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    José Eugênio Rocha

    José Eugênio Rocha

    Foi aqui, às margens do Confusão que o mais iminente atleta de nossa cidade aprendeu os primeiros dribles, brincou as primeiras 'peladas'. O primeiro compromisso profissional foi assinado em 1963, mesmo ano em que participou do elenco que faturou o título mineiro.

    Semanas atrás, um silêncio de despedida atravessou continentes mundo afora. Imprensa, governos e o povo de cada país, de cada continente, renderam suas homenagens ao maior jogador de todos os tempos, o rei Pelé, o mais ilustre dos brasileiros. De seus dribles e conquistas, nos restam as lembranças e o reconhecimento de eterno legado.

    Vale agora rememorar que naquele seleto grupo de jogadores que vestiu e defendeu em campo ao lado do Rei, a mesma camisa, estava Buglê, um saogotardense que ainda menino brincava com a bola aqui nos campos da cidade. Antes de jogar ao lado de Pelé, ele já era reconhecido por ter sido o autor do primeiro gol no recém inaugurado Mineirão, no ano de 1965.

    futebol0221 de dezembro de 1967, quando o Santos bateu o São Paulo por 2 a 1, no Pacaembu, e conquistou o Paulistão daquele ano. Em pé: Carlos Alberto, Ramos Delgado, Joel Camargo, Clodoaldo, Cláudio e Rildo – Agachados: Wilson, Buglê, Toninho Guerreiro, Pelé e Edu.

    O céu cintilante de Buglê

    A estrela do saogotardense Buglê não foi brilho passageiro. Seu currículo vai muito além da marca histórica com o primeiro gol no Mineirão. Ele defendeu grandes clubes no Brasil e mundo afora. E mais que isso: como prova inegável de seu talento, basta dizer que Buglê jogou ao lado de Pelé, o rei do futebol. Na foto abaixo, Buglê ao lado de PELÉ.

    Em janeiro de 2010, Buglê foi convidado para colocar os pés na Calçada da Fama do Mineirão

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    José Alberto Bouglaux, também conhecido como Buglê, nasceu dia 26 de julho de 1944, no município de São Gotardo. É filho de Alberto Bougleux e Maria Braga Bougleux, O sobrenome, de origem francesa, não era muito fácil de ser entendido, então foi adaptado para uma versão nacional e ficou “Buglê”.

    Foi aqui, às margens do Confusão que o mais iminente atleta de nossa história aprendeu os primeiros dribles, brincou as primeiras 'peladas'. Sérgio Bueno, um de seus amigos de infância relembra: "Ainda moleques, jogávamos bola na rua Padre Kerdole, abaixo da casa do Juca Londe...O campinho era pequeno, mas dava para correr, dibrar (a gente falava assim), lançar a bola e marcar lindos gols. Entre todos os meninos peladeiros, vou destacar o Buglê...era nosso companheiro nas peladas e nas bagunças. Ninguém pensava, naqueles idos de 1958 – ele tinha 14 anos nessa época, mesma idade de meu irmão Osvaldo – que ele iria, apenas 7 anos depois, fazer o primeiro gol da história do Mineirão, pelo qual é lembrado até hoje. Tanto é que seus pés ficaram gravados no portal da fama do estádio".

    Em razão de uma transferência profissional de sua mãe, que era diretora em uma instituição de ensino, a família estabeleceu residência em Belo Horizonte. Sem ficar longe da bola, o jovem Buglê foi jogar Futebol de Salão no Cruzeiro, onde conviveu com grandes valores, como Eduardo Gonçalves de Andrade, o afamado craque Tostão.

    Quando prestava o serviço militar, Buglê jogava pelo time de seu batalhão. Foi assim que seu futebol vistoso foi descoberto pelo treinador Wilson de Oliveira, que o encaminhou para um período de testes no juvenil do Atlético Mineiro.

    Pouco tempo depois, Buglê foi aproveitado na equipe principal. Habilidoso meia-direita, sua notável disciplina tática também foi de grande utilidade na posição de médio-volante. O primeiro compromisso profissional foi assinado em 1963, mesmo ano em que participou do elenco que faturou o título mineiro.

