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    José Eugênio Rocha

    José Eugênio Rocha

    Através do Decreto nº075, assinado hoje pelo prefeito municipal Seiji Sekita, fica criado um Comitê extraordinário para acompanhar a evolução do quadro epidemiológico do novo Coronavírus. Este orgão tem poderes ainda para adotar medidas de saúde pública necessárias para a prevenção e controle de contágio e o tratamento das pessoas infectadas.

    O Comitê será presidido pelo prefeito municipal, e tem como membros secretários municipais da Saúde, da Administração, Assistência Social, Educação, pelo Capitão da Polícia Militar, por um membro do Conselho municipal de saúde e pelo presidente da Câmara. Poderão ser convidados para participar das reuniões deliberativas membros titulares, como especialistas e representantes de outros orgãos e entidades públicas ou privadas. As reuniões poderão ser realizadas por videoconferência.

    Ao centralizar as ações, o Comitê poderá, por exemplo, dinamizar a participação tanto de apoios voluntários de cidadãos como de empresas e empresários, que podem dar importantes contribuições nesta luta que, ao final, é de todos nós.

    A Covid-19 é um vírus, já se sabe, com alto poder de transmissão entre os seres humanos e vem matando diariamente milhares de pessoas em todo o mundo. Planejar e coordenar ações para o enfrentamento é medida acertada, pois tem como objetivo principal preservar vidas.

    Em São Gotardo há várias situações peculiares, como o grande número de casas onde moram de 10 a 20 pessoas. Há ainda que ressaltar que medidas de prevenção são fundamentais para se evitar um colapso no sistema público de saúde. Outro desafio que se coloca é o de conciliar ações que visem tanto salvar vidas como ajudar a minimizar os impactos na dia a dia das pessoas com o isolamento social, principalmente dos trabalhadores informais e famílias mais vulneráveis.

     

    Para médicos, é possível manter os pelos na face – desde que haja higienização contínua e adequada.

    Com a disseminação do novo Coronavírus, a barba virou vilã. Isso porque muitos homens - incluindo personalidades da cultura e do esporte - resolveram apará-la ou mesmo removê-la por completo pelo temor de que gotículas contaminadas poderiam se alojar nos pelos e se transformar em focos de contágio. No entanto, especialistas afirmam que não há necessidade de tirar a barba - desde que ela passe por uma higienização adequada.

     

    Novo vírus foi identificado no início de janeiro na China.

    No dia 31 de dezembro de 2019, a OMS (Organização Mundial da Saúde) foi alertada sobre vários casos de pneumonia em Wuhan, na província de Hubei, na China. O vírus causador parecia desconhecido.

    Uma semana depois, as autoridades confirmaram a identificação de um novo coronavírus que estava sendo chamado temporariamente de 2019-nCoV.

    A OMS trabalha com as autoridades chinesas e especialistas do mundo todo para saber mais sobre esse vírus, como ele afeta as pessoas, como deve ser o tratamento e o que os países podem fazer para responder a essa crise.

    Veja o que se sabe sobre a pandemia e o vírus até agora.

    O QUE É CORONAVÍRUS?

    É uma família de vírus que podem infectar animais e seres humanos e causar doenças respiratórias que variam de resfriados comuns até a Sars (síndrome respiratória aguda grave). Seu nome vem dos picos de suas membranas que lembram uma coroa.

    O novo coronavírus foi batizado de Sars-CoV-2, e o nome da doença respiratória que ele causa é covid-19.

    Estrutura do coronavírus, que tem esse nome por causa dos picos de suas membranas que lembram uma coroa - Lancet.

    COMO ELE É TRANSMITIDO?

    O vírus é transmitido pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

    Segundo a OMS, a fonte primária do surto tem origem animal, e as autoridades de Wuhan disseram que o epicentro da pandemia era um mercado de peixes e animais vivos. Não se sabe qual bicho teria passado o vírus a humanos.

    E QUÃO FACILMENTE ELE É TRANSMITIDO DE PESSOA PARA PESSOA?

