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    Segunda, 26 Novembro 2018 22:14

    Hospital Regional em banho Maria

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    Como já foi noticiado pelo Jornal Daqui, as obras do Hospital Regional voltaram à estaca zero. Por esta razão, encontra-se em andamento um processo licitatório para contratação de nova empresa. Como da primeira vez, exige tempo e paciência. A previsão é de levar no mínimo mais seis meses para a conclusão deste processo de escolha. Tudo seguindo sem embaraços, a construtora vencedora terá com a tarefa de assumir o reinício da obra. Esta mudança de rota se deve, claro, à rescisão do contrato entre a prefeitura e a Santa Bárbara Construções, a empreiteira contratada no inicio do projeto. Em junho de 2016, em entrevista a este jornal, o engenheiro responsável da empresa disse que o contrato assinado incluía toda a edificação física do prédio.

    Indagado sobre o rompimento com a empresa, o prefeito Seiji Sekita informou à nossa reportagem que uma série de contratempos e desencontros, além de falhas na elaboração do projeto inicial, tornaram inviável o andamento da parceria entre a prefeitura e a empresa con-tratada. Ele disse também que esta mudança de rota não interfere nas linhas iniciais do projeto, e que tem a garantia do governo federal quanto aos recursos aprovados para a construção do Hospital.

    Já se passaram cinco anos desde o lançamento oficial, e o que se tem como certo é que uma nuvem de incertezas volta a pairar em torno do projeto. Ao optar pela total dependência de recursos federais o Hospital Regional foi e continua sendo um tiro no escuro, principalmente se levarmos em conta o quadro de incertezas e de crise aguda, tanto econômica como política, que tomou conta de Brasília nos últimos anos. Quanto ao futuro, os sinais não são nada animadores: a mudança de governo e a persistência da incapacidade de realizar investimentos por parte do governo federal deve perdurar pelos próximos anos.

    Some-se ainda como motivo de apreensão o grau de complexidade que circunda os denominados megaprojetos. As chances de não sair do papel são igualmente gigantescas, principalmente quando o agente executor, no caso, a prefeitura, não dispõe de condições financeiras e muito menos de controle sobre o processo.

     

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