     

     

    Dando sequência à reportagem publicada na edição anterior, que indagava em sua manchete: Gotardo, o santo ou o Joaquim?”. Como veremos a seguir, um documento oficial encontrado nos arquivos oficiais na cidade de Ouro Preto, capital de Minas Gerais pelos idos do século XIX, revelam as verdadeiras origens do nome de nosso município.

    Há que se ressaltar que por mais de um século perpetuou-se, as custas do imaginário popular e de interpretações sem qualquer base documental, a origem do nome do município. Aqui e ali insinuava-se que o nome da cidade mantinha estreitas relações, na forma de homenagem e reconhecimento a um pretenso "fundador" da vila, instalada às margens do hoje denominado Córrego Confusão, Joaquim Gotardo de Lima. À primeira vista, a coincidência do homônimo justificaria a homenagem. Mas tudo não ia além de uma mera coincidência, como veremos a seguir.

    Como citamos na edição anterior, os dados registrados no histórico do município no site do IBGE, por exemplo, alude: "A vila de São Sebastião do Pouso Alegre teve seu topônimo mudado em 27 de agosto de 1885, para vila de São Gotardo, em memória de Joaquim Gotardo de Lima, considerado o fundador da cidade que, ao que parece, não viveu no lugar pelo resto de sua vida. Não se tem notícia de terem ficado, no município descendentes dele." De fato, como afirma o mesmo texto, a primeira família a se instalar por aqui foi os Valadares: " Nos primórdios do século XIX, Antônio Valadares e Domingos Pereira Caldas, saindo da região de Pitangui em busca de terras de cultura, fixaram-se às bordas da Mata da Corda. O primeiro estabeleceu-se próximo ao atual "Córrego Confusão" e o segundo aposseou-se de terras a quatro léguas de distância do primeiro, no lugar hoje denominado "Campos Domingos Pereira".

    A verdadeira história

    Reconstituindo os fatos, soa improcedente a versão que relaciona o nome do município à duvidosa figura de Joaquim Gotardo. Um documento oficial, publicado com exclusividade pelo Jornal Daqui em dezembro de 2017, confirma a seguinte versão oficial, também registrada nos anais de nossa história: No dia 27 de agosto de 1885 o padre-deputado Miguel Kerdole conseguiu alterar, no Congresso de Ouro Preto( Lei nº 3.300), o nome da então Vila de São Sebastião do Pouso Alegre para a denominação atual. O topônimo, como reza a Lei aprovada, foi inspirado no homônimo de um santo alemão, o Saint Gothhard – traduzindo: São Gotardo.

     

    O DOCUMENTO

    Não se pode afirmar com certeza, mas é possível supor que a estatueta do famoso santo alemão(Saint Gothhard) frequentava o oratório imperial, pois tinha como devota uma figura ilustre da monarquia, a esposa do primeiro imperador do Brasil. É presumível a suposição se levamos em conta que a esposa de D. Pedro I, a imperatriz Leopoldina, tem sua ascendência na Áustria, onde nasceu, cresceu e foi educada sob princípios católicos. Ela se origina, portanto, da mesma região onde nasceu e viveu Gothhard de Hildesheim(uma cidade alemã, próxima a fronteira com a Áustria), o santo que deu nome ao nosso município. Lá, naquela região dos Alpes são inúmeros os locais, como túneis e hotéis, que levam o nome do santo.

    A imperatriz Leopoldina é inclusive citada na carta endereçada ao padre-deputado Miguel Kerdole.

    A referida carta(foto abaixo) é confirmação cabal de que o nome de nossa cidade foi inicialmente sugerido pelo Capitão Mor Joaquim Domingos Pereira, que à época residia no vilarejo de Perobas, localizado em região próxima ao distrito de Vila Funchal. Ele fazia parte do corpo militar da Coroa imperial, sob comando direto de D. Pedro II, filho de Leopoldina.

    Este documento joga por terra qualquer relação entre Joaquim Gotardo de Lima e o nome de nosso município.

