e alcance mundial destas primeiras sementes plantadas aqui, em nossa região: "Meus companheiros aqui do Padap, vocês não fazem ideia de como me inspiram nos momentos mais difíceis de minha vida, por sua coragem, determinação, a fé e de um trabalho honesto. vocês me ajudaram a levar essa experiência a sete outros estados do Brasil." Em entrevista ao jornal Correio Brasiliense, ele disse: "Criamos uma agricultura tropical altamente sustentável, num momento em que havia a preocupação no mundo da escassez de alimentos com a exaustão das terras das áreas temperadas do planeta. Foi o Brasil que rompeu a grande barreira criando pela primeira vez a agricultura tropical sustentada. A fertilidade explodiu e hoje temos o nosso Cerrado que, com tecnologia, tornou-se das áreas mais competitivas do mundo".
Ao expandir sua área de atendimento, a Goldnet telecom já se faz presente em várias cidades da região, confirmando seu compromisso em oferecer os melhores serviços de acesso à Internet.
Mais recentemente foi inaugurada na cidade de Tiros sua mais nova loja. Seguindo todas as recomendações de segurança, o novo espaço recebeu clientes e amigos em um dia festivo para a cidade.
A cidade de Tiros e todos os seus moradores podem agora contar com um atendimento direto e personalizado de uma empresa que já é líder na região do Alto Paranaíba.
Para que a Estação de Tratamento de Esgoto opere com 100% de sua capacidade, os dois córregos que atravessam o perímetro urbano da cidade devem estar plenamente despoluídos. Para isso, o esgoto que até então é jogado em suas águas, precisará ser transportado por adutoras até a ETE. Apesar da Estação já ter sido inaugurada, o sistema opera parcialmente, tratando apenas parte do esgoto que é direcionado para o Córrego Confusão. A Copasa está realizando obras para concluir esse processo de tratamento.
Já, um outro conjunto de bairros, entre eles, o Santa Terezinha e o Geraldo Marques escoam seus dejetos para a vertente do Córrego do Arroz . Para esses moradores há uma tarifa diferenciada, cobrindo apenas o transporte e coleta, diferente da tarifa cobrada ao restante da população que nesse mês de agosto incluiu também o tratamento. Pelo mapa ao lado é possível observar a linha limítrofe que separa os dois setores. Essa linha percorre toda a avenida Erotides Batista, sentido saída para a Matutina, interligando-se com a avenida Brasil rumo á MG235. Para os consumidores de um setor que inclui a maioria dos bairros da cidade - que desembocam para a vertente do Córrego Confusão(Boa Esperança, Alto Bela vista, Centro, N. S. de Fátima,etc.) está sendo cobrado uma taxa de esgoto de quase 100% do valor da água consumida, enquanto que para os consumidores do outro setor, essa tarifa gira em torno de 50%.
Recentemente uma resolução da ARSAE, que é a agência que regula o sistema de tarifas relacionadas ao saneamento, determinou que o valor, tanto pelos serviços de transporte e coleta como de tratamento sejam unificados com um percentual de 74% sobre o valor da água consumida. Com essa mudança todos os consumidores do município vão passar a pagar esse percentual.
A combinação de três fatores convergem para um cenário que é exatamente o oposto do que se esperava e se anunciava. O principal córrego da cidade, o Confusão, a partir da lagoa do balneário, e percorrendo todo o perímetro urbano, está praticamente morto. Não há água, apenas esgoto. As causas são evidentes: a primeira delas é a interrupção de seu curso d'água a partir do vertedouro da lagoa(uma ilegalidade, levando-se em conta a obrigatoriedade de manter pelo menos 30% de seu volume lagoa abaixo), a precariedade de seus afluentes, por causa da seca, e o esgoto que é jogado em seu leito.
Ao contrário de cláusulas contratuais entre a empresa de saneamento Copasa e o município, a instalação da Estação de tratamento e o recente aumento da taxa de esgoto, que teria por finalidade despoluí-lo, não cumprem, até o momento, esse propósito. Com a interrupção de seu curso d'água a partir do vertedouro da lagoa do Balneário tornou-se ainda mais evidente que uma grande quantidade de esgoto continua sendo jogado em seu leito.
