Luiz, assíduo leitor deste jornal, nos informou que seu vizinho era um cavalo. A princípio, achamos que fosse excesso de indelicadeza de sua parte. Ora, convenhamos, chamar um vizinho de cavalo não faz parte das boas práticas de convivência urbana. Pedimos então maiores explicações sobre as razões do adjetivo. Luiz, um sujeito educado, nos convidou então, a conhecer o seu ilustre vizinho. Constatamos que não se tratava de um tratamento pejorativo. De fato, o ilustre morador, que todas as manhãs sai á janela para apreciar o movimento era um cavalo em pessoa, literalmente falando. Na casa onde mora tem um quarto exclusivo, onde dorme e se alimenta. Fizemos questão de fotografá-lo em seus momentos de descontração.