    O Fac-simile da carta histórica(foto) foi reproduzido( e registrado em catório) a partir do original encontrado nos arquivos do museu de Ouro Preto. Sua "descoberta" é fruto do esforço incansável do pesquisador e São Gotardense Humberto Pereira.

     

    Transcrição do conteúdo da Carta

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    Mariana, no dia 12 de janeiro do ano de 1884 de Nosso Senhor Jesus Cristo

    Meu grande amigo, sua benção, piedoso Padre Miguel Dias Kerdole.

    Como já nos falamos antes, eu em meus pensamentos íntimos e minha família estando em Perobas, sinto-me só. Tenho enorme vontade de me juntar aos meus. Mas meu imperador manda-me a conter em São Salvador, pois o nosso imperador, confiando em mim mais uma missão militar, estarei a frente de quatro guarnições. Preze por seu amigo e confidente.

    Eu venho a pedir ao senhor deputado provinciano das Minas Gerais, que o projeto de renomeação do povoado de São Sebastião do Pouso Allegre, deveria ser para homenagear a minha santa devoção de nossa benfeitora Imperatriz Leopoldina do Brasil para o nome de São Gotardo, nosso protetor diante de nosso todo poderoso e misericordioso Jesus Cristo, Como minha volta é indefinida, deixo este pedido onde toda minha família amada reside.

    Sem mais delongas, sua santíssima benção e espero que possa atender este pedido do sempre a postos servo de Nossa Majestade.

    Capitão Mor, Joaquim Domingos Pereira.

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    Terça, 29 Novembro 2022 21:21

    As mutações de Dexter

    Vez ou outra M DEXTER resolve dar uma repaginada no seu visual. Apesar da originalidade de seu nome artístico, com que se autointitula, todos o conhecem mesmo é como o popular 'Dequinho”. É presença certa nas rodas de bares ou nos bancos de praça. Em seu repertório o romantismo de velhas canções da jovem guarda. Dequinho Interpreta como poucos a voz de Amado Batista, Odair José, e claro... Roberto Carlos. É afinado por natureza, assim como é, por natureza, a alegria de seu sorriso. Todas as manhãs sai com seu violão, perambulando pelas ruas, espantando os males da vida.

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    Domingo, 20 Novembro 2022 20:00

    Lei municipal disciplina Carros por aplicativo

    Aprovada pela Câmara e sancionada pelo poder Executivo, A Lei Nº 2622 de 26 de outubro de 2022, regulamenta o transporte remunerado privado individual de passageiros... para a realização de viagens solicitadas por usuários exclusivamente cadastrados em aplicativo.

    Essa modalidade de serviço privado já é largamente exercida no município, mas não dispunha até então, de uma regulamentação, de um ordenamento legal.

    Por se tratar de um serviço nas condições de 'Carro de aluguel', há uma série de princípios relacionados a direitos, deveres, competências e adequações às normas estaduais e federais.

    Segurança do passageiro, idoneidade e licença para dirigir do condutor, Alvará de funcionamento, condições físicas adequadas do veículo, e principalmente o cumprimento das distinções inerentes à modalidade de serviço por aplicativo, que se diferencia em inúmeros aspectos do 'Serviço de taxi'.

    O primeiro deles, conforme o artigo 3º da Lei: compete ao Aplicativo ou outra plataforma de comunicação em rede... intermediar o pagamento entre usuário e motorista, disponibilizando meios eletrônicos para isso... utilização de mapas digitais para acompanhamento do trajeto e tráfego em tempo real. Ou seja esse tipo de serviço só pode ser requisitado via Aplicativo, onde o usuário deve estar previamente cadastrado.

    De acordo com o artigo 41 da respectiva Lei, “Fica vedado aos motoristas e empresas de transporte por aplicativo, utilizar as vias públicas como estacionamento coletivo ou ponto fixo para espera de passageiros ou solicitação de corridas”. Além de ferir normas que regulam a modalidade de Carros por aplicativo, esta proibição se ampara também em um princípio elementar: o estacionamento público pertence a todos, não pode ser utilizado para fins particulares.

