É nestas árvores que os passarinhos vêm dormir, mas não vêm direto, não. Eles param nas árvores do quintal do Chico Moço, a maioria nas jabuticabeiras e os retardatários nos pés de fruta menores. Repetem isso toda manhã: antes de sair cada um para o seu lado, passam nestas árvores. Dizem que é para programar o dia e, ao final, contar o que aconteceu, num pia-pia fantástico.
A rodoviária está vazia, pois já passaram os ônibus vindos do Triângulo no rumo da capital. Cessou a disputa dos anunciantes,” bar de baixo, bar de cima,” chamando para o almoço no Bar Sparta ou no Bar do Vicente Maia.
Mais tarde, o Nilzo Leopoldino, dono do barzinho da rodoviária, colocará música clássica para a praça.
Passa o Ribite fantasiado de índio, anunciando o filme de Tarzã que lotará o Cine Serrano, os adolescentes embevecidos com a roupa sumária da Jane e as mocinhas encantadas com o Johnny Weismuller.
Começo a pensar nos apelidos da nossa gente, provocado por uma tia da capital, que dizia: “Pode alguém ter o nome de Bijeto?! Você pode não ter conhecido, mas na minha época tinha.” Como teve o Reminton Range. A família da dona Gelcira bateu o recorde: Biriba, Niquita, Batata, Bié e Buda!