    Ainda não está claro com que facilidade o Sars-CoV-2 é transmitido de pessoa para pessoa. Seu N0 (número de quantas novas pessoas, em média, são infectadas por cada doente) está numa faixa de 1,5 a 3,5, segundo as estimativas feitas até agora. Ele parece se equipar ao dos vírus da gripe e provavelmente supera o vírus da dengue, cujo número nunca chega a 2. O N0 do sarampo, por exemplo, é 20.

    O CORONAVÍRUS É TRANSMITIDO POR FLUÍDOS SEXUAIS?

    Não há nada na literatura médica que indique essa possibilidade. Entretanto, Amílcar Tanuri, virologista e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), aponta que o próprio contato íntimo, como o beijo, seria suficiente para transmissão do vírus.

    A professora de infectologia da Unifesp, Sandra de Oliveira Campos, acrescenta que, se o vírus pode ser transmitido pela urina e fezes, é possível que o seja pelo líquido vaginal e sêmen.

    “Não houve essa preocupação com a parte sexual ainda, mas teoricamente o sexo não existe sem contato íntimo. Isso poderia gerar o contato. Esse é um terreno que demanda pesquisa, mas a transmissão sexual é tão secundária que não vejo motivo para pesquisar isso. A não ser para conhecer totalmente o vírus”, diz.

    QUAL É O PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE?

    De uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas. É possível que ocorra a transmissão apesar da ausência de sintomas, mas os pesquisadores ainda estudam esse aspecto em relação ao novo coronavírus.

     

    Febre, tosse seca, cansaço e dor de garganta podem ser sinais da doença covid-19.

    Os sintomas mais comuns do coronavírus são febre, cansaço e tosse seca. Algumas pessoas têm dores no corpo, congestão nasal, coriza, dor de garganta ou diarreia. Uma em cada seis pessoas desenvolve dificuldade para respirar. Outras não desenvolvem sintoma nenhum, segundo a OMS.

    Pessoas mais velhas e com condições de saúde como pressão alta, diabetes e doenças cardiovasculares têm risco aumentado de desenvolver um quadro grave da doença.

    Idosos e pacientes com baixa imunidade podem apresentar manifestações mais graves. No caso do novo vírus, ainda não há relato de infecção sintomática em crianças ou adolescentes.

    Os idosos são os mais vulneráveis ao novo coronavírus e, por isso, precisam tomar alguns cuidados extras. Segundo o infectologista Jamal Suleiman, do hospital Emílio Ribas, a recomendação para os idosos e para os doentes crônicos é cautela e só sair de casa para ir a ambientes fechados se realmente for necessário. Se sair, evitar contato físico.

    E o que fazer caso esses sintomas apareçam?

    Segundo o infectologista da USP Esper Kallás, pessoas com quadros leves (pouca tosse, febre baixa, nariz escorrendo) deveriam receber orientações para ficar em casa com remédios para os sintomas, hidratação e repouso.

    "A pessoa que vai para o hospital com dor de cabeça e um pouco de febre tem grande chance de pegar coronavírus na sala de espera do sujeito ao lado.”

    Já a falta de ar progressiva, a tosse intensa, catarro com pus, febre alta com calafrios e pontas dos dedos e lábios arroxeados são sinais de infecção grave pelo novo coronavírus. Nesse caso, é preciso ir a um hospital.

    Em caso de dúvida, consulte um médico para receber orientações sobre o que fazer.

     

    Motorista e passageiros precisam tomar cuidados para não levar o vírus de um local a outro; confira dicas importantes.

    LIMPEZA INTERNA DEVE SER FEITA COM ÁLCOOL DE 70% DE CONCENTRAÇÃO

    O veículo pode ser um reservatório de vírus e também vetor de transmissão. Em outras palavras, caso esteja infectado pelo coronavírus, pode transmitir doença onde estiver. Por isso, é importante tomar algumas precauções para evitar a infecção.

    O primeiro conselho, de acordo com o médico Aly Said Yassine, especialista em medicina de tráfego do Detran-SP, é manter as janelas abertas, para promover a circulação de ar dentro do veículo. “É importante fazer o ‘turnover’ aéreo”, diz Yassine, referindo-se à necessidade de troca de ar do interior do carro.