     

    Nossas câmeras flagraram erros grosseiros de português na fachada frontal de uma escola pública estadual de São Gotardo. Como se vê na foto ao lado, a referida frase está assim grafada: “O viros(sic) não circula, as pessoas que o fazer(sic) circular”. O correto seria: “O vírus não circula, as pessoas que o fazem circular”.

    Não há como passar despercebido que erros tão elementares frequente os muros de uma escola. Professores e diretoria deveriam redobrar a atenção para que um centro de ensino seja a casa de aperfeiçoamentos, e não um foco disseminador de incorreções ortográficas.

    Trata-se de um deslize pontual. Não determina em si a qualidade do ensino da escola, mas que revela desleixo pela imagem da própria instituição de ensino.

    O alerta está feito.

     

    O mercado imobiliário vem experimentando nos últimos anos uma escalada exponencial como um dos principais ativos financeiros na economia do município. Atraídos pela rentabilidade, sólida liquides e alta demanda, empresários do setor vem investindo pesado na abertura de novos loteamentos. Os números impressionam, testando os limites de uma possível saturação, onde a oferta entre em desequilíbrio com a demanda. Por enquanto, esta equação é percebida pelos investidores como moderada.

    Este aumento significativo na ocupação de novas áreas territoriais do perímetro urbano tem impactos diretos em várias outras áreas, muito além da construção civil, mais beneficiada diretamente. A começar pela mobilidade urbana(tráfego de pessoas e veículos); necessidade premente e implícita de um novo Plano diretor; pressão sobre a oferta de água potável. Na contramão desta escalada de empreendimentos privados, persiste há mais de uma década a ausência de políticas públicas por parte do Estado na oferta de moradias para população de baixa renda de São Gotardo, obrigada a conviver com os altos custos do aluguel, e sem condições financeiras para adquirir um dos milhares de lotes ofertados pelos novos loteamentos.

    De outro lado, merece destaque as iniciativas do Poder público municipal quanto às exigências impostas por rigoroso arcabouço de normas técnicas e jurídicas para a aprovação de loteamentos no município. Como se trata de investimento privado, todos os custos com infraestrutura são de responsabilidade do empresário ou empresa dona do empreendimento.

    Conversamos com a engenheira civil da Secretaria municipal de Desenvolvimento urbano, Júlia Prados Lopes, sobre os trâmites de aprovação de loteamentos. Ela coordena, junto com sua equipe, todas as etapas do processo.

    As normas que regulam a aprovação de novos loteamentos

    Como informa Júlia Lopes, “A Lei municipal define duas fases para aprovação de um loteamento. A primeira é o estudo técnico. O interessado apresenta o projeto urbanístico, onde é avaliado pela nossa equipe a viabilidade do empreendimento. Aprovado, o projeto dá início à segunda fase, com a apresentação dos projetos complementares de infraestrutura, que se refere a Terraplanagem, Drenagem pluvial, Redes de água, esgoto e energia elétrica. Entre os documentos, cartas de viabilidade tanto da Copasa como da Cemig, além de memorial descritivo, planta final do loteamento, documentação dos proprietários, entre outros. Entregue toda a documentação, damos início à análise dos mesmos. É uma análise mais longa, mais criteriosa. Estando tudo ok, toda a documentação passa para o setor jurídico, que analisa se estão em conformidade com as legislações federal, estadual e municipal. Não havendo impedimento de ordem legal ou de viabilidade técnica é publicado um decreto de aprovação.

    A partir desse decreto, é assinado um termo de acordo entre a Prefeitura e o dono do loteamento com as garantias de que o projeto será executado em sua íntegra. Nesse termo de garantias, uma determinada quantidade de lotes é hipotecada, colocada sob caução. Se não forem executadas as obras de infraestrutura no prazo que a legislação estipula, a Prefeitura faz um levantamento dos lotes caucionados, que irão a leilão para venda. Os recursos arrecadados serão utilizados para cobrir as despesas para finalizar as obras de infraestrutura. Quando isso ocorre, é um processo muito burocrático.”

