Motorista e passageiros precisam tomar cuidados para não levar o vírus de um local a outro; confira dicas importantes.
LIMPEZA INTERNA DEVE SER FEITA COM ÁLCOOL DE 70% DE CONCENTRAÇÃO
O veículo pode ser um reservatório de vírus e também vetor de transmissão. Em outras palavras, caso esteja infectado pelo coronavírus, pode transmitir doença onde estiver. Por isso, é importante tomar algumas precauções para evitar a infecção.
O primeiro conselho, de acordo com o médico Aly Said Yassine, especialista em medicina de tráfego do Detran-SP, é manter as janelas abertas, para promover a circulação de ar dentro do veículo. “É importante fazer o ‘turnover’ aéreo”, diz Yassine, referindo-se à necessidade de troca de ar do interior do carro.
O ar-condicionado tende a fazer o ar circular dentro do veículo – às vezes sem a necessária renovação com o do exterior. Se o vírus estiver na cabine, irá se espalhar mais facilmente entre os ocupantes.
Higienizar com frequência as superfícies é outro ponto destacado pelo médico, que trabalha também no Hospital Sírio Libanês. A limpeza deve ser feita em todas as partes tocadas por motorista e passageiros. No caso do condutor, o especialista cita cinco áreas que merecem atenção: volante, alavancas de câmbio e de freio de estacionamento. Maçanetas (internas e externas) e teclas dos vidros elétricos, além dos comandos de som, por exemplo, também são importantes. Para a higienização, o especialista recomenda uso de álcool com 70% de concentração ou uma solução com água e detergente.
Volante é foco
Uma pesquisa realizada nos EUA no ano passado apontou o volante como a parte mais suja do carro. E a cabine pode ter mais bactérias do que um assento sanitário. O estudo, feito por um portal de aluguel de carros, mediu a quantidade média de bactérias existente por centímetro quadrado, ou unidades formadoras de colônias (CFU, em inglês). Foram encontradas 629 CFU no volante, ante a média de 172 CFU em assentos de vasos sanitários.