    O ar-condicionado tende a fazer o ar circular dentro do veículo – às vezes sem a necessária renovação com o do exterior. Se o vírus estiver na cabine, irá se espalhar mais facilmente entre os ocupantes.

    Higienizar com frequência as superfícies é outro ponto destacado pelo médico, que trabalha também no Hospital Sírio Libanês. A limpeza deve ser feita em todas as partes tocadas por motorista e passageiros. No caso do condutor, o especialista cita cinco áreas que merecem atenção: volante, alavancas de câmbio e de freio de estacionamento. Maçanetas (internas e externas) e teclas dos vidros elétricos, além dos comandos de som, por exemplo, também são importantes. Para a higienização, o especialista recomenda uso de álcool com 70% de concentração ou uma solução com água e detergente.

    Volante é foco

    Uma pesquisa realizada nos EUA no ano passado apontou o volante como a parte mais suja do carro. E a cabine pode ter mais bactérias do que um assento sanitário. O estudo, feito por um portal de aluguel de carros, mediu a quantidade média de bactérias existente por centímetro quadrado, ou unidades formadoras de colônias (CFU, em inglês). Foram encontradas 629 CFU no volante, ante a média de 172 CFU em assentos de vasos sanitários.

     

    Quarta, 25 Março 2020 23:28

    Cuidados ao ir fazer compras

    Ida ao supermercado também exige cuidados para evitar contato com pessoas infectadas e superfícies contaminadas.

    Com o novo coronavírus, a covid-19, a rotina antes, durante e depois da ida ao supermercado precisa ser alterada. Preparar uma lista para fazer as compras com agilidade, lavar bem as mãos ao chegar em casa e higienizar as embalagens com álcool 70% são algumas das orientações, tendo em vista a capacidade do vírus de se manter ativo em superfícies. Higienizar frutas e verduras é fundamental, mas não há indícios de que a doença seja transmitida por alimentos.

    É importante fazer uma lista de compras para evitar passar muito tempo andando pelo mercado?

    Sim. Quanto menos tempo permanecer fora de casa e ainda em um ambiente fechado, melhor. Ao fazer uma lista, a pessoa já vai direcionada e fica menos tempo no supermercado ou andando em setores em que não precisa ficar, evitando em contato com pessoas ou superfícies contaminadas.

    Quais os cuidados ao usar carrinho e cestas de compras? É adequado levar um carrinho ou sacola de casa?

    Ao tocar carrinho, cesta de compras ou qualquer superfície, é necessária a higienização das mãos. Passar álcool em gel no apoio do carrinho é outra opção. Ou levar uma sacola ou carrinho que só você e as pessoas da sua casa manipulem. Além disso, deve-se ter o máximo de atenção para não tocar olhos, nariz e boca. 

    É preciso tomar algum cuidado após manusear os alimentos dentro do mercado? A pessoa deve passar álcool em gel enquanto estiver no supermercado ou basta evitar tocar no rosto?

    Enquanto estiver fazendo compras, a pessoa pode encostar em alimentos ou outros produtos que foram tocados por outras pessoas e eles podem estar contaminados. O ideal é não tocar o rosto em momento algum até chegar em casa e lavar muito bem as mãos. Se possível, de tempos em tempos, fazer a limpeza das mãos. 

    Como deve ser a interação com os funcionários? É necessário manter distância?

    Deve-se manter uma distância segura de mais de 1 metro em relação a outras pessoas. Não precisa tomar medidas radicais: pode perguntar, dar bom dia, mas o ideal é tentar manter distância de uma pessoa para a outra e evitar ficar falando próximo das outras pessoas. Na fila, a própria distância feita pelo carrinho já fica próximo do que é recomendado pelas autoridades.

     

    Quinta, 26 Março 2020 23:19

    Exame de casos suspeitos em São Gotardo

    Resultado dos exames dos dois casos suspeitos deve sair no início da semana que vem. Conforme informações repassadas pela Secretaria municipal de saúde ao Jornal Daqui, pelo método convencional o diagnóstico dos exames para detectar o Coronavírus demora 10 dias. Assim sendo, é aguardado para segunda ou terça-feira da próxima semana o resultado dos dois casos suspeitos.