    “Estando toda a documentação aprovada, damos início ao registro final do loteamento. A partir desse registro, fica autorizado a venda dos lotes, ainda que a infraestrutura não esteja concluída, lembrando que o dono do loteamento tem, a partir do decreto de aprovação, dois anos para conclusão das obras. Este prazo, como determina a Lei, pode ser prorrogado por mais dois anos.”

    Na entrevista ao Jornal Daqui, Júlia Lopes esclarece sobre procedimentos adotados ao longo do processo de implantação de um novo loteamento. Veja.

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    Entrevista - Júlia Prados Lopes – Engenheira civil – Secretaria municipal de desenvolvimento urbano

    E quando as obras não são finalizadas dentro do prazo?

    Quando isso ocorre, o município vai acionar os termos do decreto e levar a leilão os lotes que foram reservados como garantia. Quando isso ocorre, é feito um levantamento dos lotes e realizado o leilão.

    Há casos em São Gotardo, onde os termos do acordo não foram cumpridos?

    Sim. Temos dois processos em andamento. É um caminho trabalhoso, burocrático e oneroso, tanto para a prefeitura como para o dono loteamento. Ele só tem início depois de esgotado o prazo de quatro anos. Vencido esse prazo, nesses dois casos, a prefeitura assinou termos de acordo para uma solução amigável, que tem prazo de um ano para ser concluído. Se o dono do loteamento não tiver cumprido nesse um ano, então é dado início ao processo de execução dos termos de garantia, aplicando as medidas legais.

    Quando o dono do loteamento não cumpre a lei ao não implantar a infraestrutura necessária, a parte mais prejudicada é quem comprou o lote, pois ele fica impedido de construir seu imóvel. Ele confiou na promessa do vendedor, não é verdade?

    Isso mesmo. A Prefeitura só autoriza a construção de edificações após a conclusão da infraestrutura. Sem água, luz, esgoto ou pavimentação, não há como construir.

    A infraestrutura inclui ainda todas as demarcações de espaço, como ruas, avenidas, passeios...

    Quando o empreendedor finaliza todas as obras de infraestrutura conforme o projeto registrado, ele entra com o pedido no município para aprovação final e liberação para os donos dos lotes darem início à construção de suas casas. A partir desse pedido, técnicos vão até o local para verificar se o loteamento está devidamente concluído. Em caso afirmativo, a prefeitura assina o termo de recebimento, e autoriza a construção de imóveis nos lotes. Lembrando que os lotes que foram colocados como garantia, só podem ser vendidos após a assinatura desse termo de recebimento.

    Na próxima edição, acompanhe a segunda parte da reportagem com informações complementares sobre a implantação de um loteamento, além da ocupação irregular, onde lotes são comercializados à revelia da Lei.

     

    Sexta, 28 Outubro 2022 12:44

    Prédio Amarelo reabre suas portas

    Nas comemorações pelo aniversário da cidade, um dos mais importantes patrimônios de nossa história é reaberto ao público. Acompanhada de parlamentares, secretária de cultura Adriene Santos e secretariado, a prefeita Denise Oliveira visitou as novas instalações do Prédio Amarelo, onde estão abrigados o museu municipal, escola de música e a biblioteca.

    O prédio passou por amplas reformas, se readequando inclusive às novas exigências do Corpo de Bombeiros. Foram instalados um conjunto de equipamentos e dispositivos anti-incêndio, portas de segurança e uma completa revitalização de sua estrutura física. A partir de agora, suas dependências serão dedicadas exclusivamente para atividades e práticas culturais.

    Tão importante quanto o retorno de suas funcionalidades como espaço de fomento artístico/cultural e aberto à visitação pública, sua restauração consolida a preservação de singular patrimônio da secular história do município de São Gotardo.

    A Casa de Cultura Dom José Lima, ou simplesmente 'Prédio Amarelo', nasceu no ano de 1928 com a denominação de 'Gymnasio'. Ele foi idealizado e construído pelo primeiro prefeito de São Gotardo, Bento Ferreira dos Santos.