Perto de completar um século na ativa, o cemitério da cidade está com os dias contados. Já a alguns anos, mesmo com as ampliações em seu perímetro, tem se mostrado premente a necessidade de construir um segundo cemitério na cidade. Apesar do sistema de rotatividade - onde o corpo fica enterrado por cinco anos e, posteriormente, removidos os restos mortais para um ossuário - , o atual espaço já não comporta mais a demanda.
Há três anos o Jornal Daqui já alertava sobre o problema, e agora, em 2021, a situação chega a seu limite, sob risco de um colapso iminente. Até os corredores já estão sendo ocupados por túmulos, e por falta de espaço estão sendo construídos uns sobre os outros. Uma medida que poderia ter sido evitada. Deixou-se para a última hora o que deveria ter sido resolvido a muito tempo.
Conforme dados pesquisados pelo Jornal no Cartório de registros, são realizados cerca de 230 a 280 sepultamentos por ano(dados a partir de 2017). Só no primeiro semestre de 2021 foram 138. Até o final deste ano, a previsão é que o cemitério chegue ao seu limite. Estamos, portanto, numa corrida contra o tempo.
Diante dos riscos de um colapso, uma solução emergencial seria realizar os sepultamentos no cemitério de Guarda dos Ferreiros, pois há que se considerar que levará um tempo até que se defina o local para o novo cemitério da cidade, e o mesmo seja murado.
Diante da urgência, como informou à reportagem o secretário de administração da prefeitura, Marcelo Ladeira, tornou-se prioridade as negociações para aquisição de um terreno para esta finalidade. E a única solução é dar início às obras de construção de um novo cemitério. Não é tarefa simples a empreitada. A administração municipal tem se debruçado sobre o principal problema: a escolha do local. Além de se levar em conta a acessibilidade, o local escolhido deve estar em acordo com as leis ambientais. Inevitável também considerar a necessidade, ou não, de se construir uma nova casa velório.
Convém ainda ressaltar que a instalação de um crematório não deveria ser de todo descartada, afinal, trata-se de uma técnica funerária muito comum em cidades de médio e grande porte, e que oferece menos riscos ambientais que o sepultamento do corpo em covas. Há vários exemplos de terceirização do serviço.
A título de curiosidade: a inauguração do atual cemitério, no ano de 1930, há 91 anos portanto, foi palco de cenas novelescas. Naquele tempo o local escolhido para sua instalação era isolado, no meio do pasto.
Poucos sabem daqueles intermináveis dias em que durou o serviço de transporte de dezenas de arrobas de ossada humana do cemitério então desativado - onde é hoje a Igreja - para o novo. Via carro de boi , percorria-se o trajeto entre a praça Sagrados Corações e destino final, o cemitério recém construído, ali, no final da Avenida Rio Branco. Um cortejo fúnebre embalado pelo som das rodas do carro, que ecoava pelo vale do confusão, feito notas de violino.
A remoção dos restos mortais dos primeiros moradores da vila do confusão, do antigo local, está inscrita nos anais de nossa história como cena de singular comoção. As ossadas foram cuidadosamente desenterradas das tumbas do antigo cemitério, desativado para dar lugar à construção da Igreja Matriz. A mudança não foi bem recebida pelos moradores da época, por não concordarem que seus entes queridos fossem enterrados no novo local, no meio do pasto, diziam eles. Houve, contam os mais antigos, momentos de tensão: Alguns familiares, após a celebração da missa de corpo presente, rumavam ,com o caixão em cortejo fúnebre, para o antigo berço de seus ancestrais. O protesto incluía uma discussão com o representante da prefeitura que tentava explicar que agora, os mortos tinham uma nova morada e que estava proibido o sepultamento no antigo cemitério. Às vezes a contenda terminava em bate-boca.