    Atualizando dados divulgados hoje pela vigilância sanitária: sobe para 5 o número de casos suspeitos.

    Terça, 24 Março 2020 14:34

    Hemominas

    Antes da chegada da Covid-19 ao Brasil, todas as unidades da Fundação Hemominas, em Minas Gerais, já estavam recebendo menos doações de sangue, por conta de feriados prolongadas e das fortes chuvas que atingiram o estado.

    Hoje, os estoques dos tipos sanguíneos O+, O-, A+, A- e AB- estão ​em estado de alerta, o que significa que são suficientes para mais cinco dias. Para doar, é preciso fazer um agendamento prévio pelo site, pelo MG App (aplicativo do governo de Minas Gerais, disponível para sistemas Android e iOS) ou pelo telefone 155 (discar opção 1).

    A Hemominas tem unidades nas cidades de Belo Horizonte, Além Paraíba, Betim, Diamantina, Divinópolis, Governador Valadare, Ituiutaba, Juiz de Fora, Manhuaçu, Montes Claros, Passos, Patos de Minas, Ponte Nova, Pouso Alegre, Poços de Caldas, Sete Lagoas, São João Del Rei, Uberaba e Uberlândia.​

    Acesse http://hemominas.mg.gov.br/ para mais informações.

     

     

    Até o momento, a Prefeitura(Poder executivo e secretaria da saúde) vem centralizando todas as ações de combate ao Coronavirus.

    A sociedade, outros poderes constituídos, força produtiva, instituições públicas e privadas pouco participam desta tomada de decisões. MAS O PROBLEMA É DE TODOS E AFETA A TODOS, SEM DISTINÇÃO. Diante desta certeza e do atual estado de emergência não se deve dispensar as contribuições de quem possa ajudar, isso, em um esforço coordenado.

    A instalação de um "Comitê de crise" poderia ampliar e muito o espectro e abrangência das ações. Em São Gotardo há desencontro e desinformação neste momento. Ações isoladas e opiniões pessoais publicadas nas redes são limitantes.

    Um exemplo: é preciso um olhar cuidadoso para populações mais vulneráveis, seja em termos de condição de saúde ou em termos de condições sociais. Os gestores devem mapear áreas de moradias precárias e maiores concentrações de grupos de risco (como idosos e portadores de doenças crônicas) para priorizar e intensificar ações. No município há dezenas, talvez centenas de casas onde moram de 10 a 20 pessoas. É preciso urgentemente mapeá-las e aplicar medidas de prevenção.

    Outro aspecto importante: a Comunicação de decisões oficiais, de acompanhamento de casos, a publicação de boletins diários com orientações e informações que possam orientar e esclarecer. Manter a população informada sobre o que precisa e o que está sendo feito, é ferramenta indispensável. O que está acontecendo no campo, nos distritos? Como o comércio e prestadores de serviços estão lidando com a crise? Como auxiliar os mais vulneráveis? Coordenar ações neste sentido seria uma das atribuições do "COMITÊ DE CRISE", e que preencheria assim, um gargalo. Este Comitê poderia se reunir por videoconferência, se necessário. Desnecessário dizer que os meios de comunicação devem redobrar seus esforços, acompanhando e publicado informações que sejam confiáveis.

     

    O Ministério da Saúde iniciou na segunda-feira (23/3) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Nesta primeira etapa, os públicos prioritários são idosos e trabalhadores da saúde. Em São Gotardo, cerca de mil pessoas foram vacinadas hoje, pertencentes a estes dois grupos. Os estoques disponíveis acabaram neste primeiro dia e a campanha foi interrompida. É aguardada para sexta-feira uma nova remessa. Portanto, de terça a quinta não haverá vacinação nos postos de saúde do município. Amanhã atualizaremos os dados sobre o número de idosos que ainda não foram vacinados.

    A etapa seguinte da campanha terá início no dia 16 de abril com objetivo de vacinar doentes crônicos, professores (rede pública e privada) e profissionais das forças de segurança e salvamento. A última fase, que começa no dia 9 de maio, priorizará crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas com 55 a 59 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas com deficiência, povos indígenas, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

    A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para coronavírus, já que os sintomas são parecidos. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde.

     

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