    Em 1936, passou a se chamar Escola Normal municipal. Até 1954 foi dirigido pela congregação religiosa sacramentina, e a partir daí, pelas Irmãs franciscanas. O ultimo ano de atividades escolares foi em 1984. De lá pra cá abrigou uma infinidade de instituições e departamentos da prefeitura.

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    predio01Sistemas anti-incêndios, iluminação de emergência: tecnologia a serviço da preservação.

    Terça, 25 Outubro 2022 22:01

    Gotardo, o santo ou o Joaquim?

    Uma curiosa e inusitada combinação de eventos históricos circunda a aparente dúvida sobre as origens do nome de nosso munícipio. Estamos falando de uma coincidência que escapou aos radares do mais astuto dos adivinhos. Afinal, quem poderia imaginar que um simples nome de município pudesse gerar tamanho rebuliço – só aqui mesmo, na terra do Confusão.

    Para quem não sabe, existem duas versões históricas sobre as origens do nome ‘São Gotardo’.

    Explico. Existem dois ‘Gotardos’. O primeiro deles, viveu há 10 séculos atrás, ali pelas bandas dos Alpes suíços. Estamos falando de Godehard von Hildesheim ou, simplesmente, Gotardo de Hildesheim, uma cidade alemã). Ele foi santificado pelo papa da época no ano de 1132. A veneração do santo se espalhou para a Escandinávia, Suíça, Áustria e para a Europa Oriental.

    O segundo Gotardo, o Joaquim Gotardo de Lima, era um chefe de família que migrou para o vale do Confusão no ano de 1836. Registram os anais da história que foi um dos primeiros a chegar por aqui.

    Qual a verdadeira hipótese, se apenas uma deve prevalecer? Como dimensionar o alcance e impactos que tal dúvida acarreta, a começar pelos livros de história e pelo que é ensinado nas escolas? Como determinar com o máximo de precisão possível qual é a verdadeira? E tão impor-tante quanto, qual grupo de estudiosos e historiadores vai bater o martelo e oficializar em definitivo qual a verdadeira origem do nome?

    Até hoje, passados mais de um século, a pergunta permanece sem uma resposta definitiva, e que resolva de vez dilema de tal monta.

    Dito isso, vamos ao que interessa, as duas versões.

    1ª Versão: o nome é uma homenagem a Joaquim Gotardo de Lima

    “Os primeiros habitantes da região da Mata da Corda e adjacências, compreendendo também a faixa territorial em que se acha localizado o município de São Gotardo, anteriormente à fundação do primitivo arraial, derivam, certamente, das expedições que penetravam o sertão, não só visando à fiscalização da cata do ouro e comércio de pedras preciosas, como também povoando os lugares por onde passavam, construindo fazendas, fundando povoados, erigindo capelas.”-(wikipedia).

    “Nos primórdios do século XIX, Antônio Valadares e Domingos Pereira Caldas, saindo da região de Pitangui em busca de terras de cultura, fixaram-se às bordas da Mata da Corda. O primeiro estabeleceu-se próximo ao atual "Córrego Confusão" e o segundo apossou-se de terras a quatro léguas de distância do primeiro, no lugar hoje denominado "Campos Domingos Pereira".

    Nos cartórios de registro de imóveis da cidade, persiste até os dias atuais a es-critura de uma gleba de terras às margens do Confusão, tendo como origem a “Fazenda Valadares”, confirmando que a tese de que Antônio Valadares foi um dos, senão o primeiro a assentar moradia por aqui.

    Algum tempo depois, em 1836, proveniente do Arraial de Carrancas, Joaquim Gotardo de Lima e Leonel Pires Camargos, vêm residir no local em que hoje se acha a cidade de São Gotardo, em terrenos de Antônio Valadares. Joaquim Gotardo, adquirindo prestígio ali era, em 1º de agosto de 1837, nomeado Inspetor Interino de Quarteirão. Foi esta nomeação que deu distinção a seu nome. Digamos que tenha sido o primeiro mandatário, graças a seu tino político. O núcleo populacional cresceu em torno da propriedade de Gotardo e o Arraial foi denominado Confusão. Em 1852 foi elevada à categoria de distrito com o nome de São Sebastião do Pouso Alegre. Passou a se chamar São Gotardo em 1885.

    Prevaleceu ao longo da história que “A vila de São Sebastião do Pouso Alegre teve seu topônimo mudado em 27 de agosto de 1885, para vila de São Gotardo, em memória de Joaquim Gotardo de Lima, considerado o fundador da cidade que, ao que parece, não viveu no lugar pelo resto de sua vida. Não se tem notícia de terem ficado, no município, descendentes dele...” Fonte: site da Prefeitura Municipal - www.saogotardo.mg.gov.br

    A versão acima, extraída possivelmente do livro História de São Gotardo, de Juquinha Carneiro, foi tida como incontestável e única até bem recentemente, até que surgiu uma nova interpretação, como veremos na segunda parte dessa reportagem.

    Não se tem notícia de documentos ou registros oficiais que de alguma maneira confirmem a alegada homenagem a Joaquim Gotardo de Lima como origem do nome do município. Além disso, soa muito pouco crível que um cidadão comum que era o nosso Joaquim, fosse elevado à categoria de Santo por mera conveniência. Santo mesmo, de papel passado e insígnia papal só se tem notícia de um Gotardo, o São Gotardo lá da Alemanha. Ele é o personagem central de nossa segunda hipótese que afirma o seguinte: o município de São Gotardo recebeu este nome como forma de homenagear a memória da imperatriz Leopoldina, esposa de D. Pedro I

    Na próxima edição, esta segunda versão revela a curiosa relação entre uma figura nacional de proa, a primeira imperatriz do Brasil, e o nosso município. Até lá.

    cultura01Expedições no século XIX - imagens ilustrativa.

     

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    Em evento realizado no dia 22 de setembro, a Prefeitura oficializou a entrega do primeiro certificado de Inspeção sanitária à empresas interessadas em comercializar legalmente seus produtos de origem animal. Presentes na cerimônia a prefeita municipal Denise Oliveira, o presidente da Câmara, Lander Inácio, vereadores e secretários municipais, entre eles, Dener Castro, titular da secretaria municipal de desenvolvimento sustentável, pasta responsável pela implantação do Sistema de Inspeção municipal. Representando o Consórcio Inter-municipal de Desenvolvimento Sus-tentável do Alto Paranaíba (CISPAR), .......Este consórcio reúne 17 municípios – devendo chegar a 20 ainda este ano – totalizando um universo consumidor de meio milhão de pessoas.

    A partir de agora, uma indústria de produtos de origem animal(carne, leite, ovos, mel de abelha, etc.) instalada aqui em São Gotardo e de posse do Certificado poderá comercializar seu produto neste vasto mercado. Duas iniciativas viabilizaram este fomento à indústria local: a adesão do município ao CIPAR e a criação do SIM – Serviço de Inspeção Municipal.

    A criação de um Sistema municipal de inspeção sanitária, instituído por Lei aprovada pelo Poder Legislativo, tem impactos diretos não apenas na cadeia industrial de produtos de origem animal, mas também no outro lado do balcão: ao exigir a aplicação de normas como higiene e padrões de segurança alimentar, o consumidor tem a certeza de estar levando para casa um produto vistoriado e certificado.

    A entrega do primeiro certificado é, portanto, resultado de um longo processo de regulamentação, e que teve início em 2021. Disse a prefeita Denise Oliveira durante o evento: “A partir de agora, com menos burocracia para a formalização do pequeno e médio produtor, e o sistema já devidamente instalado, as vantagens com o novo modelo vão alavancar novos empreendimentos no município, gerando mais empregos e renda.”

    selo01Na foto acima, Joana D’arc Alves( Minas Cabra ) recebe do secretário Dener Castro o primeiro certificado de inspeção municipal.

     

    De início, um mercado de meio milhão de consumidores

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    A união de municípios no que tange o Serviço de Inspeção Municipal tem como objetivos principais, fomentar, regulamentar e ampliar os horizontes de comercialização de produtos da agroindústria regional, bem como garantir segurança alimentar aos consumidores. Através do consórcio, as agroindústrias poderão comercializar seus produtos no âmbito dos municípios consorciados. Através de uma capacitação do Ministério da Agricultura, o consórcio se prepara para fazer a certificação em nível nacional, o que eleva ainda mais as possibilidades de crescimento do setor.

    O Serviço de Inspeção Municipal viabilizado através do CISPAR, já conta com a adesão de 17 municípios, entre eles: João Pinheiro, Presidente Olegário, Patos de Minas, São Gotardo, Gui-marânia e Patrocínio. Outros três municípios estão em processo de adequação de legislação para fazer a adesão. Desde sua implementação, o projeto conta com a parceria da Amapar e do Sebrae.

     

    E em breve, o mercado nacional

    Já em fase final de regulamentação, o CIPAR deverá celebrar convênios e adequações a outros sistemas de inspeção regionais, estaduais e federais, possibilitando assim que um produto certificado aqui em São Gotardo possa ser comercializado em todo o território nacional.

     

    Terça, 18 Outubro 2022 18:18

    TV Digital chega a São Gotardo

    Até o advento das 'Parabólicas' o sinal de Tv chegava até a casa do telespectador via terrestre. Por este sistema o sinal era transmitido por uma Torre de Televisão de um ponto alto da cidade, e cap-tado por uma antena tipo 'espinha de peixe' ou similar, instalada nos telhados das casas. Este tipo de sinal conhecido por VHF, era analógico e não, digital. Tratava-se de uma tecnologia limitada, com poucos canais e baixa qualidade do sinal, quase sempre com 'chuviscos'. Exatamente por essa razão, muitos consumidores optaram por receber os sinais de tv via satélite, por parabólica; uma tecnologia também restritiva, devido aos custos do equipamento. É importante ressaltar que a partir do ano passado as operadoras que prestam esse tipo de serviço passaram a cobrar uma taxa anual também pelo acesso aos canais disponibilizados via parabólica.

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    E o que muda a partir de agora, com a implantação de TV Digital na cidade de São Gotardo?

    Como se viu acima, os sinais por via terrestre de Tv aberta(sem custos de recepção de sinal como é o caso da chamada Tv fechada, mais conhecida por tv por assinatura) precisava de melhorias, tanto na qualidade de sinal como na oferta de mais canais. A partir desta demanda e do surgimento da Tv digital começou a ser implantado no Brasil há cerca de 10 anos um novo sistema de transmissão de Tv, a Tv digital. Na maioria das cidades brasileiras já está em operação este novo sistema.

    Em São Gotardo, sua implantação - que já deveria ter ocorrido a bem mais tempo - chega agora em sua fase final, com a instalação de novos transmissores na torre localizada na parte mais alta do bairro São Geraldo. A partir desta torre de transmissão os sinais de tv chegam até as casas, onde são captados por uma pequena antena de UHF. Os sinais, além da qualidade superior, são gratuitos, e nesta primeira etapa, 14 canais de tv já estão disponíveis para os telespectadores.

     

    Como receber a Tv Digital em sua casa

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    Como explica o responsável técnico pelo sistema de transmissão de Tv, Hailton Ananias: “é muito fácil e simples receber os sinais de tv em casa. Primeiramente é preciso verificar se o aparelho de tv já vem com o Conversor de sinal, lembrando que as chamadas Tvs digitais, de tela plana já dispõe desse mecanismo de conversão. Agora, se o aparelho de Tv for de Tubo, daqueles modelos mais antigos, será necessário instalar um Conversor de sinal, de analógico para digital. Feito isso, basta instalar uma pequena antena de UHF no telhado da casa, conectar via cabo e programar o aparelho de Tv para começar a receber os sinais. O processo é muito simples, e funciona como era antes, bastando trocar o tipo de antena. Se houver dificuldade, conclui Hailton, “o recomendado é contratar um técnico para fazer a instalação”.

     

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